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domingo, 25 de abril de 2010
LOUÇAS DE BARRO: UM FENÔMENO FÍSICO
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domingo, 18 de abril de 2010
NEREU RAMOS

Nereu de Oliveira Ramos nasceu em Lajes, em 3 de setembro de 1888, filho de Vidal José de Oliveira Ramos e de Teresa Fiúza Ramos. Em 1909, formou-se em Direito, no Rio de Janeiro. Em 1911 iniciou sua participação no jornalismo e na política. Em 1921, fundou o jornal A República e foi um dos organizadores, em nosso Estado, da Reação Republicana, movimento de apoio à candidatura de Nilo Peçanha para as eleições presidenciais de março do ano seguinte, vencidas por Artur Bernardes.
Foi deputado estadual (1911 - 1912; 1919 - 1921), fundador e primeiro presidente (1927 -1932) do Partido Liberal Catarinense (PLC). Elegeu-se deputado federal pelo PLC em 1930, mas teve seu mandato cassado em virtude da revolução e do fechamento do Congresso.
Deputado integrante da Assembléia Nacional Constituinte de 1934, foi eleito indiretamente governador de Santa Catarina (1935 -1937). Com o golpe de 1937, foi nomeado interventor federal em nosso Estado, cargo que ocupou até o fim do Estado Novo, em 1945. Nesse mesmo ano, foi um dos fundadores do Partido Social Democrático (PSD) em Santa Catarina, legenda na qual se elegeu senador constituinte.
Findos os trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte, em 19 de setembro de 1946 foi eleito indiretamente vice-presidente da República (1946 -1951). Foi presidente do PSD (1947 -1949), deputado federal por essa legenda e presidente da Câmara dos Deputados (1951 -1955).
Na nova legislatura, iniciada em 1º de fevereiro de 1955, foi eleito vice-presidente do Senado.
Realizadas as eleições, em 3 de outubro de 1955, Juscelino Kubitschek e João Goulart foram eleitos presidente e vice-presidente da República. Logo após a proclamação dos resultados, teve início uma crise política de âmbito nacional, pois a União Democrática Nacional (UDN) deflagrou uma campanha contra a posse dos eleitos, sob a alegação de que não haviam obtido a maioria absoluta dos votos. Dois dias depois, um distúrbio cardíaco forçou a internação hospitalar do presidente Café Filho (que substituíra Getúlio Vargas) e, em 8 de novembro, o presidente da Câmara dos Deputados, Carlos Luz, assumiu interinamente como presidente.
As posições polêmicas de Carlos Luz, apoiando as pretensões da UDN, levaram-no imediatamente à deposição. Assim, em 11 de novembro de 1955, assumiu a presidência da República, pois, como vice-presidente do Senado, era o seguinte na linha sucessória. Em 22 de novembro, com o afastamento definitivo de Café Filho, a Câmara dos Deputados confirmou Nereu Ramos como presidente da República até a posse de Juscelino Kubitschek, que ocorreu em 31 de janeiro de 1956.
No governo de JK, Nereu Ramos foi nomeado ministro da Justiça e Negócios Interiores, cargo do qual exonerou-se em 1957, quando retornou ao Senado.
Nereu Ramos, em 1932, foi um dos fundadores da Faculdade de Direito de Santa Catarina, onde lecionou direito constitucional e teoria do estado.
Foi casado com Beatriz Pederneiras Ramos, com quem teve quatro filhos.
No dia 16 de junho de 1958, em pleno exercício do mandato de Senador da República, faleceu em desastre aéreo ocorrido próximo a Curitiba, no Paraná, juntamente com o então Governador do Estado de Santa Catarina, Jorge Lacerda, e o Deputado Federal Leoberto Leal, que era cotado como o principal candidato a suceder o governador Lacerda.
Foto de família: o primeiro a esquerda, em pé, é Nereu Ramos, Governador de Santa Catarina entre 1935 de 1937 e Interventor de 1937 a 1945; no centro (de bigode) Vidal Ramos Júnior (pai de Nereu), Governador de Santa Catarina de 1902 a 1906 e de 1910 a 1914; o terceiro em pé, da direita para a esquerda, é Celso Ramos (irmão de Nereu), Governador de Santa Catarina de 1961 a 1966 e o primeiro à direita, na fila das crianças, é Aderbal Ramos da Silva (sobrinho de Nereu), Governador de Santa Catarina de 1947 a 1951.
Além deles, Aristiliano Ramos (primo de Nereu), foi Interventor de 1933 a 1934.
Fontes:
http://www.portalbrasil.net/politica_presidentes_nereuramos
http://www.casamilitar.sc.gov.br/exgov.htm.
TANCREDO, L.H. Doutor Deba: Poder e Generosidade, editora Insular, Florianópolis, 1998.
domingo, 11 de abril de 2010
ACIDENTE DA TRANSBRASIL
sexta-feira, 9 de abril de 2010
VESTIBULAR ACAFE VERÃO 2009
VESTIBULAR ACAFE VERÃO 2009
A ACAFE abre as inscrições do seu Vestibular de Inverno 2010 na próxima segunda-feira, dia 12 de abril.
As inscrições devem ser feitas pelo site www.acafe.org.br até o dia 17 de maio de 2010, e a taxa de inscrição é de R$ 58,00.
A prova objetiva, com 60 questões e 1 redação, será realizada no dia 13 de junho de 2010, no horário das 13h às 18h, em 14 cidades de Santa Catarina (Araranguá; Blumenau; Canoinhas; Concórdia; Criciúma; Florianópolis; Itajaí; Joaçaba; Joinville; Lages; Palhoça; São Miguel do Oeste; Tubarão; e Xanxerê), e nas cidades de Curitiba e Porto Alegre.
Neste concurso estão sendo oferecidas 5.574 vagas em 185 cursos oferecidos pelas 8 instituições participantes:
FURB – Universidade Regional de Blumenau;
UnC – Universidade do Contestado;
UNESC – Universidade do Extremo Sul Catarinense;
UNIPLAC – Universidade do Planalto Catarinense;
UNISUL – Universidade do Sul de Santa Catarina;
UNIVALI – Universidade do Vale do Itajaí;
UNIVILLE – Universidade da Região de Joinville;
UNOESC – Universidade do Oeste de Santa Catarina; e
As Instituições do sistema ACAFE oferecem programas de bolsa de estudo e financiamento. Informações diretamente nas instituições.
O resultado do concurso está previsto para dia 22 de junho de 2010.
Obras indicadas para o Vestibular de Inverno 2010.
Obra / autor / editora
A Vitrina de Luzbel /Aulo Sanford de Vasconcellos / Insular
Eles Não Usam Blacktie /Gian Francesco Guarnieri /Record
O Homem Que Calculava /Malba Tahan /Record
O Presidente Negro /Monteiro Lobato /Globo
Treze Cascaes /Adolfo Boss e outros /Fund. Franklin Cascaes
Mais informações junto à Coordenação de Concursos ACAFE: 48 32246478 ou 84058167.
Lucinara Bonadimann Marin
Coordenadora de Concursos
Sistema ACAFE
TEM MOMENTOS EM QUE NÃO SE CONSEGUE FICAR QUIETO - 3
SE CONSEGUE FICAR QUIETO - 3
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Uma bela iniciativa, que conta com os aplausos de toda sociedade civil organizada.
Todos os canais de televisão, jornais e mídia em geral, principalmente em páginas e programas policiais, mostram como foi banalizado o consumo de drogas (lícitas e ilícitas) em nossa região. E, claro, a conseqüência imediata: o aumento absurdo da violência e o pouco caso pela vida humana.
Nas cenas mostradas, sempre aparecem indivíduos preparando e fumando maconha e/ou crack. Na praia, no ponto do ônibus, descansando sob uma árvore, etc. Pessoas comuns, jovens e velhos. Principalmente jovens, crianças até!
Afora as festas, onde o consumo de ecstasy é muito grande e tolerado pelas autoridades!
Isso ocorrendo na frente de tudo e de todos. De forma natural. Como se fosse a coisa mais comum do mundo, deparar com alguém, a qualquer momento do dia, usando drogas.
De vez em quando alguns desses consumidores concordam em dar entrevista aos repórteres, deixando claro que não querem fazer apologia da droga, mas, mesmo assim, usam, são viciados.
Se fosse apenas o mal-estar causado pelo fato de alguém estar usando droga na frente da gente, seria tolerável.
Tem uma coisa me deixa intrigado: ccreio que todas as pessoas que conheço ficam indignadas com fatos relacionados aos traficantes de drogas. Diariamente lemos que grupos de traficantes digladiam-se em busca ou defesa de seus pontos de vendas. E com as forças policiais são travados cinematográficos confrontos. Lemos sobre execuções, principalmente de jovens, relacionadas ao tráfico de drogas. E esses conflitos ocorrem em meio a milhares de pessoas que nada tem a ver com os fatos, que, não raras vezes, são vítimas de balas perdidas e outras formas de violência.
Sempre é bom deixar claro que nas favelas, nos morros e bairros periféricos, a maioria absoluta dos moradores são “gente do bem”, pessoas que apenas querem viver dignamente.
São os traficantes que lá se infiltram, gerando o caos que a sociedade estabelecida (entenda-se nossos governantes) não consegue gerenciar.
Então é unânime que os traficantes são “agentes do mal”.
Mas, por que existem traficantes? Claro que é porque existem os compradores de drogas! Se ninguém comprasse, não haveria o que traficar.
Muitos indivíduos se dizem não viciados, “antenados” com o mundo onde vivem, preocupados com justiça social e paz na vida das pessoas, e que somente (e raramente) usam drogas (socialmente). Pois esses são os principais agentes que financiam o tráfico. Fazem parte dos que estão por trás desses desmandos todos.
Traficante não gosta de viciado, que só atrapalha e rouba para comprar droga. Prefere o mauricinho ou a patricinha, que sempre tem dinheiro a mão e podem adquirir para usar “socialmente”.
Repito: se não existir comprador, obviamente não haverá traficante.
Vamos acabar com a história de nada acontecer com aqueles que tem drogas “apenas” para seu uso pessoal. Com esses moços e moças que vivem a falar mal de tudo e de todos, criticando a falta de segurança nas cidades e a violência institucionalizada nas periferias, mas que financiam, com a droga que compram, a ação dos traficantes e quadrilhas.
Chega de hipocrisia! Não adianta fazer campanhas e não atacar o principal agente dessa realidade cruel: o indivíduo que mantém o tráfico (e que depois, ainda, gosta de dar uma de “bom moço”, de “antenado” ou “descolado”!
E vamos tratar dos viciados, pois isso é um problema de saúde, e dos mais graves.
Como dizia o meu pai, “SE DROGA FOSSE COISA BOA NÃO TINHA ESSE NOME!”
segunda-feira, 5 de abril de 2010
TEM MOMENTOS EM QUE NÃO SE CONSEGUE FICAR QUIETO - 2
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Dia desses, fui ao Aeroporto Internacional Hercílio Luz, na nossa Ilha de Santa Catarina, esperar um primo que estava chegando de Portugal.
Como o vôo atrasou, fiquei esperando o tempo passar vendo livros na livraria existente no segundo piso do termina. Creio que é a única lá existente.
Muitos livros de auto-ajuda, livros sobre vampiros e afins, alguns livros infantis, outros infantilizados, livros das grandes editoras nacionais e alguns estrangeiros.
Procurei literatura de autores catarinenses, porém nada encontrei.
Pedi auxílio a uma funcionária da loja, que solícita e simpática atendeu-me com um belo sorriso.
Mostrou-me uns quatro ou cinco que dizia ser de autores catarinenses. Todos eram ligados ao turismo, com mapas e dicas de points de nossa região.
De literatura catarinense nem do Cristovão Tezza, que nasceu em Lages (1952) mas vive em Curitiba desde os dez anos de idade. O último lançamento deste autor, O Filho Eterno, é uma obra-prima, premiada no Brasil e em Portugal.
Dos nossos autores, que fizeram suas carreiras literárias em Santa Catarina, ela não sabia de nenhum.
Perguntou-me se sabia algum nome de autor catarinense, para digitar em seu sistema e verificar se havia alguma obra na livraria. Considerei a pergunta ofensiva, porém, claro, respondi: Salim Miguel, Flávio José Cardoso, Sergio da Costa Ramos, Urda Krieger e Silveira Júnior.
Ela pediu que soletrasse o primeiro, para digitar: S-A-L-I-M-M-I-G-U-E-L.
É lamentável que turistas e viajantes passem pelo maior aeroporto de Santa Catarina e não tenham acesso ao que escrevemos.
Com tantas cotas por aí, pensei, em tom de galhofa, em começar uma campanha em prol de cotas em livrarias catarinense para autores de nosso Estado.
Que tal?!
É lamentável que isso ocorra!