sábado, 25 de setembro de 2010

GINCANA

Sistema de Ensino Energia promove gincana virtual
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Vencedores receberão bolsas de estudo integrais para 201O Sistema de Ensino Energia – maior rede de ensino de Santa Catarina – está promovendo a gincana virtual Encontre sua Energia.
É um jogo online desenvolvido para estimular a interatividade dos estudantes com o mundo virtual. Os três participantes que acumularem mais pontos ganharão:
1º Lugar – Bolsa de Estudo Integral do Sistema de Ensino Energia* + Ipod Touch 8 GB
2º Lugar – Bolsa de Estudo Integral do Sistema de Ensino Energia* + Nintendo wii
3º Lugar – Bolsa de Estudo Integral do Sistema de Ensino Energia* + Ipod Nano 8 GB.
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O prazo para inscrição vai de 29 de setembro até 15 de outubro de 2010. Para entrar na gincana, é preciso ser aluno regularmente matriculado em instituições de ensino de Santa Catarina, pública ou privada, e estar cursando da 8ª série (ou 9º ano) do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio. Não há restrição de idade. Basta preencher corretamente o formulário de cadastro e decifrar enigmas lançados no portal da gincana, com a ajuda de dicas que serão espalhadas pelas redes sociais. Aí, é só responder corretamente e acumular pontos.
Ao todo serão quatro enigmas, um a cada semana, lançados sempre às segundas-feiras, às 19 h, de acordo com o seguinte cronograma:
Enigma 1: 18 a 22 de outubro
Enigma 2: 25 a 29 de outubro
Enigma 3: 01 a 05 de novembro
Enigma 4: 08 a 12 de novembro
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As dicas também serão lançadas apenas uma vez ao dia, sempre às 19 h. Porém surgirão “Dicas Bônus” a qualquer momento. Então, fique ligado! O resultado final será divulgado até o dia 19 de novembro de 2010.Veja o regulamento completo e tire todas as suas dúvidas na página principal do Portal: http://www.encontresuaenergia.com.br/
*A Bolsa de Estudo Integral do Sistema de Ensino Energia é válida para o ano de 2011, com duração de 1 ano, no Energia Florianópolis ou nos licenciados participantes da gincana virtual Encontre sua Energia. Caso o participante vencedor esteja cursando a 3a série do Ensino Médio em 2010, a bolsa ofertada como premiação para o ano de 2011 será referente ao curso pré-vestibular semiextensivo, com duração de 6 meses.

domingo, 12 de setembro de 2010

ASTRONOMIA & ASTROLOGIA

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ASTRONOMIA & ASTROLOGIA
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.Autor: Edson Osni Ramos (Cebola)

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.Desde a Antiguidade, as idéias de Aristóteles e Ptolomeu a respeito do Universo não ficaram restritas ao mundo das Ciências Naturais. Foram incorporadas a todo o conhecimento da época. Um enorme conjunto de crenças foi fundamentado em torno desse conhecimento científico, gerando distorções, algumas das quais chegaram aos nossos dias.
O pensamento aristotélico era tão forte que ainda hoje estudamos esse filósofo.
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A "Astrologia" é fruto dessa época, quando alguns indivíduos passaram a considerar a "influência" que os astros conhecidos poderiam exercer sobre as pessoas, animais e as "coisas em geral".


Até o desenvolvimento das lunetas, no século XVII da era cristã, os planetas conhecidos no Sistema Solar, além da Terra, eram Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. Além deles, o Universo conhecido continha ainda a Lua, o Sol e as demais estrelas visíveis, tendo a Terra como o centro de tudo. Segundo se acreditava, aqui na Terra a matéria se deteriorava e morria. Porém fora da Terra tudo era imutável, "imortal". Era essa "imortalidade" que exercia influência sobre nós. Dessa maneira, olhando para o firmamento os indivíduos começaram a associar os astros com a buena suerte ou a mala suerte do nosso dia-a-dia.
Quando na época do Império Romano os estudiosos definiram o calendário Juliano, colocaram os dias em grupamentos de sete (semana), de tal maneira que cada dia era uma homenagem à influência que os astros exerciam sobre nós. Esta "homenagem" está no nome dos dias, que se relacionam com os astros conhecidos, segundo a influência que cada um deles exercia e não tinha correlação com a distância que estavam de nós.
Então surgiram os nomes dos dias da semana (observe a "coincidência" nos nomes em inglês e espanhol):

Mesmo com o Renascimento e toda mudança na ordem do pensamento, a Astrologia ainda perdurou.

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Desde sempre, a maioria absoluta dos indivíduos que se destacavam na Ciência era oriunda de famílias ricas ou então eram adotados por algum mecenas e podia viver tranqüilamente sem a necessidade de se preocupar com o "final do mês". O alemão Joahnnes Kepler (1571-1630) foi uma exceção.
Sua condição familiar e financeira não lhe permitia o "sossego" que outros tiveram. Precisava dar aulas para ganhar a vida e, não obstante todo seu belo trabalho dentro da Astronomia (lembre-se das Leis de Kepler e da sua obra Harmonias do Mundo, que correlaciona a matemática do movimento dos planetas às escalas musicais), começou a fazer mapas astrológicos, que com sucesso foram vendidos à burguesia da época e até mesmo a elementos do clero.
Só que segundo uma "lenda", Kepler, pouco antes de morrer, afirmou que "todos os mapas astrológicos ou dados relacionados a isso tinham sido apenas uma maneira de ganhar a vida".
Pedia desculpas a todos aqueles que "tinha ludibriado com tais crendices", salientando que, "felizmente já está chegando a época em que o mundo não possuirá mais incautos que se deixam enganar por coisas como magia e astrologia".
Parece que não foi em tudo que Kepler acertou ...

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Fonte: RAMOS, Edson Osni. Crônicas de Física: A física do cotidiano. Florianópolis: Pascal, 2000.

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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

CICLO DAS ÁGUAS: orvalho - geada - neblina - nuvem - chuva - neve

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CICLO DAS ÁGUAS:
orvalho x geada x neblina x nuvem x chuva x neve
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Da energia que recebemos na Terra, em torno de 99% é consequência da radiação solar, o restante vem da interação gravitacional com outros astros (inclusive o Sol) e de reações nucleares.
Durante o dia, a radiação solar aquece a Terra, fazendo com que os mares e oceanos, os rios e lagos e até mesmo a cobertura vegetal, evaporem, liberando vapor d'água. Este vapor d'água, em suspensão na atmosfera, provoca a chamada umidade do ar.
Dependendo da temperatura, a massa de ar pode conter uma quantidade máxima de vapor d'água, denominada vapor saturante ou de saturação.
A umidade relativa do ar é obtida pela relação entre a quantidade de vapor d'água contida no ar e o vapor saturante na temperatura do momento.
Quando a umidade é baixa, nossas mucosas respiratórias secam, provocando irritação; quando essa umidade é muito elevada, ela dificulta nossa transpiração, o que aumenta a sensação de calor.
Normalmente os seres humanos sentem-se confortáveis quando a umidade relativa do ar está em torno de 50% a 60%.

Imagine que, durante o dia, a temperatura ambiente seja 20ºC com umidade em torno de 10 g/m3. Como nessa temperatura a massa do vapor de saturação do ar é 17,4 gramas por metro cúbico, então podemos dizer que a umidade relativa do ar é de 57,5%, ou seja, estamos em um dia "agradável".
Quando chega a noite, a temperatura atinge 10ºC. Nessa temperatura a massa de vapor de saturação é 9,4 gramas por metro cúbico. Note que a umidade do ar está em 17,4 gramas por metro cúbico, ou seja, existe 8,0 gramas por metro cúbico de vapor acima do vapor de saturação. Essa quantidade tende a deixar de ser vapor d'água, condensando-se e tornando-se água líquida. A essa massa de água, que tem origem no vapor d’água saturado e forma-se no solo e nas plantas, chamamos orvalho.
Quem de nós nunca se encantou em tocar as gotas de orvalho formadas em uma flor?
Em algumas regiões mais secas o orvalho é de fundamental importância ao ser absorvido pelas plantas, como fator de irrigação.
É o mesmo fenômeno que ocorre quando, em um dia quente, coloca-se um líquido estupidamente gelado num copo de vidro. Instantes depois é possível observar que o copo está "suando", ou seja, surgem gotículas de água na superfície externa do mesmo. É que a temperatura do copo torna a massa de ar ao redor mais fria, de tal forma que surge vapor saturado na região, que se condensa ao contato com o copo.
Quando a temperatura do ar desce bruscamente, o vapor saturado produz um manto de nevoeiro próximo ao solo, principalmente se não existir vento para dissipá-lo. É a neblina que tanto nos atrapalha quando estamos dirigindo.
A neblina também pode ser formada pela condensação de partículas de vapor d'água em suspensão no ar.
É semelhante ao que ocorre quando falamos em dias bastante frios e expelimos uma "camada de fumaça" pela boca. Aquela “fumacinha” é constituída por gotículas de água em suspensão.
Quando a temperatura do solo está abaixo da temperatura de fusão da água, as gotículas de água provenientes do vapor saturado (orvalho) podem congelar imediatamente ao contato com o solo, formando a geada, danosa aos vegetais, principalmente quando em floração.

Quando o ar aquecido pelas radiações solares sobe, leva uma enormidade de partículas que estão em suspensão, inclusive as partículas de vapor'dágua.
Sabemos que quanto maior a altitude, menor a pressão atmosférica.
Quando a massa de ar com vapor d'água atinge determinada altitude, a temperatura diminui (quanto mais distante do solo, menor a temperatura). Nesse caso, a massa de vapor d'água condensa-se, formando as nuvens, que também são, de maneira simplista, gotículas de água em suspensão na atmosfera.
Essas gotículas não caem imediatamente porque existem correntes de ar quente subindo, que as mantêm em equilíbrio.

Em determinados momentos essas gotículas podem ser congeladas, quando a temperatura do ar, na altitude onde está a nuvem, torna-se entre -4ºC e -5ºC. Nesse caso, os pequenos cristais de gelo conseguem vencer as correntes de ar quente e caem, formando a chuva. Ao caírem, os pequenos cristais ganham calor da massa de ar (ganham calor do ambiente), passando para o estado líquido.
Observe a neve acumulada em uma cerca.Quando o vapor d'água saturado, mesmo sem contato com superfície alguma, está em alguma camada de ar muito fria, sua temperatura diminui até aproximar-se da temperatura do ar. Nesse caso, a massa de vapor saturado chega ao ponto de congelamento, de tal forma que as gotículas cristalizam-se de formas diversas, caindo ao solo em flocos aos quais chamamos de neve.

Fonte: RAMOS, Edson Osni. Crônicas de Física: A física do cotidiano. Florianópolis: Pascal, 2000.

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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

MEU COLÉGIO




Ingressei no colégio Catarinense ainda menino, com dez anos de idade, na primeira série do então curso ginasial, que corresponde hoje ao 6ª ano (5ª série) do ensino fundamental. Saí do colégio aos trinta anos, como profissional, professor do ensino médio.
Certamente minha vida pessoal e profissional estará para sempre ligada a essa instituição, que marcou e marca muitas gerações de catarinenses.
Aos vinte anos, já como professor de Física do ensino médio, coordenava turmas de alunos que iam a Pinheiral, a colônia de férias que o colégio mantém no município de Major Gercino.
Tempos inesquecíveis!
Conheci muita gente vivendo o dia-a-dia do Colégio Catarinense.
Como aluno, não posso esquecer da época do “galpão” e dos dois “campos de areia”, que existiam antes dos ginásios de esportes e dos campos de futebol de hoje! Época em que o responsável pelo dia-a-dia dos alunos e professores era o padre “Prefeito Geral de Disciplina”, função do inesquecível Pe. José Montenegro, com o qual tantas vezes fui a Pinheiral.
Época em que na hora dos intervalos (e antes e depois das aulas), íamos para a sala do Pe. Guido (depois sala da Cruzada), jogar ping-pong ou dedão. Será que os alunos de hoje têm idéia do que é “jogar dedão”?
Ao sair do ensino médio (a terceira série cursei no Instituto Estadual de Educação), continuei frequentando o colégio. E logo fui admitido como professor.
Durante esses anos todos convivi com muitos indivíduos que se tornaram referências para gerações de alunos e colegas professores.
Como não lembrar do trabalho do Pe. Guido Sthäl? Eis um indivíduo que soube dignificar sua vocação e missão: educar! e que hoje está novamente em Florianópolis, aos oitenta e um anos, trabalhando na casa de retiros que o colégio mantém no Morro das Pedras.
O Pe. Guido completa, este ano, seu cinquentenário sacerdotal!
E falar no colégio Catarinense é também lembrar do Pedro, que sempre solícito e atencioso ainda continua na instituição, exercendo sua atividade no portão de entrada do mesmo. Proporcionando segurança e confiança a todos aqueles que convivem diariamente na instituição.
Parabéns pelo teu trabalho, meu amigo!
Dos professores que já se foram, como esquecer os padres Aluísio Kolberg (Mestre Alu), professor de Português e Literatura, e Eulógio Kolberg (Mestre Boca – que ele não saiba que estou chamando-o assim!), professor de Química. Irmãos de sangue e de vocação.
Suponho que todos da minha geração de aluno ainda recordam do Mestre Alu, de pé em cima de uma cadeira e com braços abertos declamando seu poema favorito: Lagoa dos Patos, finalizava gritando a plenos pulmões: “E os patos faziam quac, quac, quac!”.
E invariavelmente perguntava qual figura de linguagem estava utilizando, ao que respondíamos em uníssono: O-NO-MA-TO-PE-IA.
Difícil era parar de rir!
E o Mestre Boca, em suas impagáveis aulas em que provocava a liberação de hidrogênio, que em seguida proporcionava uma pequena explosão e um sorriso em seu rosto. De onde saia um som mais ou mesmo assim: “rur rurr rurrrssss”!
Ah, queridos mestres, que saudade!
Uma vez quase o matei de susto. Tinha deixado uma caixa de giz “preparada como caixa de choque”, usando capacitor e material do laboratório. Desgraçadamente para mim, foi o Mestre Boca que resolveu usá-la, levando um choque elétrico provocado pela descarga da carga armazenada no capacitor. Em um indivíduo jovem e saudável – a “brincadeira” tinha sido preparada para outra pessoa, o querido Prof. Niberto, de Matemática, lembram-se? – provocaria apenas um pequeno susto e muitas risadas. Mas o Pe. Eulógio já era um indivíduo com idade avançada e com vários problemas de saúde. Desmaiou!
Pensei que naquele dia ia ser demitido do colégio!
E tinha sido dele a idéia de fazer um furo na parede do laboratório de física, tarefa executada pelo também inesquecível Ir. Valmor, para que fosse possível a entrada de luz natural para as experiências de óptica. Como foi difícil convencer o Ir. Valmor de que ninguém saberia quem fez o furo! Pois se a direção soubesse, teríamos muitos problemas, ahahah!
Outra pessoa inesquecível para a minha e outras gerações, como aluno e professor, é a querida Profª Maria Luiza Périco. Foi minha professora quando estava na segunda série do ginásio (atual 6ª série – 7º ano do ensino fundamental). E depois fui seu colega professor durante todos os dez anos em que exerci atividade na instituição.
Além de aulas inesquecíveis e lições de vida exemplares, a Profª Maria Luiza estava sempre “por ali”, para qualquer problema que a gente tivesse. Seu sorriso e o encantamento que ela proporcionava ao seu redor – ainda proporciona, pois continua lecionando no Catarinense – eram bálsamo para quando surgia algum problema ou desconforto de relacionamento entre os colegas. Nunca a vi triste ou de baixo astral. É daquelas pessoas que passam a vida fazendo de sua profissão uma missão, dignificando a palavra ma-gis-té-rio.

Claro que poderia citar muitos outros com os quais convivi, naqueles anos de Catarinense. Colegas de classe, meus professores, colegas professores, alunos, etc. Convivi com muitas pessoas que ainda hoje estão em minha memória afetiva.
Mas, como não existe professor sem aluno, para encerrar estas reminiscências quero homenagear mais um indivíduo: meu ex-aluno e inesquecível amigo Joel Gomes Filho, o Fedelho.
Criatura espetacular, foi aluno em 1979, quando estava na primeira série do ensino médio. Depois nos tornamos amigos de uma vida toda, infelizmente abreviada na noite de natal de 2008, quando ele foi alegrar outras esferas com sua presença sempre alegre e leal.
Amigo, você será sempre lembrado, porque são inesquecíveis todas as coisas boas com as quais nos deparamos no dia-a-dia.
Assim, é minha relação com o Colégio Catarinense!
Inesquecível!


Edson Osni Ramos (Cebola), professor de física,
foi aluno do Colégio Catarinense de 1968 a 1973
e professor de 1978 a 1987.
Hoje é professor de pré-vestibular,
lecionando nos cursos Pascal e Energia,
em Florianópolis.