sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

SAUDADES

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SAUDADES DE AMIGOS
QUE JÁ SE FORAM
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A maioria das pessoas, com o passar dos anos, torna-se mais calma, mais cordata no trato com os demais. Isso é uma regra geral.
Além disso, dos cabelos ralos e prateados, da silhueta que se antes parecia com a de um “toureiro espanhol”, agora está mais para “dançarino de música típica alemã”, a idade e a tão propalada experiência de vida trazem junto um componente absolutamente não esperado: a perda de parentes e amigos, que se vão para o andar de cima.
A maioria de nós, “meninos que já completaram quarenta anos” (faz tempo!), tem em sua contabilidade afetiva um ativo chamado “saudade”.
De amigos que já se foram.
Um dia li que “a coisa mais maravilhosa que alguém pode deixar para os amigos é saudade”.
Frase cruel, mas verdadeira!
Nas minhas orações sempre reverencio a memória daqueles da “nossa turma” de infância, de adolescência, de juventude e da idade adulta, que já partiram.
Que saudade do João (João Batista Derner Neves), meu querido amigo que mergulhou atrás de uma garoupa e não mais voltou! Com 23 anos, em 1980.
Como estaria ele hoje?
E o Sergio (Sergio Alexandre de Pinho – 23 anos), que em 1981 foi assistir uma corrida de MotoCross em Canelinha e, na volta, quase chegando a sua casa, em Palhoça (no Aririú), encontrou um caminhão parado na frente de sua moto. Depois o Marquinho (Marcos Wildner – Sardinha, meu primo – 19 anos), em um poste da Beiramar, em 1983. E o Sid (Sidnei Jorge Sandin – 35 anos), médico dos bons, que saiu em um domingo de janeiro de 1993, às 5 h da manhã, para operar um paciente e encontrou um maluco tentando se suicidar. Para não bater no tal, tirou seu carro da rodovia e acertou uma árvore. E o Elias (José Elias dos Santos, 43 anos), Major da PM, que vivia dizendo para que cuidássemos de nosso preparo físico, de nossa saúde, e morreu de infarto, em dezembro de 1998.
Depois o Siqueira (Paulo Roberto Siqueira), querido amigo, meu ex-aluno e companheiro de atividades em Pinheiral, que se foi em dezembro de 2004. Por causa de uma úlcera!
E o Gilson (Gilson Angelício da Silveira), professor de física - na disciplina “Física Moderna”, o melhor que conheci - que em setembro de 2006 foi dar uma carona para um quase vizinho de sua praia da Armação e foi seqüestrado e assassinado pelo tal.
Depois o Fedelho (Joel Gomes Filho), irmão de tantos anos, ex-aluno, afilhado e companheiro de Pinheiral. Que se foi por falta de potássio no organismo (nunca imaginei que perderia alguém assim), na noite de Natal de 2008.
Isso para não falar de outros queridos, como o Eduardo Reitz, o Maurício (Cego) Floriani, o Bita Angeloni, o Nego Cascaes, o Ricardo Monuma, o Sérgio Bico e muitos outros.
Quanta saudade!
É por isso que acredito que nossa vida não acaba por aqui. Creio na continuidade, em uma outra esfera. Se não, isso seria um absurdo e não valeria à pena tudo o que se passa.
Creio em Deus, em um D’US ÚNICO e verdadeiro.
E creio que um dia todos nos veremos novamente.

Por que tudo isso?
Porque hoje foi mais um, o Jonas Shultz. Médico pediatra dos melhores que conheci, amigo conquistado já na maturidade. De muitos papos e grandes risadas.
Que estejas na presença do Criador, querido amigo.
Que olhes por nós, sempre!!

E que Deus nos abençoe!
Abraço a todos e feliz ano novo.
Edson Osni Ramos (Cebola)

REVISÃO DE FÍSICA PARA O VESTIBULAR DA UFRGS


REVISÃO DE FÍSICA

PARA O VESTIBULAR DA UFRGS


Com o Prof. Edson Cebola


Público alvo: alunos do Curso Pascal
Data: 3 de janeiro de 2011, das 10 h às 12 h
Local - Curso Pascal
Inscrições via e-mail (pascal@pascal.com.br), até 2/01/2011

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

VESTIBULAR UFSC'2011 - PROBLEMAS NA PROVA DE FÍSICA

VESTIBULAR UFSC'2011
PROBLEMAS NA PROVA DE FÍSICA


Finalmente conseguimos ver as provas do Vestibular UFSC’2011.
A prova de Física, diferente das edições anteriores, estáva bem mais difícil. E, infelizmente, novamente apareceram as “pegadinhas”, situações que tendem a induzir o aluno ao erro. Nos últimos anos percebeu-se um cuidado da banca em relação a essas situações, porém nesse vestibular elas apareceram novamente.

Em relação às questões de Física, observamos três erros que comprometem a prova.

Na prova amarela, na questão 24, item 04, para o cálculo do número de mols o usou dados com unidades conflitantes.
Não é possível utilizar R = 0,080 atm.litro/mol.K (sistema usual), que foi fornecido no enunciado e, simultaneamente, a pressão em pascal e o volume em metros cúbicos (sistema Internacional de Unidades - MKS).
Pois o autor da questão caiu na própria pegadinha. Ele assinalou como correta a alternativa em que usou os valores nessas unidades.
Para chegar à resposta dada como correta, o autor fez:
O correto é usar a constante como R= 8 J/mol.K (que não foi dado no enunciado), de onde se obtém:
Solicitamos a alteração do gabarito de 38 para 34.

A questão 26 também apresenta problema no gabarito. O item 02 está correto, de tal forma que a resposta correta é 23, e não 21, conforme divulgado pela Coperve.

A questão 29 apresenta, no item 16, um dado que, ao nosso ver, não configura uma cobrança de conhecimento ou raciocínio, e sim o que comumente classificamos como "pegadinha", o que é condenado por pedagogos e autoridades educacionais. O item solicita a ddp (diferença de potencial) entre os pontos A e B.
A ddp entre A e B, comumente representada por VAB, é dada pela expressão VAB = VA – VB.
O item coloca "a diferença de potencial entre A e B (VB – VA) é 6 V".
Isso pode ser classificado como falha ou incoerência.
O item foi dado como correto. Se a questão solicitar a ddp entre A e B, a resposta deveria ser (–) 6 V. Se solicitasse (VB – VA), a resposta seria (+) 6 V.
Cremos que, embora a questão não esteja bem elaborada, não é necessário que seja anulada. Porém, o item 16 deve ser considerado uma alternativa errada, mudando o gabarito de 20 para 04.

De forma geral a prova, comparada a de anos anteriores, foi difícil. Com boa distribuição dos assuntos e questões bastante criativas.

Agora é aguardar os resultados, sempre atentos ao que está ocorrendo.
Abraço a todos.

Prof. Edson Osni Ramos (Cebola) - com a participação, na análise das questões, dos professores Cesar Mauro Cardoso (Pesão), André Coelho e Willian Volpato, do Sistema de Ensino Energia - Florianópolis.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

VESTIBULAR UFSC'2011 - GABARITOS DE PROVAS

VESTIBULAR UFSC'2011
GABARITOS DE PROVAS

As provas do primeiro dia (Biologia, Matemática, Português e Língua Estrangeira) e do segundo dia (Física, Química, História e Geografia), com os respectivos gabaritos, serão divulgadas hoje, 21/12, à partir das 19 h, no site da Comissão Permanente do Vestibular da Universidade Federal de Santa Catarina (Coperve) - http://coperve.ufsc.br/ .
Amanhã, 22/12, no mesmo horário e local serão divulgadas as provas do terceiro dia (Redação e Questões Subjetivas).

Felicidades a todos.

Prof. Edson Cebola

domingo, 19 de dezembro de 2010

VESTIBULAR UFSC'2011 - 1º dia

VESTIBULAR UFSC'2011

1º DIA: BIOLOGIA, MATEMÁTICA, PORTUGUÊS E LÍNGUA ESTRANGEIRA

Pois já se foi o primeiro dia de vestibular. Acompanhei as provas no campus da Ufsc e a percepção geral foi de um vestibular tranquilo, onde as atividades transcorreram de forma satisfatória.

Poucos atrasos e, segundo dados divulgados pela UFSC, com 14,4% de abstenções.

Mais uma vez pode ser constatado que os pais dos vestibulandos (no campus da UFSC a maioria dos vestibulandos é constituída por alunos que não residem em nossa região) ficam "abandonados" enquanto seus filhos fazem a prova. Não existe um lugar apropriado, onde possam ficar.

Por que a UFSC não disponibiliza uma sala ou algum outro ambiente onde os pais possam aguardar seus filhos realizarem as provas?

Com espaços maravilhosos no Centro de Convivência, ou mesmo no salão de eventos da reitoria, é lamentável que nossas autoridades acadêmicas ainda não tenham se apercebido disso.

Os comentários dos alunos foi de que a prova de matemática era muito extensa. Como de hábito.

No mais, tudo tranquilo.

Outro dado a ser registrado é que ao chegarem as salas os alunos foram avisados - mensagem no quadro, conforme foto abaixo, de uma das salas do Centro de Ciências da Saúde (CCS) - de que havia um erro no formulário de Matemática.


Tomara que isso tenha realmente sido avisado em todas as salas.

Agora é torcer para que as provas de amanhã, Física, Química, História e Geografia, também estejam bem elaboradas. E que isso se repita no terceiro dia, na Redação e questões subjetivas. E que nossos alunos consigam apresentar um bom rendimento!

Um momento de emoção foi encontrar ex-alunos, lá do início dos anos oitenta, acompanhando seus filhos (nossos atuais alunos) no vestibular. Que alegria ser abraçado por pessoas que conhecemos lá atrás, e que ainda lembram-se de nós com carinho!

Abraço a todos e, aos vestibulandos, boa prova.

(E aos pais: calma!).


Prof. Edson Cebola

sábado, 30 de outubro de 2010

Judaísmo x Cristianismo x Islamismo

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JUDAÍSMO x CRISTIANISMO x ISLAMISMO


Autor: Edson Osni Ramos
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As brigas dos islâmicos com os ocidentais cristãos e, mais tarde, com os judeus, arrasta-se desde o século VIII, quando a Península Ibérica foi conquistada pelos sarracenos. Depois, as Cruzadas entre os séculos XI e XIII e a conquista do Império Bizantino pelos turcos otomanos, nos séculos XIV e XV, só agravaram as desconfianças e desavenças.
Hoje, assim como o cristianismo abrange regiões muito além daquelas onde viveram Jesus Cristo e os apóstolos, o islamismo expandiu-se muito além da Península Arábica, onde surgiu como uma nova religião. A Indonésia, por exemplo, o país com a maior população islâmica do planeta, não é constituída por árabes.
As três religiões originadas no Oriente Médio, o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo, possuem semelhanças e diferenças. Aliás, mais semelhanças do que diferenças. Todas são monoteístas (um só Deus); possuem livros sagrados (Torá, Bíblia Sagrada e Alcorão, respectivamente) e pregam justiça social e respeito e amor ao próximo.
Todas apregoam uma vida além da morte. Existem profetas e lugares que são comuns a todas elas: Jerusalém é uma cidade sagrada tanto para judeus como para cristãos e mulçumanos (seguidores do islã).
Abraão é um dos profetas das três religiões (os muçulmanos traduzem Abraão para Ibhrain).
Todas condenam o suicídio como um pecado mortal.
A palavra judeu deriva de Judéia, nome de uma parte do antigo reino de Israel. Judaísmo reflete essa ligação. A religião é ainda chamada de "mosaica", pois Moisés (séc. XII a.C.) é considerado um de seus fundadores.
O Estado de Israel define judeu como "alguém cuja mãe é judia e que não pratica nenhuma outra fé". Aos poucos essa definição foi ampliada para incluir o cônjuge.
O judaísmo não é apenas uma comunidade religiosa, o termo judeu tem conotações étnicas, porém estas são inexatas. Existem judeus de todas as cores de pele, desde os loiros da Europa Oriental até os negros do Marrocos e da Etiópia .
A lei está contida no livro sagrado "Torá"; a tradição no "Talmude" e o dia sagrado é o sábado (Shabat). O judaísmo é a religião revelada. Deus a revelou através dos profetas.
Segundo o judaísmo, Deus se revela pela sabedoria e harmonia que encontramos no mundo.

O islamismo, fundado por Maomé (622 d.C.) também apregoa a existência de um só Deus, poderoso e absoluto. Segundo o "islã", tudo está previamente previsto e marcado. Deus é bom e juiz, manda os bons para o céu (jardim de delícias, onde há leitos artisticamente trabalhados, bebidas que embriagam, carnes de pássaros e virgens apaixonadas), e o maus, para o inferno (onde existe vento que queima, escuridão e fumaça).
O dia sagrado é a sexta-feira.

O cristianismo é a filosofia de vida que mais fortemente caracteriza a sociedade ocidental. Aquilo que, inicialmente, era apenas uma seita dentro do judaísmo, tornou-se uma religião e uma crença universal. Há dois mil anos permeia a história, a literatura, a filosofia, a arte e arquitetura da Europa. Conhecer o cristianismo é pré-requisito para compreender a sociedade e a cultura em que vivemos.
A Bíblia é o livro mais lido do mundo, hoje e em toda história.
Deus é o criador, criou o céu e a Terra, e Jesus Cristo é seu filho.
Para o cristianismo o dia sagrado é o domingo.


CRENÇAS DIFERENTES COM FORMAS DE RELIGIOSIDADE SEMELHANTES







domingo, 17 de outubro de 2010

TIMBRE SONORO

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TIMBRE SONORO
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Autor: Edson Osni Ramos (Cebola)
Fontes: Ramos, E. , Crônicas de Física, volume 2, editora Pascal, Florianópolis, 2000.
Revista Veja na Sala de Aula, editora Abril, edição de 6 de outubro de 2004.
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O timbre é a qualidade fisiológica do som que identifica a fonte emissora da onda sonora. Está relacionado ao formato da onda (número de harmônicos) e é o que nos permite distinguir sons de mesma altura e mesma intensidade, emitidos por fontes diferentes.
Quando você atende ao telefone e reconhece a voz de seu interlocutor, você reconheceu o timbre da voz dele. Cada um de nós possui um timbre de voz característico, mesmo que, para algumas pessoas (mães e filhas ou pais e filhos, por exemplo) as vozes sejam aparentemente muito semelhantes.
Para se ter noção de como o formato da onda (timbre) emitida por uma fonte difere da emitida por outra fonte, observe a figura a seguir, onde um diapasão, uma clarineta e um trompete emitem, cada qual, sons de mesma intensidade e mesma freqüência (no caso, a nota lá, com freqüência de 440 Hz). Na análise harmônica da figura, perceba a diferença entre os harmônicos de cada som emitido.


Claro que você já ouviu falar em sintetizador sonoro!
A chamada síntese harmônica é o inverso da análise harmônica. O sintetizador eletrônico constrói uma onda sonora a partir das componentes harmônicas disponíveis, produzidas por geradores eletrônicos. Quanto maior o número de harmônicos usados em uma síntese, mais o som produzido se aproximará do som real.
Um sintetizador eletrônico pode produzir o som de qualquer instrumento musical e até da voz humana. Ele produz uma série de harmônicos cujas amplitudes relativas podem ser ajustadas de modo que a combinação produza a forma da onda sonora desejada.

Mas, e a voz humana, como se forma?
O mecanismo para gerar a voz humana necessita da participação harmoniosa de diversos órgãos, que combinam seus efeitos para o fim desejado.
Após o preenchimento dos pulmões, o ar deve ser forçado a subir pela traquéia até atingir a laringe. Nesse órgão, que nos homens abriga a cartilagem cricóide, o fluxo de ar que vem dos pulmões encontra as cordas (pregas) vocais. Após passar pelas cordas vocais, a onda sonora percorre a região onde se encontram a língua, os dentes e os lábios, que dificultam a saída da onda e criam os sons dos idiomas (sotaques). A cavidade nasal amplifica o som vindo da laringe.

Observe o esquema a seguir, da geração da voz humana.


quarta-feira, 13 de outubro de 2010

APLICAÇÕES DA RADIATIVIDADE

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APLICAÇÕES DA RADIATIVIDADE
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Autor: Prof. Edson Osni Ramos (Cebola)

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A energia nuclear pode ser usada em nosso dia-a-dia de diversas formas, como para alimentar uma usina de geração de energia elétrica (Usina Nuclear), na engenharia, na indústria bélica, na medicina (terapêutica e preventiva), na química (técnicas analíticas e modificações estruturais nos materiais, por exemplo, dureza de plásticos), física (difração de nêutrons, medida de espessura de materiais, coloração de cristais por irradiação), na agricultura (modificação genética de sementes), na conservação de alimentos, nos estudos sobre poluição atmosférica, na datação por meio de radiações (fósseis), etc.
Na Medicina o uso de radiatividade pode ser dividido em duas partes: os traçadores radiativos, utilizados para exames e diagnósticos e na terapia de tumores.
O processo radiativo da terapia de tumores tem por objetivo destruir as células do tumor pela absorção de energia radiante incidente. Essa energia é irradiada de diversos pontos ao redor do tumor para que possa maximizar a destruição das células do tumor, minimizando a destruição dos tecidos ao seu redor, que são um dos grandes problemas na utilização dessa terapia.
Essa terapia de tumores, por sua vez, pode ser subdividida em teleterapia e braquiterapia.

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TELETERAPIA
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A teleterapia pode ser aplicada com a técnica da quilovoltagem, que são tubos convencionais de raios-X aplicados entre eletrodos de até 250 000 volts. Essa técnica é usada principalmente para cânceres de pele, já que é pouco penetrante.
Outra técnica usada na teleterapia é a megavoltagem, onde as fontes emissoras são aceleradores de partículas (aceleradores lineares e bétatrons). Nesse caso a energia aplicada pode chegar até 22MeV 22 mega elétron-volt). Isso faz com que a dosagem máxima de radiação ocorra uns 4 a 5 centímetros abaixo da pele, não causando dano a mesma e podendo atuar em tumores em órgãos mais profundos, como bexiga, pulmão próstata, laringe, útero, esôfago, etc.
No caso, as células cancerosas são destruídas pelos próprios elétrons emitidos ou pelos fótons emitidos pelos elétrons ao atingirem um núcleo de elemento radiativo.
Finalmente, a teleterapia pode usar a técnica da teleisotopoterapia. Nesse caso são empregados isótopos radiativos, como o cobalto-60, o césio-137 ou o rádio-226. Na terapia com bomba de cobalto, a dose máxima ocorre a uns 5 mm de profundidade (em relação à pele), caindo lentamente a potência, até atingir 52% a 10 cm de profundidade e a 25% a 25 cm de profundidade.
A teleisotopoterapia, por ser uma terapia mais "agressiva", só é utilizada em casos mais agudos.

Na figura ao lado, um paciente sendo submetido a uma radioterapia para tratamento de câncer do sistema linfático. Observe que os círculos iluminados sobre o tórax são as áreas que estão sendo submetidas a essa terapia.







BRAQUITERAPIA

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Na braquiterapia, a fonte emissora está em contato direto com o tecido do paciente a ser tratado. São utilizados alguns elementos como o rádio-226, o césio-137, o irídio-192 ou o cobalto-60, que são implantados dentro de recipientes (tubos, agulhas ou mesmo invólucros no formato de "sementes") lacrados, nos tecidos cancerosos. Lá eles podem absorver radiação beta e sua maior utilidade é a capacidade de irradiar altas dosagens para o tumor (devido à proximidade) com poucos danos aos tecidos periféricos.

A seguir observe uma situação da utilização da braquiterapia com a aplicação de "sementes" de Iodo-125 em terapia de próstata.
O termo "sementes" é aplicado devido ao tamanho e formato dessas fontes radioativas, medindo 5 mm de comprimento e 0,5 mm de espessura, assemelhando-se a grãos de arroz. Esse método, recentemente desenvolvido nos Estados Unidos, vem apresentando aceitação internacional crescente, graças ao elevado índice de controle local da doença, com preservação da continência urinária e da potência sexual na grande maioria dos casos.
O procedimento consiste na colocação de várias sementes de I-125 dentro da próstata do paciente, utilizando-se agulhas especiais introduzidas através do períneo, sob anestesia peri-dural, orientadas pela "visão" direta de um emissor de ultra-som introduzido através do reto.
A braquiterapia da próstata pode ser executada de forma isolada ou associada à radioterapia externa convencional.
A braquiterapia da próstata com Iodo-125 está se difundindo rapidamente, não só pelo alto índice de controle local da doença como, também, por apresentar efeitos colaterais de baixa intensidade, quando comparados aos da prostectomia radical e da radioterapia externa. Uma das principais vantagens deste método é a brusca queda nos níveis de dose em órgãos e tecidos peri-prostáticos, evitando a irradiação desnecessária da bexiga e do reto adjacentes, obtendo-se assim efeitos colaterais temporários de baixa intensidade, facilmente controlados com medicação paliativa específica.
A morbidade é, portanto, muito inferior a dos métodos tradicionais de tratamento cirúrgico e radioterápico.

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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

PONTO CEGO DO OLHO HUMANO

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Claro que você já ouviu falar no "ponto cego do olho"!
Para entender melhor, acesse: http://www.pascal.com.br/ponto-cego/
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sábado, 25 de setembro de 2010

GINCANA

Sistema de Ensino Energia promove gincana virtual
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Vencedores receberão bolsas de estudo integrais para 201O Sistema de Ensino Energia – maior rede de ensino de Santa Catarina – está promovendo a gincana virtual Encontre sua Energia.
É um jogo online desenvolvido para estimular a interatividade dos estudantes com o mundo virtual. Os três participantes que acumularem mais pontos ganharão:
1º Lugar – Bolsa de Estudo Integral do Sistema de Ensino Energia* + Ipod Touch 8 GB
2º Lugar – Bolsa de Estudo Integral do Sistema de Ensino Energia* + Nintendo wii
3º Lugar – Bolsa de Estudo Integral do Sistema de Ensino Energia* + Ipod Nano 8 GB.
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O prazo para inscrição vai de 29 de setembro até 15 de outubro de 2010. Para entrar na gincana, é preciso ser aluno regularmente matriculado em instituições de ensino de Santa Catarina, pública ou privada, e estar cursando da 8ª série (ou 9º ano) do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio. Não há restrição de idade. Basta preencher corretamente o formulário de cadastro e decifrar enigmas lançados no portal da gincana, com a ajuda de dicas que serão espalhadas pelas redes sociais. Aí, é só responder corretamente e acumular pontos.
Ao todo serão quatro enigmas, um a cada semana, lançados sempre às segundas-feiras, às 19 h, de acordo com o seguinte cronograma:
Enigma 1: 18 a 22 de outubro
Enigma 2: 25 a 29 de outubro
Enigma 3: 01 a 05 de novembro
Enigma 4: 08 a 12 de novembro
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As dicas também serão lançadas apenas uma vez ao dia, sempre às 19 h. Porém surgirão “Dicas Bônus” a qualquer momento. Então, fique ligado! O resultado final será divulgado até o dia 19 de novembro de 2010.Veja o regulamento completo e tire todas as suas dúvidas na página principal do Portal: http://www.encontresuaenergia.com.br/
*A Bolsa de Estudo Integral do Sistema de Ensino Energia é válida para o ano de 2011, com duração de 1 ano, no Energia Florianópolis ou nos licenciados participantes da gincana virtual Encontre sua Energia. Caso o participante vencedor esteja cursando a 3a série do Ensino Médio em 2010, a bolsa ofertada como premiação para o ano de 2011 será referente ao curso pré-vestibular semiextensivo, com duração de 6 meses.

domingo, 12 de setembro de 2010

ASTRONOMIA & ASTROLOGIA

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ASTRONOMIA & ASTROLOGIA
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.Autor: Edson Osni Ramos (Cebola)

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.Desde a Antiguidade, as idéias de Aristóteles e Ptolomeu a respeito do Universo não ficaram restritas ao mundo das Ciências Naturais. Foram incorporadas a todo o conhecimento da época. Um enorme conjunto de crenças foi fundamentado em torno desse conhecimento científico, gerando distorções, algumas das quais chegaram aos nossos dias.
O pensamento aristotélico era tão forte que ainda hoje estudamos esse filósofo.
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A "Astrologia" é fruto dessa época, quando alguns indivíduos passaram a considerar a "influência" que os astros conhecidos poderiam exercer sobre as pessoas, animais e as "coisas em geral".


Até o desenvolvimento das lunetas, no século XVII da era cristã, os planetas conhecidos no Sistema Solar, além da Terra, eram Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. Além deles, o Universo conhecido continha ainda a Lua, o Sol e as demais estrelas visíveis, tendo a Terra como o centro de tudo. Segundo se acreditava, aqui na Terra a matéria se deteriorava e morria. Porém fora da Terra tudo era imutável, "imortal". Era essa "imortalidade" que exercia influência sobre nós. Dessa maneira, olhando para o firmamento os indivíduos começaram a associar os astros com a buena suerte ou a mala suerte do nosso dia-a-dia.
Quando na época do Império Romano os estudiosos definiram o calendário Juliano, colocaram os dias em grupamentos de sete (semana), de tal maneira que cada dia era uma homenagem à influência que os astros exerciam sobre nós. Esta "homenagem" está no nome dos dias, que se relacionam com os astros conhecidos, segundo a influência que cada um deles exercia e não tinha correlação com a distância que estavam de nós.
Então surgiram os nomes dos dias da semana (observe a "coincidência" nos nomes em inglês e espanhol):

Mesmo com o Renascimento e toda mudança na ordem do pensamento, a Astrologia ainda perdurou.

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Desde sempre, a maioria absoluta dos indivíduos que se destacavam na Ciência era oriunda de famílias ricas ou então eram adotados por algum mecenas e podia viver tranqüilamente sem a necessidade de se preocupar com o "final do mês". O alemão Joahnnes Kepler (1571-1630) foi uma exceção.
Sua condição familiar e financeira não lhe permitia o "sossego" que outros tiveram. Precisava dar aulas para ganhar a vida e, não obstante todo seu belo trabalho dentro da Astronomia (lembre-se das Leis de Kepler e da sua obra Harmonias do Mundo, que correlaciona a matemática do movimento dos planetas às escalas musicais), começou a fazer mapas astrológicos, que com sucesso foram vendidos à burguesia da época e até mesmo a elementos do clero.
Só que segundo uma "lenda", Kepler, pouco antes de morrer, afirmou que "todos os mapas astrológicos ou dados relacionados a isso tinham sido apenas uma maneira de ganhar a vida".
Pedia desculpas a todos aqueles que "tinha ludibriado com tais crendices", salientando que, "felizmente já está chegando a época em que o mundo não possuirá mais incautos que se deixam enganar por coisas como magia e astrologia".
Parece que não foi em tudo que Kepler acertou ...

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Fonte: RAMOS, Edson Osni. Crônicas de Física: A física do cotidiano. Florianópolis: Pascal, 2000.

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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

CICLO DAS ÁGUAS: orvalho - geada - neblina - nuvem - chuva - neve

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CICLO DAS ÁGUAS:
orvalho x geada x neblina x nuvem x chuva x neve
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Da energia que recebemos na Terra, em torno de 99% é consequência da radiação solar, o restante vem da interação gravitacional com outros astros (inclusive o Sol) e de reações nucleares.
Durante o dia, a radiação solar aquece a Terra, fazendo com que os mares e oceanos, os rios e lagos e até mesmo a cobertura vegetal, evaporem, liberando vapor d'água. Este vapor d'água, em suspensão na atmosfera, provoca a chamada umidade do ar.
Dependendo da temperatura, a massa de ar pode conter uma quantidade máxima de vapor d'água, denominada vapor saturante ou de saturação.
A umidade relativa do ar é obtida pela relação entre a quantidade de vapor d'água contida no ar e o vapor saturante na temperatura do momento.
Quando a umidade é baixa, nossas mucosas respiratórias secam, provocando irritação; quando essa umidade é muito elevada, ela dificulta nossa transpiração, o que aumenta a sensação de calor.
Normalmente os seres humanos sentem-se confortáveis quando a umidade relativa do ar está em torno de 50% a 60%.

Imagine que, durante o dia, a temperatura ambiente seja 20ºC com umidade em torno de 10 g/m3. Como nessa temperatura a massa do vapor de saturação do ar é 17,4 gramas por metro cúbico, então podemos dizer que a umidade relativa do ar é de 57,5%, ou seja, estamos em um dia "agradável".
Quando chega a noite, a temperatura atinge 10ºC. Nessa temperatura a massa de vapor de saturação é 9,4 gramas por metro cúbico. Note que a umidade do ar está em 17,4 gramas por metro cúbico, ou seja, existe 8,0 gramas por metro cúbico de vapor acima do vapor de saturação. Essa quantidade tende a deixar de ser vapor d'água, condensando-se e tornando-se água líquida. A essa massa de água, que tem origem no vapor d’água saturado e forma-se no solo e nas plantas, chamamos orvalho.
Quem de nós nunca se encantou em tocar as gotas de orvalho formadas em uma flor?
Em algumas regiões mais secas o orvalho é de fundamental importância ao ser absorvido pelas plantas, como fator de irrigação.
É o mesmo fenômeno que ocorre quando, em um dia quente, coloca-se um líquido estupidamente gelado num copo de vidro. Instantes depois é possível observar que o copo está "suando", ou seja, surgem gotículas de água na superfície externa do mesmo. É que a temperatura do copo torna a massa de ar ao redor mais fria, de tal forma que surge vapor saturado na região, que se condensa ao contato com o copo.
Quando a temperatura do ar desce bruscamente, o vapor saturado produz um manto de nevoeiro próximo ao solo, principalmente se não existir vento para dissipá-lo. É a neblina que tanto nos atrapalha quando estamos dirigindo.
A neblina também pode ser formada pela condensação de partículas de vapor d'água em suspensão no ar.
É semelhante ao que ocorre quando falamos em dias bastante frios e expelimos uma "camada de fumaça" pela boca. Aquela “fumacinha” é constituída por gotículas de água em suspensão.
Quando a temperatura do solo está abaixo da temperatura de fusão da água, as gotículas de água provenientes do vapor saturado (orvalho) podem congelar imediatamente ao contato com o solo, formando a geada, danosa aos vegetais, principalmente quando em floração.

Quando o ar aquecido pelas radiações solares sobe, leva uma enormidade de partículas que estão em suspensão, inclusive as partículas de vapor'dágua.
Sabemos que quanto maior a altitude, menor a pressão atmosférica.
Quando a massa de ar com vapor d'água atinge determinada altitude, a temperatura diminui (quanto mais distante do solo, menor a temperatura). Nesse caso, a massa de vapor d'água condensa-se, formando as nuvens, que também são, de maneira simplista, gotículas de água em suspensão na atmosfera.
Essas gotículas não caem imediatamente porque existem correntes de ar quente subindo, que as mantêm em equilíbrio.

Em determinados momentos essas gotículas podem ser congeladas, quando a temperatura do ar, na altitude onde está a nuvem, torna-se entre -4ºC e -5ºC. Nesse caso, os pequenos cristais de gelo conseguem vencer as correntes de ar quente e caem, formando a chuva. Ao caírem, os pequenos cristais ganham calor da massa de ar (ganham calor do ambiente), passando para o estado líquido.
Observe a neve acumulada em uma cerca.Quando o vapor d'água saturado, mesmo sem contato com superfície alguma, está em alguma camada de ar muito fria, sua temperatura diminui até aproximar-se da temperatura do ar. Nesse caso, a massa de vapor saturado chega ao ponto de congelamento, de tal forma que as gotículas cristalizam-se de formas diversas, caindo ao solo em flocos aos quais chamamos de neve.

Fonte: RAMOS, Edson Osni. Crônicas de Física: A física do cotidiano. Florianópolis: Pascal, 2000.

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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

MEU COLÉGIO




Ingressei no colégio Catarinense ainda menino, com dez anos de idade, na primeira série do então curso ginasial, que corresponde hoje ao 6ª ano (5ª série) do ensino fundamental. Saí do colégio aos trinta anos, como profissional, professor do ensino médio.
Certamente minha vida pessoal e profissional estará para sempre ligada a essa instituição, que marcou e marca muitas gerações de catarinenses.
Aos vinte anos, já como professor de Física do ensino médio, coordenava turmas de alunos que iam a Pinheiral, a colônia de férias que o colégio mantém no município de Major Gercino.
Tempos inesquecíveis!
Conheci muita gente vivendo o dia-a-dia do Colégio Catarinense.
Como aluno, não posso esquecer da época do “galpão” e dos dois “campos de areia”, que existiam antes dos ginásios de esportes e dos campos de futebol de hoje! Época em que o responsável pelo dia-a-dia dos alunos e professores era o padre “Prefeito Geral de Disciplina”, função do inesquecível Pe. José Montenegro, com o qual tantas vezes fui a Pinheiral.
Época em que na hora dos intervalos (e antes e depois das aulas), íamos para a sala do Pe. Guido (depois sala da Cruzada), jogar ping-pong ou dedão. Será que os alunos de hoje têm idéia do que é “jogar dedão”?
Ao sair do ensino médio (a terceira série cursei no Instituto Estadual de Educação), continuei frequentando o colégio. E logo fui admitido como professor.
Durante esses anos todos convivi com muitos indivíduos que se tornaram referências para gerações de alunos e colegas professores.
Como não lembrar do trabalho do Pe. Guido Sthäl? Eis um indivíduo que soube dignificar sua vocação e missão: educar! e que hoje está novamente em Florianópolis, aos oitenta e um anos, trabalhando na casa de retiros que o colégio mantém no Morro das Pedras.
O Pe. Guido completa, este ano, seu cinquentenário sacerdotal!
E falar no colégio Catarinense é também lembrar do Pedro, que sempre solícito e atencioso ainda continua na instituição, exercendo sua atividade no portão de entrada do mesmo. Proporcionando segurança e confiança a todos aqueles que convivem diariamente na instituição.
Parabéns pelo teu trabalho, meu amigo!
Dos professores que já se foram, como esquecer os padres Aluísio Kolberg (Mestre Alu), professor de Português e Literatura, e Eulógio Kolberg (Mestre Boca – que ele não saiba que estou chamando-o assim!), professor de Química. Irmãos de sangue e de vocação.
Suponho que todos da minha geração de aluno ainda recordam do Mestre Alu, de pé em cima de uma cadeira e com braços abertos declamando seu poema favorito: Lagoa dos Patos, finalizava gritando a plenos pulmões: “E os patos faziam quac, quac, quac!”.
E invariavelmente perguntava qual figura de linguagem estava utilizando, ao que respondíamos em uníssono: O-NO-MA-TO-PE-IA.
Difícil era parar de rir!
E o Mestre Boca, em suas impagáveis aulas em que provocava a liberação de hidrogênio, que em seguida proporcionava uma pequena explosão e um sorriso em seu rosto. De onde saia um som mais ou mesmo assim: “rur rurr rurrrssss”!
Ah, queridos mestres, que saudade!
Uma vez quase o matei de susto. Tinha deixado uma caixa de giz “preparada como caixa de choque”, usando capacitor e material do laboratório. Desgraçadamente para mim, foi o Mestre Boca que resolveu usá-la, levando um choque elétrico provocado pela descarga da carga armazenada no capacitor. Em um indivíduo jovem e saudável – a “brincadeira” tinha sido preparada para outra pessoa, o querido Prof. Niberto, de Matemática, lembram-se? – provocaria apenas um pequeno susto e muitas risadas. Mas o Pe. Eulógio já era um indivíduo com idade avançada e com vários problemas de saúde. Desmaiou!
Pensei que naquele dia ia ser demitido do colégio!
E tinha sido dele a idéia de fazer um furo na parede do laboratório de física, tarefa executada pelo também inesquecível Ir. Valmor, para que fosse possível a entrada de luz natural para as experiências de óptica. Como foi difícil convencer o Ir. Valmor de que ninguém saberia quem fez o furo! Pois se a direção soubesse, teríamos muitos problemas, ahahah!
Outra pessoa inesquecível para a minha e outras gerações, como aluno e professor, é a querida Profª Maria Luiza Périco. Foi minha professora quando estava na segunda série do ginásio (atual 6ª série – 7º ano do ensino fundamental). E depois fui seu colega professor durante todos os dez anos em que exerci atividade na instituição.
Além de aulas inesquecíveis e lições de vida exemplares, a Profª Maria Luiza estava sempre “por ali”, para qualquer problema que a gente tivesse. Seu sorriso e o encantamento que ela proporcionava ao seu redor – ainda proporciona, pois continua lecionando no Catarinense – eram bálsamo para quando surgia algum problema ou desconforto de relacionamento entre os colegas. Nunca a vi triste ou de baixo astral. É daquelas pessoas que passam a vida fazendo de sua profissão uma missão, dignificando a palavra ma-gis-té-rio.

Claro que poderia citar muitos outros com os quais convivi, naqueles anos de Catarinense. Colegas de classe, meus professores, colegas professores, alunos, etc. Convivi com muitas pessoas que ainda hoje estão em minha memória afetiva.
Mas, como não existe professor sem aluno, para encerrar estas reminiscências quero homenagear mais um indivíduo: meu ex-aluno e inesquecível amigo Joel Gomes Filho, o Fedelho.
Criatura espetacular, foi aluno em 1979, quando estava na primeira série do ensino médio. Depois nos tornamos amigos de uma vida toda, infelizmente abreviada na noite de natal de 2008, quando ele foi alegrar outras esferas com sua presença sempre alegre e leal.
Amigo, você será sempre lembrado, porque são inesquecíveis todas as coisas boas com as quais nos deparamos no dia-a-dia.
Assim, é minha relação com o Colégio Catarinense!
Inesquecível!


Edson Osni Ramos (Cebola), professor de física,
foi aluno do Colégio Catarinense de 1968 a 1973
e professor de 1978 a 1987.
Hoje é professor de pré-vestibular,
lecionando nos cursos Pascal e Energia,
em Florianópolis.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

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UTOPIA
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Autor: Edson Osni Ramos (Cebola)
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Como caracterizar o perfil docente com base na realidade da educação e sociedade brasileira para docência de formação básica, ensino médio e superior e atuação em projetos de instituições não-formais?
Dia desses, realizando atividade acadêmica, deparei-me com essa argüição.
Se compararmos a realidade educacional de algumas nações, como a dos componentes da comunidade européia, com a realidade brasileira e, mais especificamente, com o que ocorre em nossa região, percebemos diferenças significativas.
Uma delas, é que se perguntarmos aos alunos do último ano do ensino médio e a respeito de sua futura opção profissional, verificaremos que a maioria absoluta vai optar por atividades que não estão ligados à atividades de magistério. Principalmente se a pergunta for dirigida aos melhores alunos das classes, aos que possuem maior facilidade de assimilação, raciocínio e senso crítico.
Infelizmente essa é a regra geral.
Contudo, percebe-se que a situação já foi pior. Em décadas passadas, a maior parte dos alunos que seguiam cursos superiores na área educacional (magistério) era oriunda da demanda reprimida que não conseguia atingir performance para ingressar em outros cursos. O indivíduo tentava várias vezes Medicina, Direito ou Engenharia e, após alguns anos de insucesso, se contentava em ingressar em curso de licenciatura.
Isso veio a gerar uma gama de professores que ali estava não por opção, mas por circunstância. E não adianta ser corporativista e tentar “tapar o sol com uma peneira”. É a realidade, que transforma em uma nociva bola de neve: professores ruins, despreparados e desmotivados implicam em alunos ruins, despreparados e desmotivados.
Alguém pode dizer que isso é a conseqüência da política estatal para com a educação, com professores desvalorizados pelas autoridades e sociedade, salários indignos e precárias condições para se efetivar um trabalho de educação.
Hoje, porém, percebemos que existe luz no final do túnel.
Algumas possibilidades foram criadas para motivar o educador, com o surgimentos de cursos de aperfeiçoamento e de especialização – presenciais e virtuais, acessíveis à maioria dos interessados. Assim, muitas das “boas cabeças” que concluem o ensino médio estão optando pelas atividades de magistério. É só observar os melhores classificados nos vestibulares que voltamos a encontrar alunos dos cursos de licenciatura.
Se analisarmos a situação atual, temos juntamente com uma massa alienada e incompetente, uma considerável quantidade de professores que tentam desempenhar seu papel de educador, transmitindo informações e formando
indivíduos-cidadãos, mesmo em situações não satisfatórias, com salários e condições de trabalhos ruins.
Sabemos que o professor formador deve ter, como princípio de sua atividade, o comprometimento com a causa educacional. Para isso, deve ter a possibilidade de sistematicamente ter acesso a novas informações e tecnologias, para poder desenvolver sua atividade em “cumplicidade” com seus alunos e demais membros de sua comunidade educativa.
Deve ter o comprometimento em formar um homem-novo, capaz, crítico e compromissado em não reproduzir a realidade injusta em que vivemos.
Deve ter possibilidade de mobilidade e cooperação e trabalhar com responsabilidade e dedicação.
Alguém poderá argumentar que isto tudo é utópico, mas o que seria de nós, humanos, sem nossas utopias?

terça-feira, 20 de julho de 2010

Tem momentos que a gente não consegue ficar quieto - 5

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ESCOLA PÚBLICA
X
ESCOLA PRIVADA
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Autor: Edson Osni Ramos (Cebola)
Publicado no jornal NOTÍCIAS DO DIA,
edição de 22 de julho de 2010
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É, tem momentos que a gente não consegue ficar quieto!
É, tem momentos que a gente não consegue ficar quieto!Ontem, 19 de julho de 2010, os jornais publicaram a “classificação” das escolas em relação aos resultados obtidos por seus alunos na última edição do Exame Nacional do Ensino Médio, Enem, realizado em dezembro passado (aquele mesmo que seria realizado em outubro, mas que foi fraudado, etc.).
Pois é, o Enem, criado em 1998 durante o governo Fernando Henrique, tinha como finalidade analisar a situação do ensino médio em nosso país, avaliando as escolas em si. Era de caráter voluntário e aplicado apenas a estudantes que estavam na terceira série do ensino médio.Em 2009, o Ministério da Educação apresentou uma proposta de reformulação do Enem e sua utilização como forma de seleção unificada nos processos seletivos das universidades públicas federais. Aliás, já de alguns anos várias instituições públicas de ensino superior usavam o Enem como mecanismo de seleção, substituindo total ou parcialmente o vestibular. Com isso o Ministério da Educação passou a incentivar, inclusive com benesses financeiras, as instituições para usarem o Enem em substituição ao vestibular.
Assim, de prova avaliatória o Enem passou a ser prova classificatória.Claro que isso muda substancialmente o panorama. Aqui em Santa Catarina a importância da prova do Enem para os alunos era mínima, pois a UFSC não o usava como prova classificatória para o ingresso de seus calouros. A partir de 2009, passou a usar (valendo 20% da prova, no caso de ser vantajoso ao vestibulando que optar pelo seu uso – se a nota do Enem for inferior à obtida pelo aluno na prova do vestibular, é desconsiderado). Já a UFFS (Universidade Federal da Fronteira Sul, com sede em Chapecó) passou a usar como único mecanismo de ingresso.Isso implicou em uma mudança de postura dos alunos em relação a essa prova. Passaram a se preparar mais, a freqüentar cursos pré-vestibulares (convencionais e por disciplina isolada) visando o Enem. E agora a prova não é apenas dirigida a alunos que estão na terceira série do ensino médio, mas também a todos que já concluíram esse ciclo.E, de repente, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, Inep, volta a usar o Enem como prova avaliatória das escolas.Não tem mais sentido, muitos dos alunos que concluíram o ensino médio na escola X, preparam-se por um ou vários anos em outras instituições e são ainda catalogados como oriundos da mesma escola X.Nos jornais de hoje, 20 de julho, aparece matéria com um brilhante aluno que cursa Direito na UFSC e obteve a quarta melhor nota do Enem em Santa Catarina. Ele diz que se preparou cursando o ensino médio no Colégio Catarinense, fez um curso semi-extensivo no Curso Energia e ainda um curso particular de Redação.
Como comparar a preparação desse indivíduo com a de alunos da escola pública, que trabalham durante o dia e estudam a noite?E aparecem autoridades educacionais, pedagogos, cientistas sociais e outros letrados, expondo teorias para explicar os motivos que levam a escola pública a obter melhores resultados no processo.Falam da falta de participação da família, de disciplina no processo de ensino aprendizagem e de motivação dos professores. Claro que isso tudo é muito importante.
Mas o problema está na raiz. Como a família que tem como maior mote de existência sua sobrevivência vai participar das atividades acadêmicas. Como motivar professores mal preparados e desestimulados por salários ridículos?
Parabéns ao Colégio Militar de Florianópolis, que de acordo com a classificação divulgada foi a melhor escola pública de Santa Catarina (e 19ª na classificação geral – de públicas e privadas). Em entrevista aos meios de comunicação, seu diretor falou em disciplina rígida, em bons métodos educacionais, etc., explicando o sucesso. Certamente o trabalho que eles desenvolvem é bastante bom, porém, mais do que certamente, existe respaldo financeiro para sua realização.
E parabéns a Associação Luterana Bom Jesus, de Joinville, primeira colocada geral entre as escolas de Santa Catarina.
Mas, por que as escolas privadas sempre apresentam resultados superiores ao das escolas públicas?
Ora, enquanto os governos não investirem maciçamente em educação de base, estaremos sempre rastejando atrás de paleativos, como cotas e similares. Criando factóides para explicar ao povo a incompetência de nossos governantes.
Enquanto a escola privada em nosso país for uma necessidade e não uma opção, vai ser isso sempre!
Claro que existem escolas públicas boas, porém são exceções.Para finalizar: de quando em quando encontramos autoridades tecendo loas à escola pública e criticando a escola privada. Dizendo barbaridades de seus diretores e/ou proprietários. A eles sempre faço uma pergunta: onde estudam seus filhos?
Ah ah ah!
Advinhe!!!!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Vestibular UFSC'2011 - de 19 a 21 de dezembro

.Maiores informações sobre o vestibular UFSC'2011, entre, neste mesmo blog, em:
VESTIBULAR UFSC'2011
- de 19 a 21 de dezembro -
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Ainda não foi divulgado oficialmente pela Coperve (Comissão Permanente do Vestibular da Universidade Federal de Santa Catarina), porém já se sabe que o próximo vestibular não mais será de 18 a 20 de dezembro, conforme havia sido anunciado.
É que em 18 de dezembro a UFSC completa cinqüenta anos de existência e, merecidamente, teremos solenidades e comemorações em função da data.
Afinal, nossa universidade federal ocupa um espaço bastante bom dentro do universo da excelência acadêmica em nosso país!
Sabe-se extra-oficialmente da tentativa da Coperve em antecipar o vestibular em uma semana, porém por problemas logísticos (alguns colégios onde serão realizadas as provas não estarão disponíveis para a data), isso não foi possível. Assim, o próximo vestibular da UFSC será realizado de 19 a 21 de dezembro (domingo, segunda-feira e terça-feira), nos mesmos moldes do anterior.
Isso não altera em nada nossos projetos de estudo.
Então, rapaziada, estudem!!!!!!!!!!!!
(Agora, durante o recesso de julho, podem dar uma descansadinha, claro! rsrsrs)

Prof. Edson Osni Ramos (Cebola)

terça-feira, 13 de julho de 2010

EFEITOS FISIOLÓGICOS DA PRESSÃO

VOCÊ SABE O QUE É UM
ESFIGMO-MANÔMETRO?


Por que quando estamos subindo por uma rodovia, como a da Serra do Rio do Rastro, sentimos um "estalido" e uma "coceirinha" no ouvido?

Quais os problemas que podem existir se alguém, habituado a viver ao nível do mar, se deslocar a um lugar de grande altitude?

Para saber mais, entre em:
http://www.pascal.com.br/efeitos-fisiologicos-da-pressao/?preview=true&preview_id=398&preview_nonce=b18029be50

quinta-feira, 1 de julho de 2010

BRASIL E HOLANDA

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BRASIL E HOLANDA
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Pois é, amanhã o Brasil joga com a Holanda. Minutos atrás eu tentava achar texto que escrevi em 1994, antes do jogo Brasil e Holanda. Pena não ter conseguido abrir o arquivo. Com a evolução dos editores de texto, vamos perdendo coisas pelo caminho, bem sei!
O jogo está bastante nítido em minha: tínhamos uma seleção como a de agora, que jogava um futebol feio dizendo-se competitiva. Mas tínhamos Romário, Bebeto e Dunga. Pois é, o mesmo Dunga de hoje!
Time competitivo é aquele que ganha, claro, mas vencer jogando bonito é melhor ainda!
No final do primeiro tempo estava zero a zero. Então Bebeto fez aquele gol, quando saiu comemorando como se estivesse embalando um bebê, homenagem a seu filho que tinha nascido há dois dias. E Romário e Mauro Silva dançaram com ele, criando uma nova maneira de comemorar gol que é muito usada hoje em dia. Depois Romário Fez dois a zero e, em seguida, ele conseguiram dois gols e empataram o jogo.
Quando parecia que a vaca iria para o brejo, com eles jogando melhor que nós, uma falta “cavada” e um “pataço” do Branco (que fazia seu primeiro jogo na Copa, no lugar do suspenso Leonardo), e três a dois prá nós.
Sacramento!!
Como aquele jogo custou para acabar!

Lembro-me, também do jogo de 1974, na Alemanha. Tínhamos um bom time, com Leão, Zé Maria, Luiz Pereira, Marinho Peres e Marinho Chagas; Carpeggiani, Rivellino, Paulo Cesar Caju e Dirceu; Leivinha e Jairzinho.
Acho que excetuando-se Leão, Zé Maria e Dirceu, todos seriam titulares no time de hoje. Mas a Holanda tinha Cruyjff, Neeskens, Van Hanegem e Rudd Krol e o goleiro Jongbloed, que jogava com a camisa 8.
Era um time muitíssimo melhor que o de hoje.
Dois a zero para eles, com um chocolate no Brasil!
E antes do jogo o Zagallo , nosso técnico, tinha dito que o fabuloso carrossel holandez não passava de um time de peladeiros.

Teve ainda a semi-final de 1998. Com Zagallo, que era o auxiliar de Parreira em 1994, novamente como técnico.
Ronaldo marcou no começo do jogo e eles empataram no final, Na prorrogação, zero a zero. Fomos para os penaltes. Entalo apareceu o Zagallo, que é indiscutivelmente um grande motivador (já como técnico, nunca gostei).
Foi emocionante ver o Velho Lobo dizendo frases de otimismo para os atletas.
E ganhamos nos penaltes, para enfrentar a França na final.
Acho até que teria sido mais bonito se tivéssemos perdido, pois sairíamos da Copa de forma mais digna (embora eu não acredite nos boatos de entrega de jogo, etc). Perdemos para nós mesmo, pela empáfia dos atletas e comissão técnica.

E amanhã, o que vai ocorrer?
Acho que vamos ganhar no tempo normal> Três a um, com gols de Lúcio, Kaká e Luiz Fabiano.
Com Felipe Mello e tudo!

É que uma coisa aprendi a acreditar nesse tempo de vida; DEUS É BRASILEIRO!!!!!

Como diz o manezinho “vamo mô povo!
Brasilllllllllllllllllllllllllllllllllllll!!!!!!!
Abraço a todos
Edson Cebola

quarta-feira, 30 de junho de 2010

ESTUPRO EM FLORIANÓPOLIS

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ESTUPRO EM FLORIANÓPOLIS
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Ontem, segunda feira, 29 de junho de 2010, nossas caixas de e-mails foram inundadas por muitas mensagens a respeito de fato terrível que aconteceu em nossa cidade: um estupro protagonizado por dois (ou três) meninos de 14 anos, cuja vítima foi uma menina de 13 anos.
E, segundo as mensagens, com requintes de crueldade, como se o estupro em si só já não fosse algo por demais cruel (segundo as mensagens, houve, inclusive, a utilização de um controle remoto de TV).
Ainda segundo essas mensagens, que estão divulgadas em vários blogs da região, o “líder” da história é filho de um dos dirigentes proprietários do maior conglomerado de mídia do sul do país, o que por si só explica o fato da mídia não estar divulgando.

Inicialmente pensei tratar-se de mais uma das “lendas urbanas” da internet, criadas por desocupados e criminosos com o único objetivo de causar transtornos e polêmicas.
Infelizmente parece que realmente ocorreu: em um shopping da cidade, próximo da principal avenida de Florianópolis.
Ao que parece, os meninos e a menina, ex-namorada do “líder”, se encontraram no shopping. Depois se dirigiram à casa da mãe do tal, nas imediações, onde o fato ocorreu.
A história em si está em: http://www.tijoladadomosquito.com.br/, o “Blog do Mosquito”, bastante conhecido em nossa região.

Amigos, o fato em si é lamentável.
Principalmente porque sabemos de outros casos graves que ocorreram em nossa região envolvendo indivíduos de famílias importantes em nossa sociedade e que não foram devidamente apurados e punidos.
A justiça muitas vezes é relativa, embora muitos nobres e honestos indivíduos do judiciário não concordem. É que nós, mortais comuns, sempre esperamos que a justiça faça justiça. E como em qualquer segmento da sociedade, também no judiciário, existem indivíduos sem escrúpulos, ficamos decepcionados com o que vemos e ouvimos.
Será que algum parlamentar vez alguma declaração sobre o fato, muitos deles que vivem atrás de factóides para se promoverem na mídia?Porém, que não se cometa injustiças. Talvez os mais velhos ainda se lembrem da Escola de Base, em São Paulo, nos anos oitenta!

E outra coisa: as mensagens falam que os envolvidos são alunos do Colégio Catarinense, tendo, inclusive, sido postada uma carta apócrifa de “mães de alunos do Catarinense”, tecendo críticas e acusações ao colégio em função do acontecido.
Não sei da intenção dessas “mães”, porém os envolvidos não são alunos do colégio.
Não tenho nenhum vínculo com o Catarinense, além do afetivo. Como ex-aluno e ex-professor desta instituição, lamento que se tente aproveitar de fato tão lamentável para denegrir a imagem do mesmo.
Claro que desde sempre estudaram no Catarinense alguns “malas” da sociedade. Mas as lembranças que trago de lá são maravilhosas. E eu era aluno-bolsista, pertencente à uma classe econômica muito baixa. E nunca me senti discriminado pela direção, professores, funcionários e maioria absoluta dos colegas.
Além do que, um fato terrível como esse é de responsabilidade das FAMÍLIAS, não da ESCOLA.
Infelizmente a instituição família está em desuso e espera-se que a escola EDUQUE o indivíduo. Não é por aí!
Como educador percebo cada vez mais que as coisas estão ficando complicadas, em função da extinção da instituição família. E não estou falando de famílias de pais separados, pois existem pais separados (não é o meu caso) que convivem muito mais e melhor com os filhos do que pais que vivem juntos. É a extinção dos valores familiares, das noções de certo e errado.
Uma parte significativa de pais e mães são totalmente omissos em relação à educação dos filhos, achando que os valores materiais que proporcionam podem suprimir a falta de amor, de presença em suas vidas, de impor limites e obrigações. E então procuram achar "inimigos comuns" com os filhos, que pode ser a escola, o professor, o amigo ou até mesmo a ex-namorada.
Não posso afirmar que o citado estupro tenha realmente ocorrido, talvez, como já disse, isso seja mais umas das "lendas urbanas" da internet. Porém, se é verdade, tem de ser cobrado. Judicialmente e, também, pela sociedade civil organizada.
Que se proteste pelo fato de que os meios de comunicação não estão divulgando o acontecimento. Embora uma empresa detenha quase um monopólio, existem alternativas de comunicação.
E boas!
O que não se pode fazer é ficar omisso em relação à esse tipo de acontecimento.
Não se pode ficar esperando que a "água bata em nós" para achar que é hora de tentar fazer o barco não afundar.
A sociedade civil organizada tem de reagir.
E as autoridades, como se posicionam? Ficam esperando o que? Por que não divulgam suas ações em relação à situações desse tipo?
Temos de reagir, de uma forma ou de outra, punindo se isso não passar de uma descarada mentira e, evidentemente, punindo se for verdade.
Abraço a todos.

Edson Osni Ramos (Cebola – professor de física e educador)
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domingo, 27 de junho de 2010

ALMOÇO COM AMIGOS DO GERAÇÃO

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ALMOÇO COM AMIGOS

DO GERAÇÃO

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Provavelmente a maioria dos amigos e conhecidos com mais de 30 anos ainda lembram de minha ligação profissional com o Centro Educacional Geração, o “Curso e Colégio Geração”. Na segunda metade dos anos oitenta e início dos anos noventa, o Geração foi a maior instituição particular de ensino médio de Santa Catarina (em número de alunos).
Fui um dos sócios fundadores do Geração, em outubro de 1985, e participei ativamente da instituição fazendo parte da direção e dando aulas de física até 31 de dezembro de 1996, quando sai da sociedade e me desliguei da instituição.
A idéia do Geração era ótima: um grupo de professores, de reconhecida competência na comunidade, se reuniu e criou uma escola própria, onde eles mesmos seriam os patrões. O começo, com muitas dificuldades, foi promissor. E, logo, estávamos “por cima”.
Com o passar dos anos os interesses dos participantes do grupo foram se alterando, não mais havendo aquele denominador comum de idéias. Então apareceu o outro lado da moeda, com problemas e percalços.
Mas isto é assunto para outra ocasião.
Nesse último final de semana, em minha propriedade em Rancho Queimado, tive o privilégio de receber a visita de queridos amigos ex-funcionários do Geração “daqueles tempos”.
Foi realmente uma alegria voltar a conviver, mesmo que por apenas um dia, com o Paulo Coelho (que não é o escritor, como ele sempre dizia e continua dizendo), o Vlademir, o Ori e o Ivam. Alguns acompanhados de familiares.
Passamos um sábado memorável, lembrando de momentos e histórias admiráveis. E engraçadas, pois rimos a mais não poder!!
É muito interessante ver como esses indivíduos “vestiram a camisa” daquela instituição (e ainda vestem, pois o Paulo passou o dia todo com uma camiseta do Geração). Mesmo que muitas vezes isso não tenha sido reconhecido pelos gestores da empresa! Porém, todos eles foram funcionários eficientes e dedicados.
Lembramos de muitas coisas boas que nos aconteceram naqueles tempos.
Claro que fiquei apavorado com as idades deles: entre 42 e 46 anos, pois naqueles tempos eu os achava “muito jovens” (meu Deus, será que estou ficando velho!! Rsrsrs).
Foi inevitável que também lembrássemos de coisas ruins, porém o tempo, esse ente abstrato mas que mesmo assim pertence ao conjunto dos números reais, vai depurando nossas recordações. E as boas ficam muito mais avivadas do que aquelas que nos remetem a situações de desconforto.
Ainda tenho guardados, não só na memória, muita coisa do Geração: fotos, panfletos e cópias de matérias em jornais e premiações. Além de outros documentos relativos à minha participação na instituição, claro! E fiquei contente em saber que eles também guardaram muitas boas recordações.
Também fiquei feliz (e admirado) em saber que esses queridos amigos se reúnem todo ano, no final de dezembro, para tomar uma cerveja (tinha de ser!) e celebrar suas passagens pelo Geração. E repetem o ritual há mais de vinte anos, ininterruptamente.
Todos concordam que foi uma época muito boa em suas vidas, onde puderam crescer como indivíduos, estudando, adquirindo bens materiais, enfim, passando da escala de jovens para a de adultos.
Lembramos com carinho de vários outros que conosco conviveram, como o Brasil (que também iria estar no almoço, mas que teve compromissos profissionais que o impediram), o André, o Marquinhos, a dona Prim, o Martins, a Lena e o falecido Ivonei. E de professores queridos, como a Regina, o Luciano, o Miron e o falecido Gilson.
Além de muitas belas histórias envolvendo o Marshal, o Cúneo e o Dedé!
Obrigado, amigos Paulo, Vlademir, Ivan e Ori, pelo que vocês representaram em momento tão bom de minha vida.
E já estão convidados para outro final de semana assim!
Que Deus nos abençoe, como diria o Ori!!!
Abraços.
Edson Cebola


Foto 1 (foto Paulo Coelho) - Da esquerda para a direita: atrás, Vlademir e Ivan. Na frente: Edson Cebola (muito "féchion", combinando a sandália com a camiseta, ahahah), Ori (com o filho Mateus, um simpático e comunicativo menino, que adorou andar de cavalo), Estela (esposa do Ivan), "seu" Antônio Coelho (pai do Paulo) e "seu" Ivan (pai do Ivan).




Foto 2 (foto Paulo Coelho): os "meninos" Edson Cebola, Vlademir, Ori, Ivan e Paulo (devidamente paramentado com a camiseta e o boné do Geração).

Foto 3 (Ivan Souza): Minha filha Gi, hoje com 27 anos, e Estela, esposa do Ivan.
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sábado, 19 de junho de 2010

COPA DO MUNDO 2010 - 1

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COPA DO MUNDO 2010 - 1
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Autor: Edson Osni Ramos (Cebola)
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Época de Copa do Mundo!
Como sempre, todos nós brasileiros mostramos que entendemos mais de futebol do o técnico de nossa seleção. Mesmo até quem nunca acompanha futebol, não deixa de dar uns “pitacos”, querendo ajudar, “é óbvio”.
Quantas vezes, com o passar dos anos, ouvi alguém dizer que o Zagalo não entende nada de futebol! Desde a época em que Zagalo se escrevia apenas com um “ele”. Na Copa de 98 ele passou a grafar seu nome com dois “eles” – parece que uma numeróloga ou algo que o valha tinha recomendado, para trazer “energia positiva”
Claro que esse senhor nunca estudou física, se não saberia que energia é uma grandeza escalar, logo é expressa em módulo (número sem o sinal), ou seja, não existe energia positiva ou negativa.
Mas, como diria meu irmão, “não exége”!).
E o falecido Coutinho, de 78? E Parreira, Telê, Felipão e, agora o Dunga!

A lembrança mais antiga (e bota antiga nisso!) que tenho de Copa do Mundo é a do meu tio Ibrain (o querido Ibra!) escutando, pelo nosso rádio de mesa, marca pionner (daqueles grandões, bem antigos, que eu nunca soube que fim levou), alguma partida da Copa de 1962, no Chile.
Depois, lembro bem de escutar, com meu pai em sua olaria de “louças de barro”, os jogos da Copa de 1966, na Inglaterra.
Ó decepção! O Brasil foi eliminado logo na primeira fase, após perder de 3 a 1 para Portugal. Em um jogo onde quebraram o Pelé – na época não eram permitidas as substituições.
Bem que a gente poderia eliminar Portugal dessa Copa, no último jogo da primeira fase (como naquela ocasião). E, se possível, com um 3 a 1 e quebrando o Cristiano Ronaldo!
Meu Deus, que espírito vingativo, diriam algumas donzelas, inebriadas pelo sorriso do gajo!
Então veio a redenção, com a Copa de 1970, no México. A primeira mostrada ao vivo pela televisão. Para nós, ainda não era em cores – apenas em 1971 começou a geração em cores em nosso país. Mas, mesmo que fosse, em nossa casa não tínhamos nem TV em preto e branco, quanto mais colorida. Vi todos os jogos na casa de uma tia, que tinha uma brava telefunkem. Que entre chiados e chuviscos mostrava a perícia de Gerson, a inteligência de Tostão e a genialidade de Pelé.
Lembro de todos os jogos, de todos os gols – e dos “quase gols” de Pelé contra a Thecosalováquia, em um chute do meio campo que quase entrou na gaveta do goleiro Victor, e contra o Uruguai, em uma meia-lua que desnorteou o goleiro Mazurkiewkys.
“Campeões do Mundo”! “Trás outro caneco que esse já é nosso!”
As chamadas ufanísticas na mídia procuravam dissipar a situação de repressão em que o país vivia.
Depois, 1974. O Brasil de salto alto! De Zagalo e Paulo Cesar Caju. De Jairzinho, já vendido para o futebol francês – assim como o Caju. De Leão, um magnífico goleiro, cujas atuações eram, porém, inferiores ao seu ego.
Zagalo dizia que a Holanda era constituída por um grupo de peladeiros e que lembrava o time do Ameriquinha carioca. Deu no que deu.
Na seqüência: copa de 1978, na Argentina. Muitos dos grandes atletas do futebol mundial não compareceram, contrários ao regime ditatorial lá existente. O futebol não contou com o que seria a última copa de monstros sagrados, que ainda jogavam brilhantemente, como Franz Beckembauer, Cruiff e Van Hanegam.
Pelé estava lá, já com trinta e sete anos, mas como comentarista da Rede Globo. Nosso técnico (Cláudio Coutinho), não levou Falcão – possivelmente o melhor jogador brasileiro da época – o Falcão que hoje é comentarista de TV e que, depois, disputou as copas de 82 e 86. Não levou Marinho Chagas, nem Paulo Cesar Caju. Coincidentemente eram três grandes jogadores que tinham algo que incomodava demais às autoridades da época: falavam muito. E não somente sobre futebol. Falavam de coisas como política, direitos humanos, liberdade de expressão, etc.
Fomos “campeões morais”, chegando invictos ao terceiro lugar! Ahahaha!
O Peru “abriu as pernas” para a Argentina, lembram-se!?
De boa lembrança, o gol de Nelinho contra a Itália, onde a bola fez uma curva que contrariou todas as leis da física e que o goleiro Zoff (que depois foi campeão do mundo, em 82) até hoje não sabe por onde a bola passou.
Na época eu já era professor de Física do colégio Catarinense.
E eis que chega a melhor seleção brasileira que já vi jogar: 1982, na Espanha.
Um time que deliciou os torcedores do mundo inteiro. Entre um jogo e outro, os brasileiros assistiam a touradas, onde invariavelmente torciam para o touro, o que causou certa comoção entre os anfitriões espanhóis.
Cada vez que o toureiro aparecia, era saudado com o coro indefectível: biiiiiiicha! Biiiiiiiiicha! Biiiiiicha!
Mas, o grande time de Zico, Falcão, Júnior e Sócrates tinha um problema grave: não tinha técnico. Ora dirão alguns, não era o Telê? Sim, um Telê que muito mais que um time competitivo, queria mostrar suas idéias para o mundo. O que importava era provar que ele estava certo: um grande time não precisa de marcadores. Somente com craques geniais se vence! E por causa dessa empáfia, e da bobagem que fez o Toninho Cerezo no jogo contra a Itália, nossa seleção não tinha volantes e mesmo podendo jogar pelo empate, jogou o tempo todo no ataque e perdeu de 3 a 2.
Como chorei nesse dia!
E, em 1986, novamente no México, Telê tentou se redimir. Colocou em campo um monte de volantes: Elzo, Alemão et caterva.
Perdemos de novo, com um penalty do Zico durante o jogo, que o goleiro francês pegou.
Mas essa partida foi para a disputa de pênaltis, e muita gente se esqueceu disso. Nessa ocasião, Zico marcou. Mas Sócrates e o zagueiro Júlio Cesar erraram. E, pela França, o grande Michel Platini, hoje presidente da Federação Européia de Futebol, também errou.
E chegamos a 1990, na Itália. Nosso técnico era o Lazzaroni, que tinha como padrinho o Eurico Miranda, dirigente do Vasco. Somente isso já é motivo para se prever o fiasco.
Nosso camisa 10, aquela mesmo que já tinha sido de Pelé 58-62-66-70), de Rivellino (74-78) e de Zico (82-86), era vestida pelo Silas (o que foi técnico do Avaí).
Como diz o manezinho, “assimnãodá, néôcoisinha!”
Fomos desclassificados pela Argentina: gol do Caniggia.
No famoso jogo onde o Maradona, tempos depois, disse, rindo, que o massagista argentino tinha fornecido, durante a partida, “água batizada” para jogadores brasileiros. E citou que o Branco tomou e depois passou o restante do jogo feito um zumbi.
Em 1994, nos Estados Unidos, fomos campeões do mundo. Enfim o tetra. Com Parreira de técnico e Dunga de capitão, o que por si só mostra o baixo nível técnico da Copa. Que teve jogos em campo de grama artificial e muitos disputados sob o sol do meio dia, para agradar aos telespectadores europeus, que poderiam assisti-los ao vivo em um horário não ruim.
Fomos campeões em uma disputa de penaltys contra a Itália.
Nem vibrei muito nesse dia. Fiquei pensando: enquanto Zico, Falcão, Sócrates, Júnior, Leandro e outros jamais foram campeões mundiais, Paulo Sérgio, Viola e Ronaldão (o zagueiro) conseguiram esse título.
Tudo bem que em 94 tínhamos Romário, um grande artilheiro na plenitude de sua forma física.
Mas a vida continuou e chegamos a 1998, na França. Desta vez sem Romário, cortado de forma nunca suficientemente explicada. Afinal, se foi por contusão, como explicar que mesmo antes do primeiro jogo da seleção ele já estava jogando no Brasil?
Agora tínhamos Ronaldo, o Fenômeno, com 21 anos de juventude. Novamente com Dunga como capitão, chegamos à final. Dunga seria o primeiro capitão de uma seleção a levantar a taça de campeão em duas ocasiões.
So que os deuses do futebol foram cruéis, ou sábios, não sei.
E encontramos um “tal de Zidane” pela frente.
Três a zero prá França.
Depois falaram muito: das convulsões do Ronaldo, da participação da Nike para que o Brasil entregasse o jogo, etc.
Mas também falaram que o time foi mal montado, que havia apenas três atacantes no grupo: Bebeto, Ronaldo e Edmundo. Que o Zagallo (agora com dois eles) só convocou amiguinhos, etc.
Finda a copa, a vida continuou. E o próximo técnico da seleção foi o (Vanderlei) Luxemburgo.
A cada jogo da seleção os telespectadores ficavam horrorizados com a quantidade de palavrões que o “professor” soltava a beira do gramado, para “incentivar” seus atletas. E o Luxa se passou. Veio o Leão, que pouco rugiu. Então apareceu o Felipão. Fez um time com a cara dele: de vencedor.
E mesmo deixando de lado o Romário (que não quis participar da Copa América de 2001, quando a seleção foi muito mal e o Felipão quase perdeu o emprego), fomos campeões. Com a recuperação do machucado Ronaldo e atuação de gala de Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho.
Depois, a volta ao passado: 2006, novamente na Alemanha e novamente com Parreira de técnico e Zagallo na comissão.
Foi uma baderna sem limites, com os atletas querendo apenas recordes pessoais e festas descomunais.
Cafu bateu o recorde de jogos em copas do mundo, Ronaldo, o recorde de gols em copas, etc. E Ronaldinho Gaúcho bateu todos os recordes de baladas.
A grande lembrança da copa é o Roberto Carlos amarrando a chuteira, vendo o francês Henri fazer o gol que mandou o Brasil mais cedo da prá casa.
E a Itália foi campeã, novamente com disputa de penaltys, no jogo onde o Zidane foi expulso ao dar uma cabeçada no italiano Matarazzi. Que havia falado algo relacionado com a irmã do craque francês.
E, agora, África do Sul’2010!
Com o Dunga de técnico e a seleção com Júlio Batista, Kleberson Michel Bastos e outros.
Deus do céu, para quem já viu o meio de campo da seleção com Clodoaldo Gerson e Rivellino ou Cerezo Falcão e Zico, ter de aguentar Felipe Melo Gilberto Silva e Elano, não é fácil!
Tendo deixado de fora Ronaldinho Gaúcho, Pato, Hernanes, Neimar e Ganso.
Os jogos estão tão instáveis que tudo pode acontecer. Inclusive, nada!
É esperar e torcer. Amanhã jogamos com a Costa do Marfim. Vamos torcer para que Kaká e Luiz Fabiano desencantem!
E nos encantem!
Vamos lá, Brasil!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

terça-feira, 15 de junho de 2010

VESTIBULAR ACAFE'JUNHO/2010

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VESTIBULAR ACAFE'JUNHO/2010
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PROVA DE FÍSICA - COM A RESOLUÇÃO DAS QUESTÕES

Acesse: http://www.pascal.com.br/espaco-alunos/provas-de-vestibular/

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quarta-feira, 9 de junho de 2010

INFORMAÇÕES SOBRE O ENEM

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Para quem vai prestar o Exame Nacional do ensino Médio (ENEM - 2010), acesse:
http://www.pascal.com.br/in/2-blog/
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ESSES JUDEUS COMPLICADOS ...

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ESSES JUDEUS COMPLICADOS ...
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Sou contra a violência gratuita, contra a repressão de idéias, contra a opressão e a miséria.
Sou a favor da vida, da liberdade de idéias, da liberdade de locomoção.
Mas, sou também a favor da auto-defesa, da auto-preservação.
Sobre o ataque de forças do exército de Israel ao comboio que dizia transportar ajuda humanitária para Gazza, muito se fala, muito se escreve. É bom sempre lembrar que, em guerra, a primeira baixa é a verdade.
Existe muitos porquês não devidamente respondidos.
Os "politicamente corretos brasileiros", imediatamente são contrários a Israel. São aqueles que confundem judeus e judaísmo, que confundem judaísmo e sionismo, que confundem judeus e israelitas que, enfim, não sabem distinguir o pensamento judaico do pensamento do Estado de Israel.
Ou, como prega aquele maluco do Irã, são a favor de "exterminar tudo isso!"
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O artigo a seguir foi extraído do site de
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ESTADO DE SÃO PAULO
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O Estado de S.Paulo> Acesso em 9 - jul - 2010
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THE WASHINGTON POST
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por Charles Krauthammer
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O mundo está escandalizado com o bloqueio israelense à Faixa de Gaza. A Turquia denunciou sua ilegalidade, desumanidade, barbaridade, etc. Os usuais suspeitos das Nações Unidas, o Terceiro Mundo e os europeus juntaram-se ao coro. O governo de Barack Obama titubeia.
Mas como escreveu Leslie Gelb, presidente do Council on Foreign Relations, o bloqueio não é só perfeitamente racional, mas perfeitamente legal. Gaza sob o controle do movimento Hamas é um inimigo autodeclarado de Israel - uma afirmação reforçada por mais de 4 mil foguetes lançados contra território israelense ocupado por civis.
Mas, tendo prometido manter uma beligerância incessante, o Hamas diz ser a vítima quando Israel impõe um bloqueio para impedir o grupo de armar-se.
Na 2.ª Guerra, num ato considerado internacionalmente legal, os Estados Unidos realizaram um bloqueio da Alemanha e do Japão. E durante a crise dos mísseis, em outubro de 1962, os EUA bloquearam (e mantivemos isolada) Cuba. Navios russos carregando armamento que se dirigiam à ilha retornaram porque os soviéticos sabiam que a Marinha americana os abordaria ou os afundaria. Israel, contudo, é acusado de crime internacional por fazer exatamente o que John F. Kennedy fez: impor um bloqueio naval para impedir que um Estado inimigo adquira armas letais.
Mas os navios que seguiam para Gaza não estavam numa missão de ajuda humanitária? Não. Do contrário teriam aceitado a oferta de Israel de levar a carga a um porto israelense, onde seria inspecionada e depois levada de caminhão para Gaza. Então, por que a oferta foi rejeitada? Porque, como admitiu uma das organizadoras da flotilha, não se tratava de ajuda humanitária, mas de derrubar o bloqueio, ou seja, acabar com o regime de inspeção de Israel, o que significaria transportes ilimitados para Gaza, armando o Hamas de modo ilimitado também.
Israel já interceptou por duas vezes navios carregados com armas iranianas destinadas ao Hezbollah e Hamas. Que país permitiria isso? Mas, mais importante ainda, por que Israel precisou recorrer ao bloqueio? Porque é a única opção de Israel, já que o mundo condena como ilegítimas suas defesas ofensiva e ativa.
Defesa ofensiva. Sendo um país pequeno e densamente povoado, cercado por Estados hostis, Israel, nos seus primeiros 25 anos de existência, precisou adotar uma defesa ofensiva, travando guerras em território inimigo (caso do Sinai e das Colinas do Golan).
Nos casos em que foi possível (do Sinai, por exemplo) Israel trocou território por paz. Mas quando a paz foi rejeitada, Israel reteve o território, mantendo-o como zona de proteção. Assim, reteve uma pequena faixa ao sul do Líbano para proteger seus povoados ao norte. E precisou sofrer muitas perdas em Gaza, para não expor as cidades israelenses na fronteira aos ataques terroristas palestinos.
Pela mesma razão os EUA travam uma guerra ofensiva no Afeganistão: você os combate lá, para não ter de combatê-los no território americano.
Mas, diante de uma pressão externa avassaladora, Israel cedeu. Foi dito aos israelenses que as ocupações não eram apenas ilegais, mas estavam na raiz da insurgência contra o país. Portanto, sua retirada e a remoção da causa, traria a paz.
Terra por paz. Lembram? Bem, durante a década passada, Israel cedeu terra - retirando-se do sul do Líbano em 2000 e de Gaza em 2005. E o que recebeu em troca? Uma intensificação da beligerância, o lado inimigo armando-se fortemente, múltiplos sequestros, ataques na fronteira e anos de ataques implacáveis com foguetes lançados de Gaza.
Israel então precisou adotar a defesa ativa - uma ação militar para desbaratar, desmantelar e derrotar os mini-Estados terroristas armados que se estabeleceram no sul do Líbano e Gaza após a retirada israelense. O resultado? A guerra do Líbano, em 2006, e a operação em Gaza, em 2008-2009.
Os israelenses enfrentaram uma nova avalanche de denúncias e calúnias por parte da mesma comunidade internacional que havia exigido a retirada de Israel, trocando primeiro terra pela paz. Pior, o relatório da ONU, que basicamente considerou criminosa a operação em Gaza e ignorou o que motivou a ação no local - a guerra de foguetes lançada pelo Hamas, não provocada por Israel - efetivamente tirou toda a legitimidade de uma defesa ativa israelense contra seus inimigos terroristas autodeclarados.
Sem uma defesa agressiva, nem uma defesa ativa, Israel adotou a mais passiva das defesas, ou seja, o bloqueio para impedir o inimigo de armar-se. Mas ela também não deverá ser considerada legal. Até mesmo os EUA estão agora achando que deve ser abolida. Mas, se nada disso é permitido, o que resta, então? E essa é a questão. Que foi entendida pela flotilha de imbecis úteis e simpatizantes do terror, pela organização turca que financiou a empreitada, pelo coro automático anti-Israel do Terceiro Mundo na ONU, e pelos europeus sem resistência que tiveram problemas mais do que suficientes com os judeus.
O que restou? Nada. O objetivo da campanha internacional implacável é privar Israel de qualquer forma legítima de autodefesa. Por que, apenas na semana passada, o governo Obama uniu-se aos chacais e reverteu quatro décadas de prática americana, assinando um documento de consenso destacando Israel como país possuidor de armas nucleares - tirando o direito legítimo de Israel recorrer à derradeira linha de defesa: a dissuasão.
O mundo está cansado desses judeus perturbadores, 6 milhões - novamente esse número -, recusando todos os convites para um suicídio nacional. E por isso são implacavelmente demonizados e constrangidos a se defender, mesmo quando antissionistas mais comprometidos - os iranianos em particular - preparam abertamente uma nova solução final.

Tradução de Terezinha Martino (colunista de O ESTADO DE SÃO PAULO).