Ingressei no colégio Catarinense ainda menino, com dez anos de idade, na primeira série do então curso ginasial, que corresponde hoje ao 6ª ano (5ª série) do ensino fundamental. Saí do colégio aos trinta anos, como profissional, professor do ensino médio.
Certamente minha vida pessoal e profissional estará para sempre ligada a essa instituição, que marcou e marca muitas gerações de catarinenses.
Aos vinte anos, já como professor de Física do ensino médio, coordenava turmas de alunos que iam a Pinheiral, a colônia de férias que o colégio mantém no município de Major Gercino.
Tempos inesquecíveis!
Conheci muita gente vivendo o dia-a-dia do Colégio Catarinense.
Como aluno, não posso esquecer da época do “galpão” e dos dois “campos de areia”, que existiam antes dos ginásios de esportes e dos campos de futebol de hoje! Época em que o responsável pelo dia-a-dia dos alunos e professores era o padre “Prefeito Geral de Disciplina”, função do inesquecível Pe. José Montenegro, com o qual tantas vezes fui a Pinheiral.
Época em que na hora dos intervalos (e antes e depois das aulas), íamos para a sala do Pe. Guido (depois sala da Cruzada), jogar ping-pong ou dedão. Será que os alunos de hoje têm idéia do que é “jogar dedão”?
Ao sair do ensino médio (a terceira série cursei no Instituto Estadual de Educação), continuei frequentando o colégio. E logo fui admitido como professor.
Durante esses anos todos convivi com muitos indivíduos que se tornaram referências para gerações de alunos e colegas professores.
Como não lembrar do trabalho do Pe. Guido Sthäl? Eis um indivíduo que soube dignificar sua vocação e missão: educar! e que hoje está novamente em Florianópolis, aos oitenta e um anos, trabalhando na casa de retiros que o colégio mantém no Morro das Pedras.
O Pe. Guido completa, este ano, seu cinquentenário sacerdotal!
E falar no colégio Catarinense é também lembrar do Pedro, que sempre solícito e atencioso ainda continua na instituição, exercendo sua atividade no portão de entrada do mesmo. Proporcionando segurança e confiança a todos aqueles que convivem diariamente na instituição.
Parabéns pelo teu trabalho, meu amigo!
Dos professores que já se foram, como esquecer os padres Aluísio Kolberg (Mestre Alu), professor de Português e Literatura, e Eulógio Kolberg (Mestre Boca – que ele não saiba que estou chamando-o assim!), professor de Química. Irmãos de sangue e de vocação.
Suponho que todos da minha geração de aluno ainda recordam do Mestre Alu, de pé em cima de uma cadeira e com braços abertos declamando seu poema favorito: Lagoa dos Patos, finalizava gritando a plenos pulmões: “E os patos faziam quac, quac, quac!”.
E invariavelmente perguntava qual figura de linguagem estava utilizando, ao que respondíamos em uníssono: O-NO-MA-TO-PE-IA.
Difícil era parar de rir!
E o Mestre Boca, em suas impagáveis aulas em que provocava a liberação de hidrogênio, que em seguida proporcionava uma pequena explosão e um sorriso em seu rosto. De onde saia um som mais ou mesmo assim: “rur rurr rurrrssss”!
Ah, queridos mestres, que saudade!
Uma vez quase o matei de susto. Tinha deixado uma caixa de giz “preparada como caixa de choque”, usando capacitor e material do laboratório. Desgraçadamente para mim, foi o Mestre Boca que resolveu usá-la, levando um choque elétrico provocado pela descarga da carga armazenada no capacitor. Em um indivíduo jovem e saudável – a “brincadeira” tinha sido preparada para outra pessoa, o querido Prof. Niberto, de Matemática, lembram-se? – provocaria apenas um pequeno susto e muitas risadas. Mas o Pe. Eulógio já era um indivíduo com idade avançada e com vários problemas de saúde. Desmaiou!
Pensei que naquele dia ia ser demitido do colégio!
E tinha sido dele a idéia de fazer um furo na parede do laboratório de física, tarefa executada pelo também inesquecível Ir. Valmor, para que fosse possível a entrada de luz natural para as experiências de óptica. Como foi difícil convencer o Ir. Valmor de que ninguém saberia quem fez o furo! Pois se a direção soubesse, teríamos muitos problemas, ahahah!
Outra pessoa inesquecível para a minha e outras gerações, como aluno e professor, é a querida Profª Maria Luiza Périco. Foi minha professora quando estava na segunda série do ginásio (atual 6ª série – 7º ano do ensino fundamental). E depois fui seu colega professor durante todos os dez anos em que exerci atividade na instituição.
Além de aulas inesquecíveis e lições de vida exemplares, a Profª Maria Luiza estava sempre “por ali”, para qualquer problema que a gente tivesse. Seu sorriso e o encantamento que ela proporcionava ao seu redor – ainda proporciona, pois continua lecionando no Catarinense – eram bálsamo para quando surgia algum problema ou desconforto de relacionamento entre os colegas. Nunca a vi triste ou de baixo astral. É daquelas pessoas que passam a vida fazendo de sua profissão uma missão, dignificando a palavra ma-gis-té-rio.
Claro que poderia citar muitos outros com os quais convivi, naqueles anos de Catarinense. Colegas de classe, meus professores, colegas professores, alunos, etc. Convivi com muitas pessoas que ainda hoje estão em minha memória afetiva.
Mas, como não existe professor sem aluno, para encerrar estas reminiscências quero homenagear mais um indivíduo: meu ex-aluno e inesquecível amigo Joel Gomes Filho, o Fedelho.
Criatura espetacular, foi aluno em 1979, quando estava na primeira série do ensino médio. Depois nos tornamos amigos de uma vida toda, infelizmente abreviada na noite de natal de 2008, quando ele foi alegrar outras esferas com sua presença sempre alegre e leal.
Amigo, você será sempre lembrado, porque são inesquecíveis todas as coisas boas com as quais nos deparamos no dia-a-dia.
Assim, é minha relação com o Colégio Catarinense!
Inesquecível!
Certamente minha vida pessoal e profissional estará para sempre ligada a essa instituição, que marcou e marca muitas gerações de catarinenses.
Aos vinte anos, já como professor de Física do ensino médio, coordenava turmas de alunos que iam a Pinheiral, a colônia de férias que o colégio mantém no município de Major Gercino.
Tempos inesquecíveis!
Conheci muita gente vivendo o dia-a-dia do Colégio Catarinense.
Como aluno, não posso esquecer da época do “galpão” e dos dois “campos de areia”, que existiam antes dos ginásios de esportes e dos campos de futebol de hoje! Época em que o responsável pelo dia-a-dia dos alunos e professores era o padre “Prefeito Geral de Disciplina”, função do inesquecível Pe. José Montenegro, com o qual tantas vezes fui a Pinheiral.
Época em que na hora dos intervalos (e antes e depois das aulas), íamos para a sala do Pe. Guido (depois sala da Cruzada), jogar ping-pong ou dedão. Será que os alunos de hoje têm idéia do que é “jogar dedão”?
Ao sair do ensino médio (a terceira série cursei no Instituto Estadual de Educação), continuei frequentando o colégio. E logo fui admitido como professor.
Durante esses anos todos convivi com muitos indivíduos que se tornaram referências para gerações de alunos e colegas professores.
Como não lembrar do trabalho do Pe. Guido Sthäl? Eis um indivíduo que soube dignificar sua vocação e missão: educar! e que hoje está novamente em Florianópolis, aos oitenta e um anos, trabalhando na casa de retiros que o colégio mantém no Morro das Pedras.
O Pe. Guido completa, este ano, seu cinquentenário sacerdotal!
E falar no colégio Catarinense é também lembrar do Pedro, que sempre solícito e atencioso ainda continua na instituição, exercendo sua atividade no portão de entrada do mesmo. Proporcionando segurança e confiança a todos aqueles que convivem diariamente na instituição.
Parabéns pelo teu trabalho, meu amigo!
Dos professores que já se foram, como esquecer os padres Aluísio Kolberg (Mestre Alu), professor de Português e Literatura, e Eulógio Kolberg (Mestre Boca – que ele não saiba que estou chamando-o assim!), professor de Química. Irmãos de sangue e de vocação.
Suponho que todos da minha geração de aluno ainda recordam do Mestre Alu, de pé em cima de uma cadeira e com braços abertos declamando seu poema favorito: Lagoa dos Patos, finalizava gritando a plenos pulmões: “E os patos faziam quac, quac, quac!”.
E invariavelmente perguntava qual figura de linguagem estava utilizando, ao que respondíamos em uníssono: O-NO-MA-TO-PE-IA.
Difícil era parar de rir!
E o Mestre Boca, em suas impagáveis aulas em que provocava a liberação de hidrogênio, que em seguida proporcionava uma pequena explosão e um sorriso em seu rosto. De onde saia um som mais ou mesmo assim: “rur rurr rurrrssss”!
Ah, queridos mestres, que saudade!
Uma vez quase o matei de susto. Tinha deixado uma caixa de giz “preparada como caixa de choque”, usando capacitor e material do laboratório. Desgraçadamente para mim, foi o Mestre Boca que resolveu usá-la, levando um choque elétrico provocado pela descarga da carga armazenada no capacitor. Em um indivíduo jovem e saudável – a “brincadeira” tinha sido preparada para outra pessoa, o querido Prof. Niberto, de Matemática, lembram-se? – provocaria apenas um pequeno susto e muitas risadas. Mas o Pe. Eulógio já era um indivíduo com idade avançada e com vários problemas de saúde. Desmaiou!
Pensei que naquele dia ia ser demitido do colégio!
E tinha sido dele a idéia de fazer um furo na parede do laboratório de física, tarefa executada pelo também inesquecível Ir. Valmor, para que fosse possível a entrada de luz natural para as experiências de óptica. Como foi difícil convencer o Ir. Valmor de que ninguém saberia quem fez o furo! Pois se a direção soubesse, teríamos muitos problemas, ahahah!
Outra pessoa inesquecível para a minha e outras gerações, como aluno e professor, é a querida Profª Maria Luiza Périco. Foi minha professora quando estava na segunda série do ginásio (atual 6ª série – 7º ano do ensino fundamental). E depois fui seu colega professor durante todos os dez anos em que exerci atividade na instituição.
Além de aulas inesquecíveis e lições de vida exemplares, a Profª Maria Luiza estava sempre “por ali”, para qualquer problema que a gente tivesse. Seu sorriso e o encantamento que ela proporcionava ao seu redor – ainda proporciona, pois continua lecionando no Catarinense – eram bálsamo para quando surgia algum problema ou desconforto de relacionamento entre os colegas. Nunca a vi triste ou de baixo astral. É daquelas pessoas que passam a vida fazendo de sua profissão uma missão, dignificando a palavra ma-gis-té-rio.
Claro que poderia citar muitos outros com os quais convivi, naqueles anos de Catarinense. Colegas de classe, meus professores, colegas professores, alunos, etc. Convivi com muitas pessoas que ainda hoje estão em minha memória afetiva.
Mas, como não existe professor sem aluno, para encerrar estas reminiscências quero homenagear mais um indivíduo: meu ex-aluno e inesquecível amigo Joel Gomes Filho, o Fedelho.
Criatura espetacular, foi aluno em 1979, quando estava na primeira série do ensino médio. Depois nos tornamos amigos de uma vida toda, infelizmente abreviada na noite de natal de 2008, quando ele foi alegrar outras esferas com sua presença sempre alegre e leal.
Amigo, você será sempre lembrado, porque são inesquecíveis todas as coisas boas com as quais nos deparamos no dia-a-dia.
Assim, é minha relação com o Colégio Catarinense!
Inesquecível!
Edson Osni Ramos (Cebola), professor de física,
foi aluno do Colégio Catarinense de 1968 a 1973
e professor de 1978 a 1987.
Hoje é professor de pré-vestibular,
Hoje é professor de pré-vestibular,
lecionando nos cursos Pascal e Energia,
em Florianópolis.
Um comentário:
Professor Edson,acho que foi meu professor de física no Catarinense. Estudei lá em 81 e 82.Nunca entendi a sua matéria tão bem como naquelas aulas. Nunca vou esquecer os macetes do vestibular: -Quem vê, ri. V = Ri
Meu pai era militar e serviu em Floripa por 2 anos,1981 e 82. Quando eu passei no vestibular tive o prazer da sua presença na minha residência em Coqueiros.Hoje minha filha está estudando para o vestibular e quero de volta as apostilas que tive por muitos anos, mas acabei me desfazendo.Será que consigo comprar apostilas ou livros de sua autoria? Meu e-mail: anapaula3824@hotmail.com
Muito obrigada.E parabéns pelo seu trabalho inesquecível.
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