sábado, 30 de outubro de 2010

Judaísmo x Cristianismo x Islamismo

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JUDAÍSMO x CRISTIANISMO x ISLAMISMO


Autor: Edson Osni Ramos
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As brigas dos islâmicos com os ocidentais cristãos e, mais tarde, com os judeus, arrasta-se desde o século VIII, quando a Península Ibérica foi conquistada pelos sarracenos. Depois, as Cruzadas entre os séculos XI e XIII e a conquista do Império Bizantino pelos turcos otomanos, nos séculos XIV e XV, só agravaram as desconfianças e desavenças.
Hoje, assim como o cristianismo abrange regiões muito além daquelas onde viveram Jesus Cristo e os apóstolos, o islamismo expandiu-se muito além da Península Arábica, onde surgiu como uma nova religião. A Indonésia, por exemplo, o país com a maior população islâmica do planeta, não é constituída por árabes.
As três religiões originadas no Oriente Médio, o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo, possuem semelhanças e diferenças. Aliás, mais semelhanças do que diferenças. Todas são monoteístas (um só Deus); possuem livros sagrados (Torá, Bíblia Sagrada e Alcorão, respectivamente) e pregam justiça social e respeito e amor ao próximo.
Todas apregoam uma vida além da morte. Existem profetas e lugares que são comuns a todas elas: Jerusalém é uma cidade sagrada tanto para judeus como para cristãos e mulçumanos (seguidores do islã).
Abraão é um dos profetas das três religiões (os muçulmanos traduzem Abraão para Ibhrain).
Todas condenam o suicídio como um pecado mortal.
A palavra judeu deriva de Judéia, nome de uma parte do antigo reino de Israel. Judaísmo reflete essa ligação. A religião é ainda chamada de "mosaica", pois Moisés (séc. XII a.C.) é considerado um de seus fundadores.
O Estado de Israel define judeu como "alguém cuja mãe é judia e que não pratica nenhuma outra fé". Aos poucos essa definição foi ampliada para incluir o cônjuge.
O judaísmo não é apenas uma comunidade religiosa, o termo judeu tem conotações étnicas, porém estas são inexatas. Existem judeus de todas as cores de pele, desde os loiros da Europa Oriental até os negros do Marrocos e da Etiópia .
A lei está contida no livro sagrado "Torá"; a tradição no "Talmude" e o dia sagrado é o sábado (Shabat). O judaísmo é a religião revelada. Deus a revelou através dos profetas.
Segundo o judaísmo, Deus se revela pela sabedoria e harmonia que encontramos no mundo.

O islamismo, fundado por Maomé (622 d.C.) também apregoa a existência de um só Deus, poderoso e absoluto. Segundo o "islã", tudo está previamente previsto e marcado. Deus é bom e juiz, manda os bons para o céu (jardim de delícias, onde há leitos artisticamente trabalhados, bebidas que embriagam, carnes de pássaros e virgens apaixonadas), e o maus, para o inferno (onde existe vento que queima, escuridão e fumaça).
O dia sagrado é a sexta-feira.

O cristianismo é a filosofia de vida que mais fortemente caracteriza a sociedade ocidental. Aquilo que, inicialmente, era apenas uma seita dentro do judaísmo, tornou-se uma religião e uma crença universal. Há dois mil anos permeia a história, a literatura, a filosofia, a arte e arquitetura da Europa. Conhecer o cristianismo é pré-requisito para compreender a sociedade e a cultura em que vivemos.
A Bíblia é o livro mais lido do mundo, hoje e em toda história.
Deus é o criador, criou o céu e a Terra, e Jesus Cristo é seu filho.
Para o cristianismo o dia sagrado é o domingo.


CRENÇAS DIFERENTES COM FORMAS DE RELIGIOSIDADE SEMELHANTES







domingo, 17 de outubro de 2010

TIMBRE SONORO

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TIMBRE SONORO
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Autor: Edson Osni Ramos (Cebola)
Fontes: Ramos, E. , Crônicas de Física, volume 2, editora Pascal, Florianópolis, 2000.
Revista Veja na Sala de Aula, editora Abril, edição de 6 de outubro de 2004.
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O timbre é a qualidade fisiológica do som que identifica a fonte emissora da onda sonora. Está relacionado ao formato da onda (número de harmônicos) e é o que nos permite distinguir sons de mesma altura e mesma intensidade, emitidos por fontes diferentes.
Quando você atende ao telefone e reconhece a voz de seu interlocutor, você reconheceu o timbre da voz dele. Cada um de nós possui um timbre de voz característico, mesmo que, para algumas pessoas (mães e filhas ou pais e filhos, por exemplo) as vozes sejam aparentemente muito semelhantes.
Para se ter noção de como o formato da onda (timbre) emitida por uma fonte difere da emitida por outra fonte, observe a figura a seguir, onde um diapasão, uma clarineta e um trompete emitem, cada qual, sons de mesma intensidade e mesma freqüência (no caso, a nota lá, com freqüência de 440 Hz). Na análise harmônica da figura, perceba a diferença entre os harmônicos de cada som emitido.


Claro que você já ouviu falar em sintetizador sonoro!
A chamada síntese harmônica é o inverso da análise harmônica. O sintetizador eletrônico constrói uma onda sonora a partir das componentes harmônicas disponíveis, produzidas por geradores eletrônicos. Quanto maior o número de harmônicos usados em uma síntese, mais o som produzido se aproximará do som real.
Um sintetizador eletrônico pode produzir o som de qualquer instrumento musical e até da voz humana. Ele produz uma série de harmônicos cujas amplitudes relativas podem ser ajustadas de modo que a combinação produza a forma da onda sonora desejada.

Mas, e a voz humana, como se forma?
O mecanismo para gerar a voz humana necessita da participação harmoniosa de diversos órgãos, que combinam seus efeitos para o fim desejado.
Após o preenchimento dos pulmões, o ar deve ser forçado a subir pela traquéia até atingir a laringe. Nesse órgão, que nos homens abriga a cartilagem cricóide, o fluxo de ar que vem dos pulmões encontra as cordas (pregas) vocais. Após passar pelas cordas vocais, a onda sonora percorre a região onde se encontram a língua, os dentes e os lábios, que dificultam a saída da onda e criam os sons dos idiomas (sotaques). A cavidade nasal amplifica o som vindo da laringe.

Observe o esquema a seguir, da geração da voz humana.


quarta-feira, 13 de outubro de 2010

APLICAÇÕES DA RADIATIVIDADE

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APLICAÇÕES DA RADIATIVIDADE
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Autor: Prof. Edson Osni Ramos (Cebola)

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A energia nuclear pode ser usada em nosso dia-a-dia de diversas formas, como para alimentar uma usina de geração de energia elétrica (Usina Nuclear), na engenharia, na indústria bélica, na medicina (terapêutica e preventiva), na química (técnicas analíticas e modificações estruturais nos materiais, por exemplo, dureza de plásticos), física (difração de nêutrons, medida de espessura de materiais, coloração de cristais por irradiação), na agricultura (modificação genética de sementes), na conservação de alimentos, nos estudos sobre poluição atmosférica, na datação por meio de radiações (fósseis), etc.
Na Medicina o uso de radiatividade pode ser dividido em duas partes: os traçadores radiativos, utilizados para exames e diagnósticos e na terapia de tumores.
O processo radiativo da terapia de tumores tem por objetivo destruir as células do tumor pela absorção de energia radiante incidente. Essa energia é irradiada de diversos pontos ao redor do tumor para que possa maximizar a destruição das células do tumor, minimizando a destruição dos tecidos ao seu redor, que são um dos grandes problemas na utilização dessa terapia.
Essa terapia de tumores, por sua vez, pode ser subdividida em teleterapia e braquiterapia.

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TELETERAPIA
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A teleterapia pode ser aplicada com a técnica da quilovoltagem, que são tubos convencionais de raios-X aplicados entre eletrodos de até 250 000 volts. Essa técnica é usada principalmente para cânceres de pele, já que é pouco penetrante.
Outra técnica usada na teleterapia é a megavoltagem, onde as fontes emissoras são aceleradores de partículas (aceleradores lineares e bétatrons). Nesse caso a energia aplicada pode chegar até 22MeV 22 mega elétron-volt). Isso faz com que a dosagem máxima de radiação ocorra uns 4 a 5 centímetros abaixo da pele, não causando dano a mesma e podendo atuar em tumores em órgãos mais profundos, como bexiga, pulmão próstata, laringe, útero, esôfago, etc.
No caso, as células cancerosas são destruídas pelos próprios elétrons emitidos ou pelos fótons emitidos pelos elétrons ao atingirem um núcleo de elemento radiativo.
Finalmente, a teleterapia pode usar a técnica da teleisotopoterapia. Nesse caso são empregados isótopos radiativos, como o cobalto-60, o césio-137 ou o rádio-226. Na terapia com bomba de cobalto, a dose máxima ocorre a uns 5 mm de profundidade (em relação à pele), caindo lentamente a potência, até atingir 52% a 10 cm de profundidade e a 25% a 25 cm de profundidade.
A teleisotopoterapia, por ser uma terapia mais "agressiva", só é utilizada em casos mais agudos.

Na figura ao lado, um paciente sendo submetido a uma radioterapia para tratamento de câncer do sistema linfático. Observe que os círculos iluminados sobre o tórax são as áreas que estão sendo submetidas a essa terapia.







BRAQUITERAPIA

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Na braquiterapia, a fonte emissora está em contato direto com o tecido do paciente a ser tratado. São utilizados alguns elementos como o rádio-226, o césio-137, o irídio-192 ou o cobalto-60, que são implantados dentro de recipientes (tubos, agulhas ou mesmo invólucros no formato de "sementes") lacrados, nos tecidos cancerosos. Lá eles podem absorver radiação beta e sua maior utilidade é a capacidade de irradiar altas dosagens para o tumor (devido à proximidade) com poucos danos aos tecidos periféricos.

A seguir observe uma situação da utilização da braquiterapia com a aplicação de "sementes" de Iodo-125 em terapia de próstata.
O termo "sementes" é aplicado devido ao tamanho e formato dessas fontes radioativas, medindo 5 mm de comprimento e 0,5 mm de espessura, assemelhando-se a grãos de arroz. Esse método, recentemente desenvolvido nos Estados Unidos, vem apresentando aceitação internacional crescente, graças ao elevado índice de controle local da doença, com preservação da continência urinária e da potência sexual na grande maioria dos casos.
O procedimento consiste na colocação de várias sementes de I-125 dentro da próstata do paciente, utilizando-se agulhas especiais introduzidas através do períneo, sob anestesia peri-dural, orientadas pela "visão" direta de um emissor de ultra-som introduzido através do reto.
A braquiterapia da próstata pode ser executada de forma isolada ou associada à radioterapia externa convencional.
A braquiterapia da próstata com Iodo-125 está se difundindo rapidamente, não só pelo alto índice de controle local da doença como, também, por apresentar efeitos colaterais de baixa intensidade, quando comparados aos da prostectomia radical e da radioterapia externa. Uma das principais vantagens deste método é a brusca queda nos níveis de dose em órgãos e tecidos peri-prostáticos, evitando a irradiação desnecessária da bexiga e do reto adjacentes, obtendo-se assim efeitos colaterais temporários de baixa intensidade, facilmente controlados com medicação paliativa específica.
A morbidade é, portanto, muito inferior a dos métodos tradicionais de tratamento cirúrgico e radioterápico.

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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

PONTO CEGO DO OLHO HUMANO

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Claro que você já ouviu falar no "ponto cego do olho"!
Para entender melhor, acesse: http://www.pascal.com.br/ponto-cego/
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