(do 14º ao 21º dia do mês Nissan de 5571 - de 19 a 25 de abril de 2011)
Estamos chegando ao período da Páscoa. Para os cristãos, a comemoração da ressurreição de Jesus. Para os judeus, a comemoração da libertação da escravidão do Egito.
Época de meditação e reflexão, onde cada qual deve (ou deveria) buscar dentro de si respostas para como crescer e tornar-se um ser humano melhor.
Infelizmente a Páscoa, cada vez mais, torna-se apenas um feriado para a maioria das pessoas, onde os aspectos econômicos são muito mais enfatizados que qualquer aspecto religioso.
O Pêssach - a festa da Páscoa judaica - é comemorado por sete dias. Tem início com uma cerimônia na noite do 14º dia do mês de Nisan (o primeiro mês do calendário judaico).
Em todo o mundo as famílias judaicas reúnem-se para o sêder do Pessach, ceia ritual em que relembram a libertação do povo hebraico, guiados por Moisés, depois da escravidão no Egito, há mais de 34 séculos.
Símbolos da Páscoa Judaica
A Páscoa Judaica é repleta de símbolos, principalmente na alimentação. Normalmente as mesas são decoradas com velas acesas e os alimentos colocados simbolizam a história dos judeus .
O centro do prato é o local do marror, uma raiz forte. Seu papel no sêder é fazer com que se recorde da amargura que o povo judeu sofreu durante o período de escravidão no Egito. O charróset tem seu lugar no ângulo inferior direito do prato. Ele é basicamente uma mistura de maças e nozes picadas e amassadas com vinho, simbolizando a argamassa dos blocos utilizados no trabalho escravo. Ao lado do Keará coloca-se um frasco com água salgada, que representa as lágrimas que foram derramadas no período da escravidão.
A páscoa judaica é totalmente simbólica, desde a escolha dos alimentos para as refeições até os hábitos que são praticados durante o período de Pessach. Até mesmo narrativas são recontadas pelos judeus aos seus familiares para reforçar o sentido de toda comemoração.
Comemoração Pessach
Na comemoração Pessach o alimento básico é a Matzá, que parece com uma bolacha não fermentada feita de farinha de trigo e água, sem sal nem açúcar. O Matzé é relembrado como o pão da miséria que foi comido no Egito, no caso a pressa de fugir do faraó era tanta, que o pão não fermentou.
Como tradição no Pessach durante os oito dias de comemoração é proibido beber, comer ou ter em casa qualquer alimento do tipo fermentado. O pão, e qualquer outra massa, é substituído pela Matzá.
Com o passar do tempo, essa celebração foi ganhando contornos mais estáveis e se adaptando, porém sem esquecer de sua essência. Para alguns historiadores, essa celebração foi fundamental para que as comunidades judaicas preservassem seus laços nos mais diferentes lugares em que viveram e ainda vivem.
Na noite de celebração da páscoa, as casas devem estar limpas e arrumadas, e todo um conjunto específico de talheres é utilizado na celebração. Além disso, qualquer tipo de alimento fermentado tem o seu consumo proibido. No dia antes do Pessach, a família deve jejuar em homenagem aos primogênitos que não foram atingidos pela última das maldiçoes egípcias. Daí em diante, várias refeições e narrativas são intercaladas como forma de se reforçar o significado da páscoa para os judeus.
Cada um dos alimentos empregados relembra a experiência que os judeus tiveram no tempo em que viveram no Cativeiro do Egito, as dez pragas impostas e os milagres divinos que os retiraram daquele lugar. Em diversas ocasiões, vemos que a participação das crianças reforça o ideal de renovação das tradições e sugere que elas internalizem o significado daquela solenidade.
http://professor-cebola.blogspot.com/2010/01/que-dia-e-hoje-calendario-judeu.html
http://www.mundodastribos.com/pascoa-judaica-comemoracao-do-pessach.html
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