VESTIBULAR UFSC'2011
PROBLEMAS NA PROVA DE FÍSICA
Finalmente conseguimos ver as provas do Vestibular UFSC’2011.
A prova de Física, diferente das edições anteriores, estáva bem mais difícil. E, infelizmente, novamente apareceram as “pegadinhas”, situações que tendem a induzir o aluno ao erro. Nos últimos anos percebeu-se um cuidado da banca em relação a essas situações, porém nesse vestibular elas apareceram novamente.
A prova de Física, diferente das edições anteriores, estáva bem mais difícil. E, infelizmente, novamente apareceram as “pegadinhas”, situações que tendem a induzir o aluno ao erro. Nos últimos anos percebeu-se um cuidado da banca em relação a essas situações, porém nesse vestibular elas apareceram novamente.
Em relação às questões de Física, observamos três erros que comprometem a prova.
Na prova amarela, na questão 24, item 04, para o cálculo do número de mols o usou dados com unidades conflitantes.
Não é possível utilizar R = 0,080 atm.litro/mol.K (sistema usual), que foi fornecido no enunciado e, simultaneamente, a pressão em pascal e o volume em metros cúbicos (sistema Internacional de Unidades - MKS).
Pois o autor da questão caiu na própria pegadinha. Ele assinalou como correta a alternativa em que usou os valores nessas unidades.
Para chegar à resposta dada como correta, o autor fez:
Na prova amarela, na questão 24, item 04, para o cálculo do número de mols o usou dados com unidades conflitantes.
Não é possível utilizar R = 0,080 atm.litro/mol.K (sistema usual), que foi fornecido no enunciado e, simultaneamente, a pressão em pascal e o volume em metros cúbicos (sistema Internacional de Unidades - MKS).
Pois o autor da questão caiu na própria pegadinha. Ele assinalou como correta a alternativa em que usou os valores nessas unidades.
Para chegar à resposta dada como correta, o autor fez:
O correto é usar a constante como R= 8 J/mol.K (que não foi dado no enunciado), de onde se obtém:
Solicitamos a alteração do gabarito de 38 para 34.
A questão 26 também apresenta problema no gabarito. O item 02 está correto, de tal forma que a resposta correta é 23, e não 21, conforme divulgado pela Coperve.
A questão 29 apresenta, no item 16, um dado que, ao nosso ver, não configura uma cobrança de conhecimento ou raciocínio, e sim o que comumente classificamos como "pegadinha", o que é condenado por pedagogos e autoridades educacionais. O item solicita a ddp (diferença de potencial) entre os pontos A e B.
A ddp entre A e B, comumente representada por VAB, é dada pela expressão VAB = VA – VB.
O item coloca "a diferença de potencial entre A e B (VB – VA) é 6 V".
Isso pode ser classificado como falha ou incoerência.
O item foi dado como correto. Se a questão solicitar a ddp entre A e B, a resposta deveria ser (–) 6 V. Se solicitasse (VB – VA), a resposta seria (+) 6 V.
Cremos que, embora a questão não esteja bem elaborada, não é necessário que seja anulada. Porém, o item 16 deve ser considerado uma alternativa errada, mudando o gabarito de 20 para 04.
A questão 26 também apresenta problema no gabarito. O item 02 está correto, de tal forma que a resposta correta é 23, e não 21, conforme divulgado pela Coperve.
A questão 29 apresenta, no item 16, um dado que, ao nosso ver, não configura uma cobrança de conhecimento ou raciocínio, e sim o que comumente classificamos como "pegadinha", o que é condenado por pedagogos e autoridades educacionais. O item solicita a ddp (diferença de potencial) entre os pontos A e B.
A ddp entre A e B, comumente representada por VAB, é dada pela expressão VAB = VA – VB.
O item coloca "a diferença de potencial entre A e B (VB – VA) é 6 V".
Isso pode ser classificado como falha ou incoerência.
O item foi dado como correto. Se a questão solicitar a ddp entre A e B, a resposta deveria ser (–) 6 V. Se solicitasse (VB – VA), a resposta seria (+) 6 V.
Cremos que, embora a questão não esteja bem elaborada, não é necessário que seja anulada. Porém, o item 16 deve ser considerado uma alternativa errada, mudando o gabarito de 20 para 04.
De forma geral a prova, comparada a de anos anteriores, foi difícil. Com boa distribuição dos assuntos e questões bastante criativas.
Agora é aguardar os resultados, sempre atentos ao que está ocorrendo.
Abraço a todos.
Abraço a todos.
Prof. Edson Osni Ramos (Cebola) - com a participação, na análise das questões, dos professores Cesar Mauro Cardoso (Pesão), André Coelho e Willian Volpato, do Sistema de Ensino Energia - Florianópolis.
3 comentários:
é uma pena mesmo este tipo de questão que tenta induzir o aluno ao erro, as tais chamadas "pegadinhas". Diriam como justificativa que quem está bem preparado não cai,...mas e o estado emocional do candidato, a aniedade o nervosismo, o stress e tudo que envolve este momento não conta,..pra que complicar ainda mais. Já é tão injusto tantos bons candidatos terem que ficar de fora por consequências de falta de investimento na área da educação. O JUSTO É ESCOLA PÚBLICA E DE QUALIDADE PARA TODOS!
Profª. Jussara, concordo plenamente com suas colocações.
As tais pegadinhas, como prática acadêmica, são lamentáveis. Não cobram raciocío, apenas induzem o aluno ao erro.
Em quanto à sua colocação em relação ao ensino público, creio que a escola privada deve ser uma opção, não uma necessidade, como ocorre em nosso país. As instituições de ensino fundamental e ensino médio públicas (e também muitas privadas, via de regra, não possuem bom nível acadêmico, aumentando o fosso social existente no Brasil. Enquanto nossas autoridades acadêmicas não investirem maciçamente na escola pública de qualidade, teremos que conviver com paliativos como as cotas e o Enem.
A idéia do Enem é boa, como mecanismo de avaliação das instuições, não como prova classificatória ao ensino superior. O Enem em si mata as regionalidades, as características de um povo tão diversificado como o brasileiro.
Prof. Edson Osni Ramos (Cebola)
Na mesma prova, questão 24, ítem 32. Tbm tem um erro.
Diz que a temperatura diminuiu com a transformação ocorrida. Mas se você fizer nR = constante, a temperatura na verdade aumenta!!!
pv=nrT
antes: 5.1/T = nR
depois: 2.4/T = nR
a Temperatura, depois, tem de ter aumentado para conservar nR. nÃO É?
e mesmo que tivesse diminuido, não seria porque o gás perdeu mais energia em forma de calor do que recebeu em forma de trabalho, mas o contrário,ele teria perdido mais em forma de trabalho do que recebido em forma de calor!!
:/ não é isso!?
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