quarta-feira, 18 de junho de 2008

AURORA BOREAL E AURORA AUSTRAL

AURORA BOREAL E AURORA AUSTRAL
Autor: Edson Osni Ramos (Cebola)
Ocasionalmente ocorre no Sol as chamadas erupções solares, quando surgem “protuberâncias” com até vários milhares de quilômetros de altura. Nessas ocasiões são emanadas partículas carregadas eletricamente, o chamado vento solar, que chegam até a Terra pela ação do campo magnético terrestre.
A camada mais externa da atmosfera solar, denominada coroa, é constituída por gás, principalmente hidrogênio, e possui temperatura tão elevada que os átomos neutros se dissociam em íons positivos (principalmente prótons) e elétrons.
O vento solar que flui da coroa é um plasma quente, constituído por essas partículas, que se espalha até os limites do sistema solar com velocidades entre 300 e 1000 km/s, atingindo inclusive a Terra. A intensidade do vento solar não é constante, aumentando nos períodos de maior atividade solar.
As linhas de campo magnético do vento solar interagem com as linhas do campo magnético terrestre, de tal forma que a energia transportada pelo vento solar atinge a Terra. Ao penetrar na ionosfera (altitude entre 100 e 1000 km), as partículas do vento solar interagem com os muitos elétrons e íons livres lá existentes.
A uma altitude em torno de 100 km, o movimento dessas cargas elétricas produz colisões com os átomos e moléculas da atmosfera, excitando-os e provocando a emissão de luz, que pode ser observada em vários padrões de cores. Além disso, esse fenômeno provoca a emissão raios-x e radiações ultravioletas e infravermelhas.
Como o campo magnético terrestre é mais intenso nos pólos, o vento solar que penetra na ionosfera entra principalmente nessas regiões. Por isso, esse fenômeno ocorre principalmente nos pólos e é conhecido como aurora boreal (quando ocorre no Pólo Norte) e aurora austral (quando ocorre no Pólo Sul).
Assim, as auroras boreal e austral são fenômenos corpusculares, que ocorrem com partículas eletrizadas e provocam a emissão de luz e outras radiações eletromagnéticas.
As auroras boreal e austral formam-se na ionosfera, ou acima dela, que é a camada da atmosfera que contém muitos elétrons e íons livres, formados pelos efeitos das emissões solares de radiações ultravioletas e raios-x.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

PARA OS QUE TEM AMOR NO CORAÇÃO

If (Se)
de Rudyard Kipling
tradução de Guilherme de Almeida

Se és capaz de manter a tua calma
quandoTodo o mundo ao teu redor já a perdeu e te culpa;
De crer em ti quando estão todos duvidando,
E para esses no entanto achar uma desculpa;
Se és capaz de esperar sem te desesperares,
Ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
E não parecer bom demais, nem pretensioso;
Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires,
De sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se encontrando a desgraça e o triunfo conseguires
Tratar da mesma forma a esses dois impostores;
Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas
Em armadilhas as verdades que disseste,
E as coisas, por que deste a vida, estraçalhadas,
E refazê-las com o bem pouco que te reste;
Se és capaz de arriscar numa única parada
Tudo quanto ganhaste em toda a tua vida,
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
Resignado, tornar ao ponto de partida;
De forçar coração, nervos, músculos, tudo
A dar seja o que for que neles ainda existe,
E a persistir assim quando, exaustos, contudo
Resta a vontade em ti que ainda ordena:
"Persiste!";
Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes
E, entre reis, não perder a naturalidade,E
de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
Se a todos podes ser de alguma utilidade,
E se és capaz de dar, segundo por segundo,
Ao minuto fatal todo o valor e brilho,
Tua é a terra com tudo o que existe no mundo
E o que mais - tu serás um homem, ó meu filho!

domingo, 1 de junho de 2008

FEDERALIZAR A FURB

ENSINO PÚBLICO DE QUALIDADE
Amigos, nosso Estado de Santa Catarina vem, de há muito, sendo discriminado pelo governo federal em várias áreas. Porém, na educação, isso é alarmante. Temos, em nosso Estado, apenas duas universidades públicas que fazem ao justificam o nome: universidade. A UFSC e a UDESC.
Agora está sendo lançada uma campanha para federalizar a FURB (de Blumenau).
Muito mais barato do que implantar uma nova universidade federal em nosso Estado, é o governo investir e federalizar uma instituição já existente.
Precisamos de ensino público de qualidade!
Não é justo existir no Rio Grande do Sul seis universidades públicas de qualidade, no Paraná, quatro e, aqui em Santa Catarina, apenas duas. Uma das quais, a Udesc, com poucos cursos. Temos, em nosso Estado, apenas um curso público de Medicina (Ufsc, com 100 vagas), enquanto no Paraná existe 385 vagas e, no Rio Grande do Sul, 480 vagas públicas para esse curso. Também nas áreas de Odontologia e Direito, apenas a UFSC oferece cursos.
Claro que são oferecidos outros cursos de medicina, direito e odontologia em Santa Catarina. Só de medicina temos mais oito, em instituições particulares. Porém nem todos tem acesso, devido ao elevadíssimo custo. E, em alguns cursos, sabemoss, a qualidade é discutível.
A culpa: nossa, claro! Que elegemos, historicamente, governantes incapazes de mudar esse estado de coisas!
Agora podemos fazer algo: participar da campanha para federalizar a Furb!
(link para imprimir a folha oficial).
Se for possível, consiga assinaturas e, depois, envie a lista por correio para "Comitê Pró-Federalização da FURB - Fundação Universidade Regional de Blumenau, Rua Antônio da Veiga, 140 - Câmpus I, Sala C-20089012-900 Blumenau SC.
Vamos, amigos!
Temos compromisso com as gerações futuras!
Abraço
Prof. Cebola

REFLEXÃO DE ONDAS SONORAS - SONAR

SONAR (sound navigation rancing)
Autor: Prof. Edson Osni Ramos (Cebola)



Sempre que você ouve alguém falando, significa que ocorreu uma produção de ondas sonoras que sensibilizaram seu aparelho auditivo.
Sendo as ondas sonoras de natureza mecânica, necessitam de meio material para se propagarem, não se transmitindo, portanto, no vácuo. São diferentes das ondas eletromagnéticas (luz, sinal de rádio, raio X, etc.) que podem se propagar também onde não há matéria.
Esse conhecimento nos leva a perceber absurdos que aparecem nos chamados filmes de ficção científica. Provavelmente você já assistiu filmes onde são mostrados “combates” entre naves espaciais que, ao explodirem, possibilitam a amigos e inimigos escutarem o “som” da explosão. Como pode ter som se o meio espacial é vácuo?
Muitas vezes falamos “som” e “onda sonora” como se fossem a mesma coisa. É conveniente lembrarmos que todo som é uma onda sonora, mas nem toda onda sonora é som.
Denominamos som apenas às ondas sonoras com freqüências entre 20 hertz e 20.000 hertz (que são capazes de sensibilizar o ouvido humano). Ondas sonoras com freqüências abaixo de 20 Hz são denominadas “infra-sons” e acima de 20.000 hertz, “ultra-sons”. Embora sejam perceptíveis por alguns animais (cachorros e morcegos percebem ultra-sons), essas ondas não sensibilizam o ouvido humano, portanto não as percebemos.
A utilização de ondas ultra-sônicas vem sendo utilizada pelos homens desde 1900, quando o francês Galton inventou um aparelho que emitia e recebia ultra-sons e que foi usado para fins militares (detecção de barcos e submarinos).
Esse aparelho, ainda hoje um exemplo clássico da aplicação de ultra-sons, é o SONAR (sound navigation rancing = localização de navegação pelo som).
Através desse aparelho, emite-se ondas sonoras (ultra-sons) de um barco para o fundo do mar (ou rio, etc). Essas ondas, após refletirem-se no fundo, voltam e são detectadas pelo aparelho. Como se sabe a velocidade de propagação das ondas sonoras na água e determinando-se o tempo entre a emissão e a recepção da onda refletida, pode-se saber a distância entre a fonte emissora e o local onde ocorreu a reflexão. Através disso, pode-se fazer o mapeamento do fundo do mar.
Se você sabe a profundidade em determinado local (basta observar as cartas náuticas) e ao emitir um sinal de sonar percebe que a reflexão ocorreu em menos tempo do que deveria, ou seja, que o sinal refletiu em um ponto acima do ponto da profundidade local, é porque existe algo acima do leito do mar (um cardume de tainhas, por exemplo). Então solta-se a rede...

A natureza já utilizava os sonares muito antes da tecnologia humana os desenvolver. Os morcegos, animais de hábitos noturnos que a maioria das pessoas associa a coisas ruins, como vampiros e monstros, possuem um aparelho óptico muito rudimentar; seus olhos são do tamanho de uma cabeça de alfinete, o que lhes permite distinguir, no máximo, o claro do escuro.
Então, para suas locomoções noturnas e para localizar suas presas ele se utiliza de um dispositivo natural chamado eco-orientação, que funciona como um SONAR. Ele emite ondas sonoras curtas, na faixa do ultra-som, inaudíveis ao ser humano, e depois intercepta o eco dessas ondas refletidas por algum objeto. Por instinto, consegue saber a que distância a onda refletiu, podendo, então, contornar os obstáculos quando se desloca ou atingir sua presa quando for o caso.
Esse sistema do morcego é tão preciso que ele é capaz de “perceber” um arame esticado a sua frente e contorná-lo, mesmo na mais absoluta escuridão.
Quero ver se os humanos serão capazes de um dia atingir essa precisão!

Ainda é bastante grande a utilização de ultra-sons na indústria, na aplicação de soldas mecânicas e até na limpeza de peças e materiais.
Na Medicina, são utilizados desde no exame clínico para diagnóstico até em terapias, como na fisioterapia a base de ultra-som.
Uma das coisas marcantes a qualquer casal é a realização de exames pré-natal onde, através da utilização de ultra-sons, pode-se "ver" o bebê, observar seus movimentos, etc.
É inesquecível!