segunda-feira, 5 de maio de 2014

Esses moços, pobres moços

Autor: Edson Osni Ramos (Cebola)

Esses moços, pobres moços.....
O velho Lupicínio tinha razão!
Os nossos queridos jovens de hoje, tão críticos em relação a tantas coisas, aos pais e professores, por exemplo, e tão passivos em relação a maioria das outras!
Depois de assistir a matéria do Fantástico em relação à (in)correção de redações do Enem, fico a perguntar: porque os nossos jovens ficam passivos diante de tamanhos desmandos? Em tese, deveriam ser os maiores interessados, pois está no Enem uma parcela importante do futuro de muitos deles.
Passam tanto tempo "teclando" e enviando torpedos, mensagens e afins, mas....
Esses moços, pobres moços.....
Este ano tem eleições para Presidente da República, sabiam?
Tempos atrás, isso era um sonho, acalentado por muitos jovens, que confabulavam e trocavam ideias apenas atrás de portas fechadas, ao pé do ouvido.
Que haverá Copa do Mundo, todos sabem, pois as redes sociais falam nisso o tempo todo.
Esses moços, pobres moços.....
Tristes moços, que nunca brincaram de pião ou bolinha de vidro, cujos cavalos de pau foram apenas os dos carros possantes. Que jamais fizeram/ganharam uma serenata, pois, hoje, como fazer uma serenata? (ou então, o que é uma serenata?). Se alguém sair a noite com um violão ou violino nas costas ou é assaltado ou é preso!
Esses moços, pobres moços.....
Então tornam adultos e ficam reféns de psiquiatras e psicólogos (ainda bem que existem bons profissionais nestas área, se não seria muito pior), que ficam atrás de ansioliticos para "matar" suas angustias e depressões.
Esses moços.... Vamos acordar, gurizada!!! E cantar, criar, gritar, defender ideias! Sem a necessidade de fechar ruas ou quebrar ônibus, defendendo ideias e não formando quadrilhas! É muito melhor do que apenas criticar e nada fazer para melhorar!!!

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Eclipse lunar - 15 de abril de 2014


 Autor: Edson Ramos (Cebola)

Ocorre eclipse lunar quando a Terra está posicionada entre o Sol e a Lua (noite de lua cheia), de tal forma que a esta fica encoberta (parcial ou totalmente) pela sombra da Terra.
Didaticamente, dizemos que a sombra da Terra é composta por duas partes: um núcleo interno escuro chamado de umbra (ausência de luz), e uma parte externa menos escura, chamada de penumbra (pontos com sombra intercalados com pontos com luz).
Dependendo das condições atmosféricas, por exemplo, excesso de partículas em suspensão no ar, (poluição), ao invés de ser completamente escura a parte interior onde deveria ser sombra pode apresentar uma tonalidade desde cobre, passando pelo alaranjado-vermelho até no preto quase total, por conta da luz que passa pela atmosfera em torno da Terra (refração).
Este eclipse poderá ser visto aqui de Florianópolis, exatamente na noite da primeira lua cheia da primavera no hemisfério Norte (aqui, a primeira lua cheia do outono), que corresponde à pascoa judaica. O eclipse começará, para nós, exatamente à 1 h e 54 min, estendendo-se até às 7 h e 38 min. O ponto máximo (eclipse total) se dará às 4 h e 46 min.


Na antiguidade os eclipses eram confundidos com premonições divinas de tragédias e cataclismas, sendo as noites de eclipses chamadas de noites de sangue.

Claro que isso é uma tremenda asneira, pois é apenas mais um dos belos e divinos fenômenos da natureza, obra e graça do Senhor Deus!!


quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Feliz ano novo!!!

Os primeiros relatos de comemoração de um novo ano vem da região conhecida como Mesopotâmia (atual Iraque), em 2000 aC.  Na época, os babilônios (que lá habitavam) festejavam a mudança da lua nova indicando o equinócio da primavera (do hemisfério norte), quando a posição solar se aproxima da linha do equador e a duração dos dias e das noites é a mesma. Isso corresponde, no nosso calendário gregoriano, a 19/20 de março.
Os antigos assírios, persas, fenícios e egípcios comemoravam o ano-novo no atual mês de setembro (23/24). Já os gregos, celebravam o início de um novo ciclo entre os dias 21 e 22 do mês de dezembro.
Os romanos foram os primeiros a estabelecerem um dia no calendário para a comemoração da “virada do ano” (provavelmente em 753 aC). Para eles, o novo ciclo começava em torno de 1º de março (de nosso calendário). Em 153 aC esta data foi alterado para 1º de janeiro, que foi posteriormente foi  mantida quando da adoção do calendário juliano, em 46 aC. A data está relacionada ao deus romano Janos (origem do nome: janeiro), o Deus dos “portões”, que tinha duas faces, uma voltada ai passado e outra, ao futuro (como um portão).
Somente a partir de 1582, quando a Igreja de Roma adotou o calendário gregoriano (derivado do juliano), o chamado mundo ocidental passou a comemorar a data em si: 1º de janeiro é a entrada de um novo ano.
Alguns povos e países comemoram em datas diferentes. Ainda hoje, na China, a festa da passagem do ano começa em fins de janeiro ou princípio de fevereiro. Durante os festejos, os chineses realizam desfiles e shows pirotécnicos. No Japão, o ano-novo é comemorado do dia 1º ao dia 3 de janeiro.
A comunidade judaica tem um calendário próprio e sua festa de ano-novo (Rosh Hashaná – a festa das trombetas) dura dois dias do mês Tishrê, que ocorre entre setembro e outubro do calendário gregoriano. Para os islâmicos, o ano-novo é celebrado em meados de maio, marcando um novo início. A contagem corresponde ao aniversário da Hégira (em árabe, emigração), cujo ano zero corresponde ao nosso ano de 622.
Assim, comemore seu ano novo, em sua língua, não importa qual seja, em sua data, também não importa qual é,  pois mudanças para melhor devemos tentar todos os dias: buon anno, feliz año, godt nytår, מזל נייַ יאָר, bonne année, glückliches neues jahr, happy year, feliç any nou, beatus anni!
Ou, simplesmente, feliz ano novo! Que o Senhor Deus esteja em nós durante todo este ano que se aproxima! Que sejamos pessoas boas, dignas de habitar  o planeta Terra!!
Feliz 2014!!!!
Prof. Edson Osni Ramos (Cebola)


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

O Deus de Spinoza

As palavras abaixo são de Baruch Spinoza, judeu de família portuguesa, nascido em 1632 em Amsterdã, falecido em Haia em 21 de fevereiro de 1677, foi um dos grandes racionalistas do século XVII dentro da chamada Filosofia Moderna, juntamente com René Descartes e Gottfried Leibniz. 
Certa feita, perguntaram a Albert Einstein (judeu alemão, nascido em Ulm, em 1879, falecido em Princeton - USA , em 1955) se ele acreditava em Deus. Ele respondeu que "acreditava no Deus de Spinoza. 
Fonte: "Einstein viveu aqui", de A. Pais, ed. Nova Fronteira".
É um texto polêmico, mas atual.
Boa leitura!!!

DEUS SEGUNDO SPINOZA   (Deus falando com você)

"Para de ficar rezando e batendo o peito! O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.
Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa. Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti.
Pára de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau. O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer.
Para de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho... Não me encontrarás em nenhum livro! Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais me dizer como fazer meu trabalho?
Para de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.
Para de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti? Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso?
Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti.
Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti. A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia.
Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único que precisas.
Eu te fiz absolutamente livre. Não há prêmios nem castigos. Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registro. Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno. Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se não o houvesse. Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei. E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste
comportado ou não. Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste... Do que mais gostaste? O que aprendeste?
Para de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti. Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar.
Para de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja? Me aborrece que me louvem. Me cansa que agradeçam. Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo. Te sentes olhado, surpreendido?... Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar.
Para de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. Para que precisas de mais milagres? Para que tantas explicações? Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro... aí é que estou, batendo em ti."

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

O céu dos animais

O céu dos animais

Edson Osni Ramos (Cebola)

- crônica para minha filha Beninha -

Quando a gente era pequenino, nos ensinaram que se fôssemos bons a vida toda, iríamos para o céu. Se não,...
Esse típico pensamento judaico-cristão permeou nossas vidas desde sempre. Claro que, quando pequeno, muitas vezes fiquei com medo. Depois de aprontar algumas (muitas), sempre rezava e pedia perdão a Deus, “arrependido” da falta, “prometendo” não mais cair em tentação, para que, óbvio, minha conta com o Criador estivesse no “crédito”.
Depois de adulto, tantas são as coisas a pensar e fazer, que esses conceitos são deixados de lado, felizmente, e passamos a viver plenamente. Acho que em minha vida fiz mais coisas boas dom que ruins.
Também lembro de que no livro sagrado consta que Deus criou o céu, a terra, o homem e a mulher, as plantas e o animais, enfim tudo o que temos. Então, quando criança, também pensava: será que existe céu para os animais? Certamente o cachorro do “seo” Tavico, nosso vizinho na Ponta de Baixo, era candidato certo ao inferno, pois sempre vinha enfezado ao meu encontro. Uma vez até me mordeu, aquele desgraçado!!! Tudo bem que sempre que ele estava na corrente eu o atiçava, provocando-o. Mas disso eu estava salvo, pois pedia perdão a Deus!
Muito tempo depois, com a família crescendo, apareceram, pelos filhos, os animais domésticos. E neste quesito, coloco nossos cães e cavalos.
Sobre os cavalos, tenho uma tese: tolo de quem pensa que é dono de um cavalo. No máximo, o cavalo é dono da gente. Tive um, o Garoto, que era sensacional. Um matungo do qual ninguém gostava de andar, mas que comigo virava um puro sangue inglês. Era incrível a empatia entre nós, levando alguns provocadores a dizer que em outras vidas deveríamos ter sido parentes próximos. Digo, sem erro, que o Garoto era meu amigo. Quando o encilhava para uma cavalgada, ele já caminhava para um local existente no pátio, para eu montar sem esforço algum. É que tenho um problema no joelho, há muitos anos, que dificulta flexionar a perna, então fizemos uma espécie de “escada natural”, onde eu subia com facilidade. Quando eu o encilhava para outra pessoa andar, ele nem se mexia do lugar, o outro é que “se danasse”, para montá-lo. Mas ele fazia isso sem eu dizer nada. Como sabia? Não sei!
Um dia o Garoto se foi, em agosto de 2011 ele foi atingido por um raio, bem pertinho de casa. Morreu fulminado, aos 20 anos, uma idade já avançada para um cavalo.
Chorei!
Tivemos ainda o Fluck e a Tuca, dois cães, “stray dogs” legítimos, que acompanharam meus filhos crescer e ajudaram em suas formações. O Fluck era um pastor alemão em corpo de pequinês, o que o deixava inconformado. Tinha a cabeça e o pelo de pastor alemão, mas o corpo... ridiculamente pequeno. Latia feroz para tudo e para todos, esquecendo seu tamanho. Apanhou muito de outros cachorros. Mas era um amigão. Chegou aqui em casa quando meu filho era pequeno, e eles logo se afeiçoaram. Lembro de que um dia estavam brincando debaixo do limoeiro, quando ouvi uma gritaria: “mordeu, mordeu, está saindo sangue!!” Saí furioso, pensando que o Fluck havia mordido “minha criança”. Foi o inverso!... rsrsrs....
Somente fiquei brabo com ele no dia em que comeu uma das minhas codornas, que havia escapado do viveiro. Foi um grande cão de guarda, apesar do tamanho, que não perdoava se aparecia alguma cobra ou rato no quintal. Matava a patadas e, depois, ficava esperando até eu chegar e agradecer. Também se foi, e tive que autorizar a injeção para faze-lo parar de sofrer. Com 13 para 14 anos.
Tivemos a Tuca, uma vira-lata com olhar triste e coração gigante, com pelo de dálmata. Morou conosco em Fpolis e em Rancho Queimado, e onde eu ia, ela estava junto. O curioso é que em Rancho Queimado ela vivia entrando dentro de casa. Em Fpolis, jamais entrou!
Quando íamos jogar dominó, ela ficava enrolado nos meus pés a noite toda.
Foi o animal mais carinhoso que conheci! No final, tivemos que leva-la de volta para morar em Fpolis, pois ela estava perdendo o senso de direção. E se perdeu várias vezes nos pastos e matos do nosso rancho”.
Um dia ficou muito doente e a levei ao veterinário. Não mais voltou, aos 17 anos.
Foi muito triste!
Agora foi a vez da Kiara, uma poodle que minha filha caçula ganhou quando era pequenina. A amizade das duas foi um dos belos quadros de nossa família. Sempre serelepe e saltitante, aprontou todas aqui em casa, o que me fez jurar jamais ter outro cachorro dentro de casa. Mas...
Ela chegou a roubar queijos da mesa, bifes do prato, etc. Mas era adorável!
Quando íamos para Rancho Queimado, ela sempre ia junto. Lá, era ela quem mandava no pátio, embora tenhamos o Simba, que é umas dez vezes maior e mais pesado que ela. E que tem fama de cão bravo. Ela fazia gato e sapato do Simba e de todos nós.
Quando minha caçula viajava, ela ficava triste, só voltando “as boas” quando do retorno. Sempre latindo e esperando que déssemos alguma comidinha.
Pois nessa semana, ela também se foi!
E o mais triste foi vez a tristeza de minha filhinha!
Hoje, tenho a certeza de que existe uma “continuação” para nós humanos, que algumas pessoas chamam de céu. Tenho isto em função dos amigos que já se foram. Mas, também, credito que exista um “céu dos animais”, porque “espíritos” tão belos não podem se perder, como uma folha seca que cai.
Estava pensando, houve uma época em que esses quatro “animais” estavam conosco. Brincando, brigando, saltitantes, ofegantes, latindo, sorrindo, uivando, rosnando, correndo, galopando. Sempre nos protegendo, dando o alarme quando da chegada de quem quer que seja.
Agora devem estar fazendo isso tudo no céu!