APLICAÇÕES DA RADIATIVIDADE
.
Autor: Prof. Edson Osni Ramos (Cebola)
.
.
A energia nuclear pode ser usada em nosso dia-a-dia de diversas formas, como para alimentar uma usina de geração de energia elétrica (Usina Nuclear), na engenharia, na indústria bélica, na medicina (terapêutica e preventiva), na química (técnicas analíticas e modificações estruturais nos materiais, por exemplo, dureza de plásticos), física (difração de nêutrons, medida de espessura de materiais, coloração de cristais por irradiação), na agricultura (modificação genética de sementes), na conservação de alimentos, nos estudos sobre poluição atmosférica, na datação por meio de radiações (fósseis), etc.
Na Medicina o uso de radiatividade pode ser dividido em duas partes: os traçadores radiativos, utilizados para exames e diagnósticos e na terapia de tumores.
O processo radiativo da terapia de tumores tem por objetivo destruir as células do tumor pela absorção de energia radiante incidente. Essa energia é irradiada de diversos pontos ao redor do tumor para que possa maximizar a destruição das células do tumor, minimizando a destruição dos tecidos ao seu redor, que são um dos grandes problemas na utilização dessa terapia.
Essa terapia de tumores, por sua vez, pode ser subdividida em teleterapia e braquiterapia.
Na Medicina o uso de radiatividade pode ser dividido em duas partes: os traçadores radiativos, utilizados para exames e diagnósticos e na terapia de tumores.
O processo radiativo da terapia de tumores tem por objetivo destruir as células do tumor pela absorção de energia radiante incidente. Essa energia é irradiada de diversos pontos ao redor do tumor para que possa maximizar a destruição das células do tumor, minimizando a destruição dos tecidos ao seu redor, que são um dos grandes problemas na utilização dessa terapia.
Essa terapia de tumores, por sua vez, pode ser subdividida em teleterapia e braquiterapia.
.
TELETERAPIA
.
A teleterapia pode ser aplicada com a técnica da quilovoltagem, que são tubos convencionais de raios-X aplicados entre eletrodos de até 250 000 volts. Essa técnica é usada principalmente para cânceres de pele, já que é pouco penetrante.
Outra técnica usada na teleterapia é a megavoltagem, onde as fontes emissoras são aceleradores de partículas (aceleradores lineares e bétatrons). Nesse caso a energia aplicada pode chegar até 22MeV 22 mega elétron-volt). Isso faz com que a dosagem máxima de radiação ocorra uns 4 a 5 centímetros abaixo da pele, não causando dano a mesma e podendo atuar em tumores em órgãos mais profundos, como bexiga, pulmão próstata, laringe, útero, esôfago, etc.
No caso, as células cancerosas são destruídas pelos próprios elétrons emitidos ou pelos fótons emitidos pelos elétrons ao atingirem um núcleo de elemento radiativo.
Finalmente, a teleterapia pode usar a técnica da teleisotopoterapia. Nesse caso são empregados isótopos radiativos, como o cobalto-60, o césio-137 ou o rádio-226. Na terapia com bomba de cobalto, a dose máxima ocorre a uns 5 mm de profundidade (em relação à pele), caindo lentamente a potência, até atingir 52% a 10 cm de profundidade e a 25% a 25 cm de profundidade.
A teleisotopoterapia, por ser uma terapia mais "agressiva", só é utilizada em casos mais agudos.
Na figura ao lado, um paciente sendo submetido a uma radioterapia para tratamento de câncer do sistema linfático. Observe que os círculos iluminados sobre o tórax são as áreas que estão sendo submetidas a essa terapia.
Outra técnica usada na teleterapia é a megavoltagem, onde as fontes emissoras são aceleradores de partículas (aceleradores lineares e bétatrons). Nesse caso a energia aplicada pode chegar até 22MeV 22 mega elétron-volt). Isso faz com que a dosagem máxima de radiação ocorra uns 4 a 5 centímetros abaixo da pele, não causando dano a mesma e podendo atuar em tumores em órgãos mais profundos, como bexiga, pulmão próstata, laringe, útero, esôfago, etc.
No caso, as células cancerosas são destruídas pelos próprios elétrons emitidos ou pelos fótons emitidos pelos elétrons ao atingirem um núcleo de elemento radiativo.
Finalmente, a teleterapia pode usar a técnica da teleisotopoterapia. Nesse caso são empregados isótopos radiativos, como o cobalto-60, o césio-137 ou o rádio-226. Na terapia com bomba de cobalto, a dose máxima ocorre a uns 5 mm de profundidade (em relação à pele), caindo lentamente a potência, até atingir 52% a 10 cm de profundidade e a 25% a 25 cm de profundidade.
A teleisotopoterapia, por ser uma terapia mais "agressiva", só é utilizada em casos mais agudos.
Na figura ao lado, um paciente sendo submetido a uma radioterapia para tratamento de câncer do sistema linfático. Observe que os círculos iluminados sobre o tórax são as áreas que estão sendo submetidas a essa terapia.
BRAQUITERAPIA
.
Na braquiterapia, a fonte emissora está em contato direto com o tecido do paciente a ser tratado. São utilizados alguns elementos como o rádio-226, o césio-137, o irídio-192 ou o cobalto-60, que são implantados dentro de recipientes (tubos, agulhas ou mesmo invólucros no formato de "sementes") lacrados, nos tecidos cancerosos. Lá eles podem absorver radiação beta e sua maior utilidade é a capacidade de irradiar altas dosagens para o tumor (devido à proximidade) com poucos danos aos tecidos periféricos.
A seguir observe uma situação da utilização da braquiterapia com a aplicação de "sementes" de Iodo-125 em terapia de próstata.
O termo "sementes" é aplicado devido ao tamanho e formato dessas fontes radioativas, medindo 5 mm de comprimento e 0,5 mm de espessura, assemelhando-se a grãos de arroz. Esse método, recentemente desenvolvido nos Estados Unidos, vem apresentando aceitação internacional crescente, graças ao elevado índice de controle local da doença, com preservação da continência urinária e da potência sexual na grande maioria dos casos.
O procedimento consiste na colocação de várias sementes de I-125 dentro da próstata do paciente, utilizando-se agulhas especiais introduzidas através do períneo, sob anestesia peri-dural, orientadas pela "visão" direta de um emissor de ultra-som introduzido através do reto.
A braquiterapia da próstata pode ser executada de forma isolada ou associada à radioterapia externa convencional.
A braquiterapia da próstata com Iodo-125 está se difundindo rapidamente, não só pelo alto índice de controle local da doença como, também, por apresentar efeitos colaterais de baixa intensidade, quando comparados aos da prostectomia radical e da radioterapia externa. Uma das principais vantagens deste método é a brusca queda nos níveis de dose em órgãos e tecidos peri-prostáticos, evitando a irradiação desnecessária da bexiga e do reto adjacentes, obtendo-se assim efeitos colaterais temporários de baixa intensidade, facilmente controlados com medicação paliativa específica.
A morbidade é, portanto, muito inferior a dos métodos tradicionais de tratamento cirúrgico e radioterápico.
.
A braquiterapia da próstata com Iodo-125 está se difundindo rapidamente, não só pelo alto índice de controle local da doença como, também, por apresentar efeitos colaterais de baixa intensidade, quando comparados aos da prostectomia radical e da radioterapia externa. Uma das principais vantagens deste método é a brusca queda nos níveis de dose em órgãos e tecidos peri-prostáticos, evitando a irradiação desnecessária da bexiga e do reto adjacentes, obtendo-se assim efeitos colaterais temporários de baixa intensidade, facilmente controlados com medicação paliativa específica.
A morbidade é, portanto, muito inferior a dos métodos tradicionais de tratamento cirúrgico e radioterápico.
.
Um comentário:
Olá, mesmo com um dia de atraso, feliz dia do Professor para você e também a todos da categoria.
Um abraço,
Paulo Coelho
Postar um comentário