quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

ORIGEM DE EXPRESSÕES ATUAIS

Quando se fala em Paris, o Palácio de Versailles faz parte de qualquer itinerário apresentado por guias ou folders da cidade-luz. Mas. você sabia que o palácio, embora suntuoso, não possui banheiros?
É que, quando da sua construção, isso era o habitual.
Na Idade Média não existiam dentifrícios ou escovas de dente, perfumes, desodorantes, muitos menos papel higiênico. Assim, as excrescências humanas eram despejadas pelas janelas do palácio.
Em dias de festa, a cozinha do palácio conseguia preparar banquete para 1.500 pessoas, sem a mínima higiene.
Vemos, nos filmes de hoje, as pessoas sendo abanadas, durante as festividades ou momentos de descanso e lazer.
A explicação não está no calor, mas no mau cheiro que exalavam por debaixo das roupas (que propositalmente eram feitas para conter o odor das partes íntimas, já que não havia higiene).
Também não havia o costume de se tomar banho, devido ao frio e à quase inexistência de água encanada. O mau cheiro era dissipado pelo abanador.
Por isso, os ricos tinham lacaios para abaná-los, para dissipar o mau cheiro que o corpo e a boca exalavam, além de, espantar moscas e outros insetos.
Quem já esteve em Versailles deve ter admirado os enormes e belos jardins que, em outros tempos, não eram só contemplados, mas "usados" como vaso sanitário nas famosas baladas promovidas pela monarquia, já que não existiam banheiros.
Na Idade Média, a maioria dos casamentos ocorria no mês de junho (para eles, o início do verão). A razão é simples: o primeiro banho do ano era tomado em maio, com a proximidade do verão e de temperaturas mais elevadas. Assim, em junho, o cheiro das pessoas ainda era tolerável. Entretanto, como alguns odores já começavam a incomodar, as noivas carregavam buquês de flores, junto ao corpo, para que, com o aroma das flores, disfarçar o mau cheiro.
Daí temos a explicação para ser maio como o "mês das noivas". E a origem do buquê de noiva.
Os banhos eram tomados numa única bacia, enorme, cheia de água quente. O chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na água limpa. Depois, sem trocar a água, vinham os outros homens da casa, por ordem de idade, as mulheres, também por idade e, por fim, as crianças. Os bebês eram os últimos a tomar banho.
Quando chegava a vez deles, a água da bacia já estava tão suja que era possível "perder" um bebê lá dentro.
É por isso que existe a expressão em inglês: "don't throw the baby out with the bath water", ou seja, literalmente, "não jogue fora o bebê junto com a água do banho", que hoje eles usam para brincar com indivíduos muito apressados.
O telhado das casas não tinha forro e as vigas de madeira que os sustentavam eram o melhor lugar para os animais - cães, gatos, ratos e besouros se aquecerem. Quando chovia, as goteiras forçavam os animais a pularem para o chão. Assim, a expressão "está chovendo canivete" tem o seu equivalente em inglês em "it's raining dogs and cats " (está chovendo cães e gatos).
Aqueles que tinham dinheiro possuíam pratos de estanho.
Certos tipos de alimento oxidavam o material, fazendo com que muita gente morresse envenenada. Os tomates, sendo ácidos, foram considerados durante muito tempo sendo venenosos.
Os copos de estanho eram usados para beber cerveja ou uísque. Essa combinação, às vezes, deixava o indivíduo desacordado (numa espécie de narcolepsia, induzida pela mistura da bebida alcoólica com óxido de estanho).
Alguém que o observasse poderia pensar que ele estivesse morto e, assim, recolhia-se o corpo e preparava-se o enterro.
O corpo era, então, colocado sobre a mesa da cozinha por alguns dias e a família ficava em volta, em vigília, comendo, bebendo e esperando para ver se o "morto" acordava ou não. Daí surgiu o hábito de “velar o morto”, que é a vigília junto ao caixão.
Na Inglaterra, os cemitérios eram pequenos, nem sempre havia espaço para se enterrarem todos os mortos. Então, quando alguém morria, os caixões enterradoa há mais tempo eram abertos, os ossos retirados e postos em ossários e o túmulo utilizado para outro cadáver.
Às vezes, ao abrirem os caixões, percebia-se que havia arranhões nas tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade tinha sido enterrado vivo. Surgiu, assim, a idéia de, ao se fechar o caixão, amarrar uma tira no pulso do defunto, passá-la por um buraco feito no caixão e amarrá-la a um sino.
Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo, durante uns dias.
Se o indivíduo acordasse, o movimento de seu braço faria o sino tocar. E ele seria "saved by the bell", ou "salvo pelo gongo", expressão usada por nós até os dias de hoje.
Pois é, isso são coisas dos civilizados europeus!
Texto adaptado de material que circula na Internet - autor desconhecido

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