quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

DICAS PARA O ENEM

DICAS PARA O ENEM
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Fonte: site UOL

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Confira abaixo as dicas para cada uma das 29 competências que o Enem irá cobrar na prova do próximo fim de semana.
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Ciências Humanas e suas Tecnologias
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Competência 1 - Cultura e Identidade: Assista ao documentário "O Povo Brasileiro", baseado na obra de Darcy Ribeiro, e compreenda melhor a formação da identidade da população do Brasil.
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Competência 2 - Geopolítica: Em um atlas, identifique os principais países de cada continente e localize as regiões onde acontecem conflitos relacionados a disputas de território.
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Competência 3 - O Estado e o Direito: Procure conhecer melhor as principais instituições do executivo, legislativo e judiciário brasileiro. Também é fundamental identificar organismos internacionais como, por exemplo, os ligados à ONU. BRIC's e OMC podem aparecer na prova.
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Competência 4 - Evolução Tecnológica, Revolução Comportamental: Assista ao documentário "Roger e Eu", do diretor Michael Moore, e relacione as mudanças na vida da população de Flint, nos EUA, com o comportamento das forças produtivas do local.
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Competência 5 - Cidadania e Democracia: Assista o documentário "Sicko - SOS Saúde", do diretor Michael Moore, sobre o sistema de saúde americano e navegue pelos sites dos Repórteres Sem Fronteiras e do Mídia Independente.
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Competência 6 - O que estamos fazendo com a Terra? Assista ao documentário "Uma Verdade Inconveniente" e navegue pelo site da WWF Brasil.
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Matemática e suas Tecnologias
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Competência 1 - A matemática na vida dos povos: Analise a tabela do Campeonato Brasileiro e verifique quem tem chances de, na última rodada, ser campeão, classificar-se para a Copa Libertadores e ser rebaixado.
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Competência 2 - As formas da vida, Geometria da realidade: Selecione um cômodo da sua casa e imagine que irá trocar o piso. Escolha um modelo de azulejo e calcule quantos são necessários para fazer a reforma.
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Competência 3 - Medidas da Realidade: Conheça o Sistema Internacional de Medidas e os principais instrumentos de medição.
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Competência 4 - Variação de grandeza, porcentagem e juros: Revise regra de três e cálculo de juros simples e compostos. Calcule quanto de dinheiro terá se você depositar 200 reais por mês na poupança com rendimento de 0.5% ao mês.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

DECRETO ESTADUAL VEDA DUPLA MATRÍCULA EM INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DE ENSINO SUPERIOR

DECRETO ESTADUAL VEDA DUPLA MATRÍCULA EM INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DE ENSINO SUPERIOR
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A pró-reitora de Ensino da Udesc, Sandra Makowiecky, informou que o decreto nº.2.691, de 16 de outubro de 2009, assinado pelo Governador em exercício Jorginho dos Santos Mello, veda o ingresso em cursos de graduação da Udesc a alunos matriculados em outras instituições públicas de ensino superior. Segundo ela, caso seja comprovado o descumprimento do decreto, a matricula na Udesc será automaticamente cancelada. “A aplicação do decreto deverá ocorrer no próximo semestre letivo, quando os novos alunos ingressarem na nossa instituição”, esclareceu.
Assessoria de Imprensa da Udesc
Amigos, creio que é até uma proposta muito boa para se por em discussão. Porém, e quem´se inscreveu no vestibular da Udesc (pagando a inscrição) antes desta resolução ter sido tomada? Será que não é um caso de direito adquirido?
Mais trabalho para os advogados!
Propostas como esta são muito interessantes, mas tem de ser discutidas com a comunidade. Passou o tempo dos "canetaços", mas ...
Abraços
Prof. Cebola

terça-feira, 13 de outubro de 2009

UFSC confirma Vestibular 2010 para os dias 19, 20 e 21 de dezembro

VESTIBULAR UFSC'2010
Dias 19, 20 e 21 de dezembro

Reunião extraordinária do Conselho Universitário da UFSC realizada na manhã desta terça-feira, 13/10, confirmou a realização do Vestibular 2010 nos dias 19, 20 e 21 de dezembro e prorrogou o prazo final das inscrições de 14 para 20 de outubro. Como vai adotar a nota da prova objetiva do Novo Exame Nacional do Ensino Médio como percentual de 20% no vestibular, a Universidade decidiu esperar até o dia 8 de fevereiro de 2010 pela divulgação do resultado do Enem. Depois disso, por uma questão de calendário, os dados dessa avaliação serão desconsiderados e valerão apenas as notas do vestibular.
A divulgação da lista dos aprovados será entre os dias 24 e 25 de fevereiro.
A decisão do Conselho Universitário de transferir o vestibular decorreu da coincidência de datas com a prova do Enem, inicialmente marcada para os dias 10 e 11 de outubro e depois transferida para 5 e 6 de dezembro, por conta do episódio da subtração de uma prova do exame, no final de setembro. Além de manter-se fiel às políticas de avaliação do MEC, a Universidade considerou que não haveria espaços físicos em Florianópolis para a realização do vestibular – eles seriam utilizados pelo exame do Enem – nas datas anteriormente marcadas.
O reitor da UFSC, Alvaro Toubes Prata, lamentou que a instituição, de longa tradição na realização do vestibular, precisasse passar por esse transtorno, que prejudica os candidatos e a própria Universidade. “Poderíamos manter a data anterior, ignorando a situação nacional, mas achamos melhor responder afirmativamente à demanda do MEC”, disse ele. Segundo o reitor, os alunos que não puderem fazer o vestibular de 19 a 21 de dezembro, por estarem inscritos em outras universidades, terão o dinheiro da inscrição reembolsado. “Não há qualquer problema legal nesse procedimento”, afirmou.
No próximo vestibular, a Universidade Federal de Santa Catarina vai oferecer o número recorde de 6.021 vagas, distribuídas em 82 cursos instalados nos campi de Florianópolis, Joinville, Curitibanos e Araranguá. Há dois anos, havia pouco mais de 4 mil vagas e 60 cursos, disponíveis apenas na sede, na capital catarinense.
Dos 30.198 inscritos até a última sexta-feira, 70% optaram pelo uso de 20% do exame do Enem como parâmetro para a nota do vestibular.

sábado, 3 de outubro de 2009

O ENEM, OS JOGOS OLÍMPICOS E OS NETINHOS DA VELHINHA DE TAUBATÉ

O ENEM,
OS JOGOS OLÍMPICOS
E OS NETINHOS DA VELHINHA DE TAUBATÉ
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Autor: Edson Osni Ramos (Cebola)
Na última 5ª feira, 1º de outubro, despertamos com a novidade: a prova do Enem foi cancelada, devido a vazamento de questões (fraude) ocorrido.
Para quem vive no meio acadêmico, não foi surpreendente, apenas decepcionante.
É difícil em um país como o nosso, uma prova única, com a magnitude do Enem (quatro milhões e cem mil exemplares espalhados), ser aplicada sem possibilidade de fraude?
Nosso povo, infelizmente, tem uma índole tal que são valorizados os “expertos”, os “safos”, os vigaristas e similares. Os honestos são, de forma geral, são considerados otários.
Os brasileiros, de maneira geral, são pessoas que gostam de “levar vantagem em tudo, entende!”
E não estou afirmando isso como um desabafo apenas, não estou colocando de forma aleatória ou empírica. Podemos fazer amostragens.
Nossos representantes, ou seja, aqueles que representam todos os demais habitantes do país no Congresso Nacional e em outras instâncias menos relevantes (mas não menos onerosas) simbolizam o povo.
Se observarmos as notícias oriundas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, conclui-se que no quesito honestidade muitos deixam a desejar. A quantidade de processos e condenações na justiça demonstram, de forma inequívoca, que nossos representantes padecem de certos preceitos que seriam convenientes aos que representam um povo de boa índole.
Claro que no Congresso Nacional tem muita gente honesta! Assim como grande parte da população brasileira é honesta. Porém, a maioria dos honestos é constituída por indivíduos ingênuos ou omissos. Ou as duas coisas.
São aqueles que acreditam em Papai Noel, em Saci-Pererê e nas boas intenções dos que nos governam!
Na época da ditadura militar (da última – e queira Deus que seja realmente a única!), O escritor Luiz Fernando Veríssimo criou uma personagem: a “Velhinha de Taubaté”. Era a última pessoa em nosso país que acreditava nos desmandos das autoridades e nos comunicados dos órgãos oficiais do governo. Pois pensei que a “Velhinha” tinha morrido. Talvez até tenha, mas deixou inúmeros netos.

Outra coisa inquietante: os órgãos do governo estão comunicando que a partir de agora não teremos mais vestibular, somente o Enem, onde serão cobrados de nossos alunos apenas raciocínios. Agora não mais teremos as “decorebas” e o uso de fórmulas, diz a propaganda oficial.
Então gostaria que observassem essa prova do Enem que não foi realizada (a prova fraudada, já disponibilizada para os interessados). Compare-a com as provas, por exemplo, dos últimos vestibulares da Universidade Federal de Santa Catarina.
Apenas no formato existe diferença. Os assuntos abordados e as maneiras de abordagens são idênticas. Com o uso de raciocínios e fórmulas, bem de acordo com o programa da UFSC e das matrizes de referência do Enem, capazes de cobrar competências e habilidades dos vestibulandos.
Novamente percebe-se que a diferença está apenas na retórica.

Mas, é compreensível! Enquanto em nosso país a educação de base for deixada de lado, como um subproduto ventilado apenas em tempos eleitorais, será isso mesmo. Um povo que ama pão e circo e que está sempre a espera de um Messias populista que traga algum alento.
A educação privada tem de ser uma opção, não uma necessidade!
A maioria das escolas públicas desse país vive ao deus-dará.

E, de quando em quando o governo vem com a solução final: há três anos eram as cotas que resolveriam as desigualdades sociais do país.
Agora a solução é o Enem!
Logo teremos nova prova do Enem.
A angustiante pergunta é: será que nesta prova as fraudes serão descobertas?

Mas, nem tudo está perdido.
Ontem, 6ª feira, 3 de outubro, tivemos a grande notícia: o Rio de Janeiro vai sediar os Jogos Olímpicos de 2016! Estamos no primeiro mundo: depois da Copa de 2014, as Olimpíadas de 2016!
E, novamente, os netos da Velhinha de Taubaté foram as ruas, vibrando e cantando com essa possibilidade de resolvermos todos os problemas do Rio de Janeiro, com as Olimpíadas.
Nosso presidente até chorou de emoção!
Dizem: se Barcelona se redimiu de seus pecados com as Olimpíadas de 1992, porque no Rio de Janeiro não acontecerá o mesmo?

Pois é, mas quem vai pagar a conta?
Se as despesas (declaradas) com os últimos jogos Panamericanos (Rio de Janeiro/2007) excederam em 10 vezes o planejamento orçamentário feito, com contas ainda não devidamente justificadas perante os órgãos competentes, como garantir que não ocorrerá novamente?
Principalmente sabendo que os organizadores são basicamente os mesmos?

Mas, não há de ser nada, dizem os netinhos, as Olimpíadas vão mostrar o Brasil para o mundo. E se “até” os chineses fizeram um espetáculo deslumbrante, então “nós podemos”, como diria nosso “timoneiro” de forma “bastante original”.

Mas quem vai pagar a conta?
Provavelmente alguma autoridade “experta” apresente mais um projeto no Congresso Nacional: “IMPOSTO PARA OS JOGOS OLÍMPICOS”. E ainda argumentariam: nossa população já paga tantos impostos que provavelmente nem notará mais um.

"Pois sim!", como diria meu pai.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

BASTIDORES DO VAZAMENTO DO ENEM

BASTIDORES DO VAZAMENTO DO ENEM

Fonte: http://blog.estadao.com.br/blog/renata/title=bastidores_do_vazamento_do_enem&more=1&c=1&tb=1&pb=1
por Renata Cafardo - 01.10.09


Meu telefone fixo tocou por volta das 15h30 de ontem e uma voz tremida do outro lado confirmou meu nome completo e avisou que queria falar sobre o Enem. Já havia recebido mais cedo um recado de alguém estava interessado em vender o gabarito da prova, que seria realizada por 4,1 milhões de alunos no fim de semana.
O homem disse pouco, preferia não falar ao telefone e queria um encontro ao vivo. Mas avisou que o que ele tinha era a prova toda, as 180 questões dos dois dias, já impressas. Eu falei que tinha interesse em verificar a veracidade do material e então marcamos para as 19h15 em um café perto do jornal.
A direção decidiu que eu fosse acompanhada de duas pessoas e então o editor do Ponto Edu, Sergio Pompeu, e o fotógrafo Evelson de Freitas, foram escalados para isso. Sentamos os três no café e esperamos. Não sabíamos nome algum ou rosto de quem procurar, mas um dos informantes chegou primeiro e nos identificou. O outro chegou poucos minutos mais tarde, com uma pasta cheia de papéis.
Segundo eles, o material tinha sido vazado por alguém em Brasília, no Inep/MEC. Eu pedi para ver a prova e eles a colocaram, sem cerimônias, na mesa do café. Estavam lá os logotipos do governo federal, das empresas contratas para organizar a prova, do Inep. Ao folhear a prova, não acreditava no que via. As questões tinham o perfil do Enem, um exame que cobra competências e habilidades, usa temas cotidianos. Vi lá tiras da Mafalda, do Garfield, trechos da Canção do Exílio e de uma reportagem da revista Veja. Tratei de decorar o máximo de questões possíveis.
Vi também a prova de matemática, mas as questões eram enormes, obviamente cheias de números, e desisti de tentar memorizá-las. Depois de dois minutos, um dos homens me tirou a prova das mãos. "Já viu demais", disse. Perguntei sobre a redação e eles se negaram a mostrar essa parte da prova.
Queriam dinheiro e deixavam claro isso. Pediram R$ 500 mil e tinham a convicção de que fariam o negócio com algum veículo de imprensa. Deixamos claro que o Estado repudiava esse tipo de comportamento, que aceitaríamos denunciar o vazamento desde que não pagássemos por isso. Eram homens simples, pareciam não ter qualquer experiência com provas ou conhecimento do sistema educacional do País. Os dois, por volta dos 30 anos de idade, viam no material que "tinha caído no colo deles" como uma "oportunidade única". Um deles tinha comportamento mais truculento, falava de maneira mais agressiva. O outro aparentava nervosismo, medo. "Não somos bandidos. Queremos nos livrar disso o mais rápido possível", dizia.
Saímos cheios de dúvidas do encontro. Já no jornal, a direção decidiu que entraríamos imediatamente em contato com o ministro da Educação, Fernando Haddad, e que nada seria publicado até que houvesse uma confirmação de que a prova que tínhamos visto era verdadeira. Durante as 21horas e 0h30 falei cerca de 10 vezes com o ministro, que prontamente nos informou as providências que estavam sendo tomadas (procura pelos técnicos do Inep, abertura do cofre para identificar a prova etc). Ele foi informado das questões que eu tinha memorizado.
Pouco antes da 1h da manhã veio a confirmação de que o Enem seria cancelado. A prova que tive em mãos era verdadeira.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

ACAFE ALTERA PROVA DO VESTIBULAR


ACAFE ALTERA PROVA DO VESTIBULAR

A seguir, correspondência recebida do Prof. Darcy Laske, sobre alterações no vestibular da ACAFE.

1. Passa a adotar a “Matriz de Referência do novo ENEM 2009”;
2. Reformulará a prova, que passará a ter uma redação (de 20 a 30 linhas) e 60 (sessenta) questões objetivas, com quatro alternativas de resposta (a, b, c e d), distribuídas entre as disciplinas a saber:
- Língua Portuguesa e Literatura: 14 (quatorze) questões dentre elas
10 (dez) de Língua Portuguesa e 4 (quatro) de Literatura;
- Língua Estrangeira (Inglês e Espanhol): 4 (quatro) questões;
- Matemática: 7 (sete) questões;
- Física: 7 (sete) questões;
- Química: 7 (sete) questões;
- Biologia: 7 (sete) questões;
- História: 7 (sete) questões;
- Geografia: 7 (sete) questões;
Incluirá nas questões de História, Geografia e Literatura, conteúdos sobre o Estado de Santa Catarina.
A aplicação da prova será realizada no turno Vespertino, do dia fixado, das 13h às 18h.

Abraços

Darcy Laske
Secretário Executivo

quarta-feira, 1 de julho de 2009

PERSONAGENS DA HISTÓRIA DA FÍSICA - ELETRICIDADE

PERSONAGENS
DA HISTÓRIA DA FÍSICA

- ELETRICIDADE -
Prof. Edson Osni Ramos (Cebola)

1. TALES DE MILETO (625 a.C - ?)

Tales é considerado um dos precursores da Ciência, pois procurou substituir explicações místicas sobre o Universo por explicações com algum cunho científico. Os gregos, que o consideram o mais antigo de seus filósofos, supõe que ele trouxe seus conhecimentos do Egito. Consta que tenha medido a altura de uma pirâmide egípcia a partir de sua sombra, comparando-a com a sombra de uma pequena haste, aplicando a semelhança de triângulos.
Para Tales e seus seguidores, deveria existir uma substância única (substância fundamental) que permaneceria imutável mesmo participando de fenômenos mutáveis do universo. Segundo eles, esta substância era a água.
Os astros teriam natureza terrestre, embora fossem todos incandescentes como o Sol, e a Lua seria iluminada pela luz solar, o que possibilitaria a explicação dos eclipses lunares.
Existe uma lenda que diz ter Tales previsto a ocorrência de um eclipse solar, que de fato ocorreu, segundo cálculos astronômicos atuais, em 585 a.C. Essa previsão teria sido utilizada para assustar exércitos que participavam de uma guerra, fazendo-os acertar um acordo de paz.
Os primeiros registros de fenômenos eletrostáticos vem dessa época, segundo os quais tecelões, ao esfregarem bastões feitos de âmbar (resina vegetal fossilizada) em lã de ovelha (ou até em pele de gato), observavam que os referidos bastões adquiriam a capacidade de atrair pequenos pedaços de palha de milho.
O mesmo ocorria com os carretéis (feitos de âmbar) usados para enrolar fios de lã ou algodão usados em seus teares. Após o constante atrito do carretel com os fios, esses passavam a atrair outros pedaços de fios ou mesmo a eriçar os pelos dos braços dos tecelões.
Em grego, o termo âmbar se traduz como “elektro”. Daí vem o nome eletricidade.
Dos filósofos antigos, apenas de Tales temos algum registro sobre Eletricidade.

2. WILLIAM GILBERT (1544 - 1603)

O inglês William Gilbert vivia em Londres, onde exercia a função de médico na corte (na época da rainha Elizabeth I). Além de médico, como era comum aos intelectuais da época, dedicava-se ao estudo das Ciências, interessando-se pelos fenômenos físicos.
Os fenômenos magnéticos tornaram-se sua área de interesse, tendo demonstrado que a agulha de uma bússola se desviava nas proximidades de uma esfera imantada.
Ao observar que outros materiais além do âmbar atraíam pedaços de tecido de lã, concluiu que o fenômeno que ocorria entre o âmbar e os pedaços de palha de milho também ocorria com muitas outras substâncias.
Assim, se os fenômenos observados com o “eléktro” (âmbar) ocorriam de forma idêntica com outros materiais, então estes materiais tinham o comportamento do “elektro”. Vem daí a popularização do termo eletricidade.


3. CHARLES DÜ FAY (1698 - 1739)

Cientista francês, verificou a existência de dois tipos de “fluidos” elétricos observando que fluidos de mesma espécie se repeliam e de espécies diferentes se atraiam. Observou, também, que alguns materiais conduziam facilmente esses "fluidos", enquanto outros não conduziam.
Dü Fay verificou que ao atritar âmbar com um pedaço de lã, esse se eletrizava e repelia outro pedaço de âmbar igualmente eletrizado. Do mesmo modo, ao atritar vidro com um pedaço de lã, esse se eletrizava e repelia outro pedaço de vidro igualmente eletrizado. Porém, o vidro eletrizado atraia o âmbar eletrizado.
A partir daí, denominou-se a eletricidade do vidro sendo eletricidade vítrea e a das demais substâncias, eletricidade resinosa.


4. BENJAMIN FRANKLIN (1706 - 1790)

Nascido nos Estados Unidos quando ainda era colônia das potências européias, Franklin foi destacado político de sua época, tendo participação nos processos da independência de seu país, em 1776.
Indivíduo de múltiplas habilidades foi também cientista, pintor e escritor.
Na Ciência, sua principal área de estudo foi a Eletricidade, tendo interessado-se pela experimentação conhecida como Garrafa de Leyden, que depois de ser carregada eletricamente, ao ser tocada emitia uma faísca acompanhada de um estampido. Imaginando ser esse fenômeno um “raio em miniatura”, Franklin elaborou uma experimentação para testar sua hipótese.
Em 1752, empinou uma pandorga (pipa) quando o céu estava coberto de nuvens, propenso ao surgimento de raios, conseguindo (com muita sorte de não ter morrido) coletar eletricidade das nuvens.
Foi Franklin quem passou a denominar a eletricidade vítrea de positiva e eletricidade resinosa de negativa.

5. CHARLES A. DE COULOMB (1736 - 1806)

Coulomb trabalhou como engenheiro militar até os 40 anos, quando, por problemas de saúde, passou a dedicar-se à pesquisa e a experimentação científica.
Foi o primeiro indivíduo a se preocupar com as aspectos quantitativos dos fenômenos elétricos, já que até sua época a preocupação era apenas com os aspectos qualitativos.
Para determinar o módulo da força elétrica entre corpos carregados eletricamente, Coulomb inventou a chamada “balança de torção”.
Este dispositivo foi adaptado e, mais tarde, utilizado para se determinar a constante de gravitação universal. Foi através desse dispositivo que Coulomb comprovou experimentalmente a expressão do cálculo da força elétrica, conhecida como “Lei de Coulomb”.


6. ALESSANDRO VOLTA (1745 - 1827)

Italiano nascido em Como, só começou a falar aos 4 anos de idade, o que levou seus parentes a suspeitar de que era mudo.
Teve educação condizente a alguém de família rica e tradicional, com muitos parentes entre o clero da época. Aos 18 anos iniciou seus trabalhos de investigação e pesquisa em Eletricidade.
Em 1774 inventou um aparelho chamado eletróforo, que conseguiu acumular grande quantidade de carga elétrica e que é o precursor dos capacitores utilizados atualmente.
Quando Luigi Galvani descobriu que os músculos de pernas de rãs, já mortas, se contraiam ao receber descargas elétricas e que esse fenômeno se repetia mesmo quando os músculos eram simplesmente colocados em contato com dois metais diferentes, Volta fez um experimento demonstrando ser possível descargas elétricas entre os dois metais sem a participação de tecidos musculares.
Anos após, conseguiu demonstrar experimentalmente que era possível obter corrente elétrica estável e contínua a partir de um sistema constituído por diversos recipientes contendo uma solução salina (bateria elétrica). Em seguida inventou a “pilha elétrica”, empilhando diversas placas de cobre e de zinco, intercalados com papel ou tecido embebido de solução salina. Essa idéia é o princípio da pilha elétrica utilizada até em dias atuais.
Em sua homenagem, a unidade de potencial elétrico (e de tensão elétrica - ddp) no sistema internacional de unidades é o volt.


7. THOMAS A. EDISON (1847 - 1931)

Devido sua dificuldade de adaptação na escola convencional, recebeu educação acadêmica em casa, ministrada por sua mãe que era professora.
Já a partir dos 12 anos começou a trabalhar como jornaleiro, em uma linha de trens, conseguindo montar, a partir de um laboratório de química, meios de imprimir seu próprio jornal.
Com 15 anos aprendeu telegrafia e, aos 21 anos, patenteou seu primeiro invento, um dispositivo para registrar votos mecanicamente.
A partir daí foi para Nova York, onde sua carreira de inventor ascendeu.
Em 1876, criou um laboratório de pesquisas industriais, iniciando seu trabalho com aproximadamente 80 colaboradores, tendo conseguido patentear, em 4 anos, em torno de 300 experimentos.
Édison aperfeiçoou o telefone, inventado por G. Bell, e inventou um aparelho de reprodução sonora, o fonógrafo, precursor de nossos aparelhos de som atuais.
Em 1871, iniciou os trabalhos para obter luz a partir de energia elétrica, em uma época em que não havia rede elétrica. Partiu do princípio de que se a lâmpada elétrica desse certo, criaria dispositivos para a geração e transmissão de energia elétrica que alimentaria a lâmpada.
Em 1878, uma lâmpada por ele construída brilhou por 48 horas contínuas e, na comemoração de final de ano, uma rua inteira, próxima ao seu laboratório, foi iluminada por lâmpadas elétricas.
A foto ao lado mostra a primeira lâmpada criada por Édison.
Dois anos depois construiu a primeira estação geradora de corrente elétrica, que produzia corrente contínua, gerando o início de um conflito com cientistas como Tesla e Westinghouse, que defendiam a utilização da corrente alternada.
As criações de T. Edison não são propriamente científicas, no sentido puro do termo, mas muito mais ligadas a fatos do cotidiano.

CURIOSIDADE

Em 1879, no mesmo ano em que Thomaz Édison patenteou a lâmpada elétrica e construiu a primeira usina hidrelétrica, em Nova York, o imperador D. Pedro II inaugurou a iluminação elétrica no Brasil, na antiga Estação da Corte, hoje Estação D. Pedro II, no Rio de Janeiro, com seis lâmpadas elétricas, dando início ao uso de energia elétrica gerada por processos mecânicos em nosso país.
A primeira usina hidrelétrica no Brasil entrou em atividade em 1889, denominada "Marmelos", em Minas Gerais.
A partir de 1920 o Brasil foi tendo o seu número de usinas hidrelétricas instaladas aumentado, num crescimento constante.
Hoje, em torno de 80% da energia elétrica que consumimos em nosso país vem de usinas hidrelétricas.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

O MAR É VERDE OU AZUL?

O MAR É VERDE OU AZUL?

Autor: Prof. Edson Osni Ramos (Cebola)

No mundo inteiro, não existe paisagem mais bonita do que a visão da Lagoa da Conceição, em Florianópolis, do alto do chamado "Morro das Sete Voltas" (Morro da Lagoa). O verde da mata , os contornos azulados da lagoa e do mar e as dunas da praia da Joaquina ao fundo são deslumbrantes!

É que quando a radiação solar incide em nossa atmosfera (onde há predominância do gás nitrogênio), sofre dispersão (decomposição da luz em todas as cores que a constituem) com um maior espalhamento das radiações azul, anil e violeta. Por isso o "céu terrestre" é azulado.
Na Lua, como não existe atmosfera, o chamado "céu lunar" é escuro.
Essas radiações, quando incidem na lâmina d'água da lagoa ou do mar são refletidas como em um espelho. Por isso, a luz que volta da água do mar é principalmente azul, dando-nos a impressão do mar ser dessa cor. Na realidade, essa é a cor do “céu terrestre”, que é refletido na água.
Quando essa luz incide na superfície da água, parte reflete, parte é absorvida e parte refrata, "entrando" na água, permitindo que se veja a flora e fauna marinhas.
Quanto maior a profundidade, mais radiação é absorvida pela água. Esse é o motivo pelo qual fotografias batidas a grande profundidade dão a impressão de que a água do mar é verde, pois essa cor é menos absorvida pela água do que o azul.
Porém, também podemos ver o mar esverdeado mesmo olhando de fora da água. Isso ocorre quando a água possui pouca profundidade e nela existe grande quantidade de planctons, que possuem a cor natural verde.
Os planctons absorvem as demais cores, não absorvendo o verde, que é difundido, dando a impressão do mar ser esverdeado.
Outro fato é que, quando a luz incidente encontra muita poeira e vapor d'água em suspensão na atmosfera, parte dela é absorvida. Isso faz o "céu terrestre" e a luz refletida na água do mar ficarem em um tom de azul mais esbranquiçado ou acinzentado.
É por isso que no outono, quando o clima é tradicionalmente mais seco, o "céu terrestre" e a água do mar apresentam um tom de azul mais forte do que em outras épocas. É o mesmo motivo que justifica o fato de que, em grandes metrópoles, onde o grau de moléculas em suspensão na atmosfera (poluição) é muito grande, dificilmente o céu se apresenta em azul, tendo normalmente uma coloração acinzentada.

domingo, 7 de junho de 2009

ENERGIA NUCLEAR - APLICAÇÕES

ENERGIA NUCLEAR - APLICAÇÕES


Autor: Edson Osni Ramos (Cebola)

Muitas vezes ouvimos e lemos barbaridades sobre o uso da energia nuclear, sobre os perigos e malefícios de sua utilização. Mas, será que é assim tão ruim mesmo?
A energia nuclear, assim como todas as descobertas e inovações científicas e tecnológicas, pode ser utilizada para fins pacíficos ou bélicos. Dar prioridade a uma destas formas de utilização não é apenas uma questão técnica ou científica, mas, sobretudo, política.
É fato conhecido que, desde o final da Segunda Guerra Mundial, a energia nuclear tem sido utilizada pelas grandes potências mundiais principalmente para desenvolvimento e fabricação de armas destinadas à destruição e extermínio em massa. As armas nucleares existente, caso fosse detonadas, certamente causariam a eliminação total da vida no planeta Terra.

Apesar das aplicações bélicas, energia nuclear não é necessariamente sinônimo de armamento, como querem fazer crer alguns setores com influência nos meios de comunicação. O uso pacífico desta forma de energia desempenha, cada vez mais, papel relevante na elevação do nível de vida dos povos de nações mais desenvolvidas e abrangem a pesquisa científica básica. É só observarmos a produção de isótopos radioativos (denominados radioisótopos) para uso medicinal, industrial e agrícola, para a alteração das propriedades de materiais, a propulsão de embarcações marítimas e a geração de energia elétrica.
Para abordar apenas este último uso, dados da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) indicam que as 424 usinas nucleares em operação produzem, atualmente, 17% do total da energia elétrica consumida em todo o mundo (dados de 2004).
Nestas condições, o domínio pleno da tecnologia nuclear para fins pacíficos é imprescindível às nações que de fato pretendem promover o bem-estar social de seus povos por meio do desenvolvimento tecnológico autônomo e, conseqüentemente, do progresso econômico. Até porque, sem bem-estar social é impossível alcançar a paz duradoura, seja a nível local ou mundial.

Os radioisótopos são aplicados principalmente nas áreas de medicina, agricultura, indústria, arqueologia e diversas áreas de pesquisas. Podem ser usados como traçadores, como fontes de radiografia e como fontes de irradiação.
Na medicina, o Iodo-131 é utilizado para fins de diagnóstico e terapia da tireóide, o Tecnécio-99m ligado a moléculas específicas permite realizar diagnósticos para quase todos os órgãos do corpo humano; o Cromo-51, para marcação de células; o Cácio-45, para estudos metabólicos do Cálcio; Sódio-24, para estudo da difusão em membranas e equilíbrio sódio-potássio; o Gálio-67, para detecção de tumores em tecidos moles; o Tálio-201, para a visualização do miocárdio e, recentemente, o Samário-153, para eliminação de dor de câncer ósseo.
Na agricultura, o fósforo-32 é utilizado para verificar a absorção dos fertilizantes pelas plantas, no estudo dos processos orgânicos e bioquímicos dos animais e nos estudos dietéticos; o Fósforo-32 e o Estrôncio-89 são empregados na avaliação da eficácia dos controles de insetos destruidores e portadores de doenças; o Carbono-14 é usado no estudo do grau de decomposição das matérias orgânicas no solo e sua disponibilidade como alimento para plantas e no estudo da fotossíntese; o Cobalto-60 para preservação e esterilização de alimentos.
Na indústria, o Ferro-59 é utilizado para medir o desgaste das molas de segmentos dos êmbolos dos motores em atrito; o Fósforo-32, para medir o desgaste dos frisos do pneu de automóvel; o Sódio e o Iodo radioativos são freqüentemente utilizados para indicar vazamentos nas tubulações de água; os radioisótopos emissores de raios beta são utilizados para determinar espessura de metais; a utilização dos raios gama do Cobalto-60 como fonte de radiação para provocar reações químicas, possibilitando a alta qualidade na fabricação de combustíveis, lubrificantes e outros subprodutos químicos do petróleo. Na hidrologia, o Trítio artificial é utilizado para estudos de poluição das águas subterrâneas; Bromo-82 para estudos de propagação de contaminantes em rios; o Ouro-198 para determinar o transporte de sedimentos em rios para quantificar o assoreamento de reservatórios ao longo do tempo e propor medidas de prevenção.
Num campo totalmente diferente daqueles que vimos, temos a arqueologia que faz uso do Carbono-14 para determinação da idade de matéria orgânica. Pela versatilidade das aplicações citadas anteriormente, os radioisótopos tornam-se um instrumento indispensável para o bem estar do ser humano.
Assim, podemos ter uma noção de que a utilização de energia nuclear transcende, em muito, a fabricação de armamentos, podendo ser um facilitador de bem-estar aos humanos.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

VOCÊ SABIA - 1

VOCÊ SABIA ...

A visão que hoje temos do Sistema Solar não é a mesma de anos atrás. E não é preciso recordar a Antiguidade dos orientais e dos gregos, ou os séculos de Ptolomeu, Copérnico, Galileu e Kepler.
Quem tem mais de 30 anos, nasceu numa época em que se acreditava que Saturno era o único planeta do sistema solar que tinha anéis ao seu redor, pois foi apenas em março de 1977 que os anéis de Urano foram descobertos, seguidos pelos de Júpiter, em 1979, e os de Netuno, em 1989. Ainda hoje, o que chamamos de Sistema Solar vem se modificando com o passar dos tempos. Muitos imaginam que seja apenas um grupo de planetas em órbitas igualmente distribuídas sobre um plano imaginário, com o Sol no centro. Mas o Sistema Solar é um conjunto intrincado de planetas, satélites, cometas, asteróides e uma vasta quantidade de pequenas partículas, em órbitas mais ou menos elípticas, com as mais diversas inclinações umas em relação às outras, e nem sempre estáveis.
Nosso sistema planetário vem se modificando continuamente desde sua formação, assim como em nossa curta existência nesse mundo, nossos conhecimentos sobre ele vêm evoluindo e nos ajudando a compreendê-lo melhor.
Por exemplo, Plutão, cuja existência foi descoberta apenas em 1930 (desde a Antiguidade já sabia da existência até de Saturno), deixou de ser considerado planeta em 2006.

Abraço a todos

Prof. Edson Cebola

quinta-feira, 9 de abril de 2009

CONVERSAS CRUZADAS

CONVERSAS CRUZADAS

Amigos, estarei hoje, quinta feira, 9 de abril, no programa Conversas Cruzadas, da TVCOM, juntamente com o reitor da Ufsc, Prof. Prata, o reitor da Udesc, Prof. Sebastião e o Secretário Geral da Acafe, Prof. Laske, falando sobre a proposta o MEC de usar o Enem para substituir o vestibular.
O programa vai ao ar das 22:00 h às 23:00 h.
Abraços
Cebola

segunda-feira, 23 de março de 2009

FARRA DO BOI

FARRA DO BOI
Edson O. Ramos (Cebola)

Com tanta coisa ocorrendo e todo ano, quando chega esta época, é a mesma coisa!
Os problemas relacionados à falta de segurança e de perspectivas para muitos, com a pobreza disseminada e a corrupção em todos os níveis da sociedade, são deixados de lado. E as pessoas ficam falando e escrevendo em relação à farra do boi!Lembro que desde pequeno ouvia os adultos conversando sobre a tal farra. Quando adolescente e quando jovem, muitas vezes fui ver. Achei "o fim da picada", um monte de marmanjos atazanando e correndo do boi.Não havia policiamento, nem divulgação. E, certamente, MUITO MENOS VIOLÊNCIA!Então vieram pessoas, a maioria de outras regiões (migrantes), que se imiscuíram em temas sobre os quais nada entendiam e começou-se a criticar o boi-de-mamão, o pau-de-fita, o pão-por-Deus, os ternos-de-reis, a farra do boi, etc.
Aliás, que saudade dos ternos-de-reis de minha infância!
Os jovens de hoje nem sabe o que é isso.Quando vejo professores fazendo apologia ao halowen, fomentando uma cultura que nada tem a ver conosco, incentivando crianças a se caracterizarem e, pior, com as direções das escolas achando bonito e estimulando, fico a pensar: será isso a tal globalização? Ou será apenas a mediocridade de idéias vencendo?Há três anos fui convidado para assistir a uma farra do boi, em uma comunidade próxima. Fiquei horrorizado!Não tem mais nada relacionado com minhas lembranças de jovem.Claro que haviam muitos manezinhos autênticos participando, mas também muitos bêbados e drogados, que nada tem a ver com o evento, metidos no meio, estimulando a violência gratuita. Então chegou a polícia.Completou-se o festival de insanidade, que acabou com dois tiros e o boi abatido.Com eles, um metido arrogante, que também nada tinha a fazer, criticando a tudo e a todos, chamando as pessoas de "ignorantes e bárbaros". Evidentemente estava escoltado pela polícia.Pelo sotaque, ficava claro que não era daqui.Os velhos do local, que haviam me convidado, estavam tristes e irritados. Disseram que os que estavam perturbando não eram da comunidade. Disseram que eles costumam vir e atrapalhar. Fácil de entender, com toda a divulgação que a mídia faz!Não gosto da farra do boi. Como não gosto dos tais rodeios (Barretos, etc). Como não gosto das touradas - já vi uma, e torci para o touro!Mas acho que quanto menos a mídia se intrometer, o poder público usar e abusar das "leis dos politicamente corretos”, pior os fatos. Por que não tentam acabar com as corridas de touros ou os rodeios? Lá o poder econômico fala mais alto.Tempos atrás, o Fernando Gabeira e a (atriz) Lucélia Santos aqui apareceram. E com todo o respaldo da mídia, disseram barbaridades. Também, certa feita, fui assistir (no clube Doze) a um show da Rita Lee, acompanhada apenas de um violão. Ficou a metade do “espetáculo” falando mal da farra do boi. Coitada, deve ter muitos problemas, realmente!Por que esses indivíduos não colocam toda sua importância, como formadores de opinião, manifestando-se contrários à prostituição infantil, ao tráfico de drogas - seria cômico! - ou à violência doméstica, etc.Talvez porque se assim fosse, não ganhariam o espaço na mídia pelo qual tanto anseiam.Respeito a quem pensa diferente, mas vamos nos preocupar com fatos mais relevantes para a sociedade, como o uso indevido de nossos mananciais de água, do absurdo que é se usar água tratada para lavar carros em lava-rápidos ou similares, com o aterramento de mangues e pequenas enseadas - como querem fazer agora, com a complementação da beira-mar de São José, aqui na Grande Florianópolis.Se deixarem os tais farristas de lado, com a polícia vigiando os bêbados e abobados que ficam correndo atrás dos bois, impedindo os abusos, logo essa prática diminui e fica restrita apenas aos locais de origem.
Se repressão fosse a solução, será que ainda teríamos tráfico de drogas?Estou achando ótima a matéria que vi hoje, 23/03/09, na televisão: dois bois que foram apreendidos pela polícia, que iriam para uma farra (segundo os policiais), foram levados para um frigorífico em São José, onde serão (amanhã) abatidos. E se tornarão bifes, também para os politicamente corretos que criticam os farristas.Interessante, não!?!Tenho muitos animais, plantei e planto muitas árvores, crio gado (não vendo para farristas!), preservo a natureza, preservo as nascentes e os mananciais de água que ficam em minhas terras, preservo várias espécies vegetais que estão correndo risco (como a corticeira - tenho umas trinta árvores), o pau-brasil (tenho cinco árvores), a imbuia, o ipê e outras. Já plantei pelo menos mil araucárias em diversos pontos de minhas terras, que por lá ficarão, dando sombra e pinhão.Creio que devemos nos preocupar com coisas mais úteis do que a farra do boi.

domingo, 15 de março de 2009

CAMÕES E O VESTIBULAR

CAMÕES E O VESTIBULAR

Não posso atestar a veracidade, mas recebi via e-mail.
Mesmo que não seja verdadeiro, vale pela originalidade.

"O vestibular da Universidade Federal da Bahia cobrou dos candidatos a interpretação do seguinte trecho de poema de Luiz de Camões:

'Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente,
é um contentamento descontente,
dor que desatina sem doer '.

Uma vestibulanda de 17 anos deu a sua interpretação :

'Ah, Camões!, se vivesses hoje em dia,
tomavas uns antipiréticos,
uns quantos analgésicos e Prozac para a depressão.
Compravas um computador, consultavas a Internet
e descobririas que essas dores que sentias,
esses calores que te abrasavam,
essas mudanças de humor repentinas,
esses desatinos sem nexo,
não eram feridas de amor,
mas somente falta de sexo!'

A Vestibulanda ganhou nota DEZ, pela originalidade, pela estruturação dos versos, e das rimas insinuantes.
Foi a primeira vez que, ao longo de mais de 500 anos, alguém desconfiou que o problema de Camões era apenas falta de mulher."

domingo, 8 de março de 2009

DIA INTERNACIONAL DA MULHER - 8 DE MARÇO

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Comemorado no mundo inteiro, 8 de março é o Dia Internacional da Mulher. A data foi instituída em memória de um grupo de operárias norte-americanas mortas em 1857, durante uma greve, em um incêndio criminoso na fábrica em que trabalhavam.
Parabéns as todas, pois!!


Em homenagem a elas, uma rosa e um poema de Vinícius de Moraes.



SONETO DE FIDELIDADE

De tudo, ao meu amor serei atento

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto

Que mesmo em face do maior encanto

Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento

E em seu louvor hei de espalhar meu canto

E rir meu riso e derramar meu pranto

Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure

Quem sabe a morte, angústia de quem vive;

Quem sabe a solidão, fim de quem ama,
Eu possa me dizer do amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama,

Mas que seja infinito enquanto dure!

Foto: Edson Ramos

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

REFORMA ORTOGRÁFICA

REFORMA ORTOGRÁFICA

- SERÁ QUE É UMA NECESSIDADE? -


Pois é, amigos, estamos diante de mais uma reforma ortográfica em nossa já complexa língua portuguesa.Sou remanescente da reforma ocorrida em 1971, quando estava cursando o científico, que depois passou a ser 2º grau e hoje é o ensino médio. Foi quando palavras como “ecològicamente” e “sèriamente”, que se escreviam exatamente dessa forma, perderam o acento. Assim como a palavra cores, que se escrevia “côres”. Lembrei dessas palavras pois as encontrei no livro que estou lendo: OS PROFETAS DA CIÊNCIA, de D. S. Halacy Jr, tradução de Carlos A. Dantas e publicado pela Edições Bloch em 1967.Uma beleza de livro, onde tem um capítulo em que fala da possibilidade do homem chegar a Lua até 1970.O argumento, agora, para a reforma é homogeneizar a língua portuguesa, para que em todos os países onde é falada seja escrita de forma idêntica.Claro que é uma idéia interessante, afinal já passei pela situação de estar comprando livros diretamente da editora Gradiva, de Lisboa, via telefone, e a vendedora perguntou se queria o livro em “português” ou a edição em “brasileiro”. Achei que era algum tipo de piada e pedi em português mesmo.Recebi uma bela obra onde são citadas as Leis de José Niltom e o Teorema de Brás Pascoal, ao invés das leis de Isaac Newton e teorema de Blaise Pascal. Foi quando percebi que além de muitos termos técnicos diferentes, os portugueses também traduzem os nomes próprios.A leitura assim é menos agradável.Mas, a proposta de se homogeneizar todo o idioma é utópica. É a mesma coisa que chegar para um plantador de soja ou tomate do interior do Iowa, nos Estados Unidos, e falar em distância em metros ou velocidade em quilômetros por hora. Ele dificilmente entenderá, acostumado com o sistema Imperial Britânico de Unidades, que fala em jardas e milhas por hora.Provavelmente a reforma ortográfica será muito benéfica para seus idealizadores, não por acaso letrados filólogos que publicarão novas gramáticas e dicionários, ensinando aos pobres mortais (nós) como usar corretamente a nova forma de linguagem.Além do mercado editorial, é claro! Afinal, como você vai conseguir fazer o donos dos pequenos restaurantes e bodegas portuguesas a modificarem seus cardápios (ou “ementas”, como dizem eles).A seguir, uma página do “Diário de Minho”, de Minho, Portugal, onde está a famosa Universidade de Economia e Gestão.Se você observar a matéria sobre o restaurante existente na pequena cidade de Ponte de Lima, que se localiza no extremo norte do país, verá que ao lado dos nomes dos pratos está a descrição dos mesmos, para os turistas “entenderem melhor” do que se trata.


E, a seguir, observe a maravilha liguística (sem trema) do cardápio de um pequeno bar de praia no Algarve, sul de Portugal.

Ora, pois!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

ECOS DO VESTIBULAR

ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "NOTÍCIAS DO DIA"
Florianópolis, 11 de janeiro de 2009.
Autor: Edson Osni Ramos (Cebola),professor de física
do Curso Pascal e do Curso Energia, em Florianópolis.
Mais um vestibular foi realizado na Universidade Federal de Santa Catarina. E, mais uma vez, muitos vestibulandos e famílias, mais os amigos, vibraram e sorriram, enquanto outros ficaram tristes e choraram. A injustiça do processo está cada vez mais acentuada.
Em 1974, em Santa Catarina eram oferecidas 100 vagas para o curso de medicina (em universidade pública), mesmo número oferecido no Paraná e no Rio Grande do Sul. Hoje, são oferecidas 420 vagas no Paraná e 485 no Rio Grande do Sul. Em Santa Catarina, continuam as mesmas 100 vagas.
Culpa de quem? Da sociedade civil organizada, ou seja, nós, que elegemos e aceitamos o mundo político que nos governa.
E agora, com o surgimento dos chamados mecanismos de inserção, as cotas de ingresso às universidades públicas (sociais e raciais), mais difícil tornou-se o processo para os que não fazem jus às mesmas.
Já se discutiu bastante sobre os aspectos legais e morais das cotas. Que alguma coisa deveria ser feita para compensar os desmandos no sistema público educacional, é fato inconteste. Mas, já que se implantaram as cotas, por que não aumentar as vagas nas instituições. Em todos os cursos, evidentemente!
Neste último ano, a UFSC está de parabéns. Vários cursos foram implantados (e muitos outros ainda serão, com a interiorização da instituição com os campi de Araranguá, Curitibanos e Joinville). E, em muitos cursos, o número de vagas oferecidas foi aumentado, embora ainda inferior àqueles retirados da classificação geral e oferecidos aos cotistas.
Mas, em medicina a coisa ainda continua a mesma.
Tive uma aluna nesse último ano, brilhante e esforçada, que se ficou em 93º lugar em medicina e 134ª na classificação geral.
Apesar de todo o esforço, dela em estudar e se preparar para as provas e da família, em obter os recursos necessários para proporcionar um ensino de qualidade (em escola privada), ela não foi classificada, embora o número de pontos obtidos seja maior do que o de vários cotistas classificados - no vestibular de 2008, nenhum dos cotistas classificados em medicina conseguiria ingressar na UFSC se não existisse o mecanismo das cotas, neste ano a pontuação ainda não foi divulgada.
Cruel, não?!
E vejam: a UFSC, durante a solenidade de divulgação dos resultados do concurso vestibular, em 30 de dezembro último, apresentou os nomes dos três melhores alunos cotistas. Nenhum de nosso Estado – todos completaram o ensino médio em São Paulo. E apenas um deles esteve presente na solenidade.
Era uma aluna que, embora tenha completado o ensino médio em São Paulo, veio preparar-se para o vestibular em Santa Catarina, tendo aqui estudado em um dos nossos cursos pré-vestibular. Tendo, inclusive, comparecido à premiação com a camiseta do curso.
Irônico, não?!