UM BELO PASSEIO - URUBICI
Realmente nosso Estado de Santa Catarina é lindo!
Passamos a semana em Urubici (950 m de altitude). Não foi a primeira vez e, queria Deus, que não seja a última. É um lugar encantado.
Dessa vez não nevou nem teve geada, mas ainda assim é um passeio espetacular.
Novamente ficamos hospedados na pousada “Serra Bela”, da Mariléia e do Roberto. Não fica a dever para similares em países de primeiro mundo. Atendimento ótimo, acomodações muito boas e comida deliciosa.
Como sempre, visitamos os “locais de sempre”: Morro da Igreja, Cascata do Avencal, as inscrições rupestres e, depois de muito tempo (a única vez que havia passado por lá foi em 1975), a serra do Corvo Branco. Já subi e desci várias vezes a Serra do Rio do Rastro, que é maravilhosa. A do Corvo Branco também é maravilhosa, mas que a gente fica com medo, nem se discute. E, na volta para Urubici, encontrei um caminhão, desses tipo baú, de uma empresa de móveis. O motorista deve ser um dual de habilidoso/louco.
No Morro da Igreja o altímetro marcou 1.825 metros de altitude. Segundo dados divulgados pela companhia de turismo que lá opera, do meu ex-aluno Graxain, a temperatura média anual é de apenas 11ºC, e é o ponto habitado mais alto da região Sul. Lá foi registrada a temperatura mais baixa do Brasil: -17,8ºC, em 29 de junho de 1996 (registro oficial), embora haja relatos de que a temperatura teria chegado a -20ºC, com uma sensação térmica de -46ºC. Há duas semanas, a sensação térmica chegou a incríveis -35ºC. Em seu cume estão as antenas de controle do tráfego aéreo do sul do Brasil (CINDACTA). De lá se avista a “Pedra Furada”, formação natural que é uma das atrações do Parque Estadual da Pedra Furada, dentro do qual se encontra o Morro da Igreja.
No domingo, 13 de Abril de 2008, o vento atingiu 178,9 km.h (49,7 m/s) no alto do Morro da Igreja. Esta velocidade é possivelmente a maior já registrada em estação meteorológica no Brasil e atinge o patamar de um furacão categoria 2 na escala Saffir-Simpson.
Pela Serra do Corvo Branco passa a “rodovia” SC 439. O “rodovia” está entre aspas porque, na realidade, a serra em si é apenas uma pequena estrada de chão batido, com muitas pedras e necessitando urgentemente de manutenção. Antes da subida (trecho Urubici – Grão Pará) existe um trecho asfaltado e, mas para chegar ao cume, onde está o maior corte em rocha no Brasil com 90 metros, o motorista tem de passar por um trecho bastante ruim. Na região do corte na Rocha e na parte mais sinuosa da descida também há asfalto, mas isso não impede de ser uma estrada absolutamente perigosa. Sua travessia é uma aventura e tanto!
A denominação, Serra do corvo Branco, deve-se à existência de aves do mesmo nome da região (também chamado de urubu-rei).
A altitude no cume é de 1350 m.
Infelizmente uma constatação absurda: a quantidade de lixo em todos os caminhos (Avencal, Morro da Igreja, Serra co Corvo Branco) é enorme. É sempre possível avistar, nas margens dos caminhos, detritos plásticos, latas de cerveja/refrigerante, garrafas PE, etc. No mirante da Serra co Corvo Branco, além de sacolas com latinhas, até uma fralda descartável tinha sido jogada do ponto mais elevado, ficando presa nas galharias das árvores perto do precipício.
São insanos homenídeos, que maculam com seus comportamentos de bestas lugares que a mãe natureza deu-nos como sagrados.
Que pena!!!
E, também, nossas autoridades (in)competentes permitem que as estradas estejam péssimas (ligação Bom Retiro – Urubici). Como fortalecer o turismo se a infra-estrutura é horrorosa.
Porque Gramado-Canela são muito mais procurados do que Urubici-São Joaquim?
A seguir algumas fotos, para a gente “babar”!
Peço a quem usar as fotos, que cite a fonte.
Abraço a todos
Edson (Cebola)
Experimenta uma "truta à portuguesa"!!